Credit corta Brasil para “venda” e diz que rali virá só no 2° semestre de 2017

Segundo analistas, o Ibovespa tem potencial para atingir os 68.000 pontos no ano que vem, mas boa parte desse ganho deve aparecer somente no segundo semestre

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Credit Suisse decidiu cortar nesta sexta-feira (16) a recomendação para o Brasil de neutra para “underweight” (exposição acima da média), ou equivalente à venda, vendo com cautela o cenário para o curto prazo. Apesar da recomendação, o banco projeta o Ibovespa em 68.000 pontos em 2017, o que representa um potencial de alta de 15% frente ao patamar atual, mas faz um alerta: boa parte desse ganho virá no segundo semestre do ano que vem.

Para os analistas Andrew Campbell e Otávio Tanganelli, do banco suíço, essa alta só virá com mais força no segundo semestre do ano que vem, por conta de uma ampla revisão de lucros e crescimento, maior certeza em relação à uma recuperação da macroeconômica, mais segurança com os avanços das reformas fiscais e uma confirmação de um cenário mais construtivo para os preços das commodities. 

Dentro desse cenário, eles dão 7 motivos para adotarem uma postura de cautela com o Brasil, único país da America Latina que eles têm recomendação “underweight”. 

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São eles: 

1) a recuperação do PIB (Produto Interno Bruto) pode demorar mais do que esperado para se materializar;
2) a alavancagem das empresas ainda está bem acima da média dos emergentes, o que significa que a decepção com o crescimento pode ter impactos maiores no
LPA (Lucro Por Ação);
3) eles estão menos otimistas do que o mercado com o declínio da inflação no ano que vem, deixando menos espaço para
‘fracassos’ do Banco Central; 4) melhorias nos ROEs (Retorno sobre Patrimônio Líquido) a partir de 2016 pode encontrar uma barreira no curto prazo;
5) a retomada do custo de capital a partir de 2016 pode ter uma pausa até uma visibilidade de melhora na reforma fiscal;
6) o risco de mais valorização do dólar frente ao real;
7) o atual potencial de valorização para as ações não parece atrativo, dado a ainda elevada taxa de juros. 

As 5 recomendações do banco na América Latina
Além do Brasil, o banco revisou também a recomendação para outros dois países na América Latina: 
Chile e Peru, que foram elevados de underweight (exposição abaixo da média) para market weight (exposição em linha com a média).

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Os outros dois países – México e Colômbia -, o banco continua com recomendação overweight (exposição acima da média). 

As melhores compras e vendas para 2017
No relatório, o banco traz também duas carteiras de ações 
América Latina para 2017: uma para compra e outra para venda.

Da carteira para ganhar na alta, os analistas listam 11 ações, sendo 5 brasileiras. São elas: Estácio (ESTC3), Alupar (ALUP11), Cetip (CTIP3), Equatorial (EQTL3) e São Martinho (SMTO3).

Do lado da venda, eles listam 6 ações, sendo 4 brasileiras. São elas: Marcopolo (POMO4), Natura (NATU3), Odontoprev (ODPV3) e CSN (CSNA3).