Atenção: 4 ações para ficar de olho logo no início do pregão

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quinta-feira

Lara Rizério

Painel de ações (Shutterstock)

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SÃO PAULO – Os mercados mundiais registram cautela nesta quinta-feira, com todos os olhos voltados para a agenda intensa de dados americanos. Já no Brasil, as atenções se voltam para o Relatório Trimestral de Inflação, que devem testar o otimismo do mercado após sinais de desaceleração da inflação. A agenda do governo também é movimentado, chamando a atenção para o possível anúncio da minirreforma trabalhista. O noticiário corporativo movimentado deve mexer com 4 ações neste início do pregão, entre elas a Petrobras. Confira no que se atentar nesta quinta-feira (22):

 1. Bolsas mundiais
A maior parte das bolsas mundiais registra um desempenho próximo à estabilidade nesta quinta-feira, de olho nos dados econômicos americanos, com destaque especial para o PIB dos EUA do terceiro trimestre.  

Após registrar alta durante a manhã, o petróleo oscila depois de cair 1,5% ontem com alta inesperada dos estoques. Os metais recuam em Londres, enquanto o minério de ferro recua na China. No noticiário econômico do gigante asiático, as importações de petróleo bruto em novembro atingiram 32,35 milhões de toneladas – o equivalente a 7,9 milhões de barris por dia -, representando alta de 18% ante igual mês do ano passado, segundo dados finais publicados hoje pela Administração Geral de Alfândega do país.

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Às 7h50, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) -0,08%

* CAC-40 (França) +0,08%

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*DAX (Alemanha) -0,01%

* Xangai (China) +0,09% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -0,80% (fechado)

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* Nikkei (Japão) -0,09% (fechado)

*Petróleo brent +0,07%, a US$ 54,50 o barril

2. Indicadores domésticos 
O destaque de hoje fica para o relatório trimestral de inflação O Banco Central manteve suas estimativas para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) abaixo do centro da meta (estabelecida em 4,5%) em cenário referência para o ano que vem, em 4,4%, mas reduziu projeções para o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) no período, de alta de 1,3%, para 0,8%. O Relatório também mostrou recuo de +3,8% para +3,6% para o IPCA em 2018 no mesmo cenário referência, ao passo que, no cenário mercado, as apostas para o indicador foram de +4,9% para +4,7% em 2017 e de +4,6% para +4,5% no ano seguinte.
No exterior, os destaques são o PIB dos Estados Unidos referente ao terceiro trimestre, que será conhecido às 11h30, mesmo horário em que saem os números de pedidos de auxílio desemprego e as encomendas de bens duráveis ambos referentes a novembro. 

3. Agenda do governo 
De acordo com jornais, Michel  Temer deve anunciar nesta quinta pontos da reforma trabalhista e liberação de saques de contas inativas do FGTS. Será permitido saque de até R$ 1.000,00; equipe econômica acredita que medida poderá liberar R$ 30 bilhões na economia. Às 9h, Temer toma café da manhã com jornalistas do Comitê de Imprensa do Palácio do Planalto.

Além disso, o  ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu nesta quarta-feira prazo de 30 dias para bancos e administradoras de cartão de crédito reduzirem os juros cobrados dos consumidores. Caso contrário, o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai aprovar resolução na próxima reunião, em janeiro, reduzindo o prazo para as administradoras repassarem o valor da venda para os lojistas. Esse prazo atualmente é de 30 dias e o governo trava nos bastidores uma queda de braço com os bancos para conseguir queda maior das taxas. Ontem, o CMN manteve a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 7,5% ao ano, porcentual que vigorará pelos próximos três meses (janeiro, fevereiro e março de 2017). Esta é a quinta vez consecutiva em que a taxa é fixada neste patamar.  

Destaque ainda para relatório da consultoria de risco político Eurasia, que elevou a chance de aprovação da reforma da previdência de 60% para 70%. “Com a classe política à beira do precipício, perspectivas melhoram para aprovação da reforma da Previdência, diz Eurasia Group, em relatório. As perspectivas econômica e política mais negativas, bem como dramática crise fiscal enfrentada pelos estados, está gerando condições para Congresso aprovar reforma mais abrangente da Previdência. A deterioração de perspectivas econômicas e políticas, combinada com investigações da Lava Jato, torna 2017 um ano muito difícil para Temer. A sobrevivência do governo está em risco; probabilidade de Temer não terminar mandato segue em 20%, mas com viés de alta. Ainda que Temer possa vir a ser afastado pelo TSE no próximo ano, sua substituição manteria a atual agenda de reforma fiscal”, avalia a consultoria.

4. InfoMoney TV entrevista Zeina Latif e Alexandre Schwartsman
O InfoMoney TV exibe um debate ao vivo entre a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, e ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman sobre as expectativas para a economia em 2017. O programa especial começa às 15h.

5. Ações para monitorar
O destaque corporativo é o anúncio da Petrobras (PETR3PETR4de que fechou acordo estimado em US$ 2,2 bilhões com a petroleira francesa Total, envolvendo cessão de direitos em áreas no pré-sal, compartilhamento de terminal de regaseificação, transferência de fatias em térmicas, entre outros negócios. Na véspera, o anúncio de que haveria um coletiva já levou à uma alta dos papéis, que devem abrir o pregão reagindo aos detalhes anunciados. Atenção também para a Cemig (CEMG4), que definiu a destituição de Mauro Borges do cargo de diretor-presidente da estatal. O substituto é Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga, que completará o mandato previsto para o cargo. Vale ficar de olho também nos papéis da Klabin (KLBN11), que devem reagir ao rebaixamento da recomendação de compra pelo Itaú BBA de outperform (acima de média do mercado) para market perform (em linha com a média do mercado). Atenção também nas ações da PDG (PDGR3), após notícia de que a empresa deve entrar com um pedido de recuperação judicial em janeiro.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.