Atenção: as 3 ações para ficar de olho logo no início do pregão

Os destaques do noticiário corporativo para você operar neste pregão

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta sexta-feira é carregado com destaque para o resultado parcial do programa de incentivo à aposentadoria do Banco do Brasil, novidades sobre o programa de desinvestimento da Petrobras e alteração de datas no IPO da Tenda.

Entre as ações para monitorar na abertura do pregão estão o Bradesco (BBDC3BBDC4e Triunfo (TPIS3), que anunciaram distribuição de dividendos após o fechamento dos negócios na quinta-feira, e a Totvs (TOTS3), que teve sua recomendação de compra elevada pelo Santander. Também em dezembro, o BTG recomendou a compra deste papel, que recuou 25% em novembro após ser retirado da carteira do MSCI Emergentes.

Veja os destaques corporativos do dia:

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Banco do Brasil (BBAS3)
O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, revelou que cerca de 9 mil funcionários já aderiram ao programa de incentivo à aposentadoria anunciado em novembro. O prazo vence nesta sexta-feira e 18 mil servidores do banco podem participar.

Petrobras (PETR3; PETR4)
As negociações para a venda da parcela da Petrobras de 25% no campo de Saint Malo, no Golfo do México, está com as negociações avançadas segundo o Valor Econômico. As tratativas prosseguem apesar da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de suspender as vendas de ativos da estatal. No caso da BR Distribuidora, porém, as conversas com as partes interessadas foram suspensas devido a uma liminar da Justiça de Sergipe. Segundo o jornal O Globo, a estatal pretende se adequar até fevereiro às exigências do órgão fiscalizador ligado ao Congresso. Já o Estado de S.Paulo informa que o TCU abriu processo para investigar suspeita de sobrepreço de R$ 544 milhões em quatro contratos do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).

Gafisa (GFSA3)
A Tenda, construtora da Gafisa voltada ao segmento de baixa renda, alterou o cronograma da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), adiando em um dia o processo de bookbuilding e todas as demais datas da operação. A fixação de preços do IPO, inicialmente prevista para 13 de dezembro, agora deve ocorrer em 14 de dezembro, dia em que se encerram as apresentações aos potenciais investidores (roadshow) e o bookbuilding. 

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O prospecto definitivo da oferta será divulgado em 15 de dezembro, após a concessão de registro pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Já o início das negociações no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa se dará em 16 de dezembro. Segundo a empresa, as datas são “meramente indicativas” e estão sujeitas a novas alterações a critério da Gafisa ou dos coordenadores do IPO.

Em 24 de novembro, a construtora publicou o prospecto preliminar da oferta, no qual a faixa indicativa de preço foi definida entre 12,50 e 16,50 reais por papel, o que significa que a Gafisa pode levantar até 660 milhões de reais com o lote inicial de 40 milhões de papéis.

Suzano (SUZB5)
A Suzano concluiu a compra de ativos imobiliários e florestais da Companhia Siderúrgica Vale do Pindaré e da Companhia Siderúrgica do Maranhão. Em comunicado divulgado ao mercado, a companhia afirmou não ter concluído a operação com a Queiroz Galvão, que depende de anuência da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Oi (OIBR3)
O Santander retomou a cobertura da operadora Oi com avaliação underperform (desempenho abaixo da média do mercado).

Totvs (TOTS3)
O Santander elevou a recomendação da Totvs de manutenção para compra.

CCX Carvão (CCXC3)
A companhia informou o mercado que a Centennial Asset transferiu participação relevante de 5,44% sobre seu capital acionário à 9 West Finance, empresa afiliada à Mubada. O percentual corresponde a 925.354 papéis ordinários adquiridos pelo fundo.

Embraer (EMBR3)
O conselho de administração da empresa decidiu pelo não pagamento dos juros sobre capital próprio relativos ao 4° trimestre de 2016. A informação foi divulgada no fim do pregão desta quinta-feira e teve forte impacto sobre as ações da companhia, que lideraram as perdas do Ibovespa, recuando 5,07%, a R$ 16,10, na mínima do dia.

Triunfo (TPIS3)
A Triunfo informou após o fechamento do mercado que seus acionistas decidiram suspender o pagamento os dividendos declarados na Assembleia Geral Ordinária de 29 de abril no montante de R$ 40 milhões, tendo em vista a modificação substancial da situação financeira da companhia desde a data de sua declaração.

A companhia informou que o valor dos dividendos será atualizado a partir do dia 1º de janeiro de 2017. Além disso, em comunicado, a Triunfo informou que ficará de olho em sua situação para ponderar se pagará dividendos ou não no próximo ano.

Bradesco (BBDC3BBDC4)
O Bradesco convocou uma reunião do Conselho de Administração para 21 de dezembro para aprovar o pagamento de juros sobre o capital próprio complementares aos acionistas no valor total de R$ 1,491 bilhão, representando R$ 0,256721461 por ação ordinária e R$ 0,282393608 por ação preferencial.

Segundo comunicado, caso a proposta seja aprovada, o pagamento será feito com base na posição acionária de 21 de dezembro, com as ações passando a ser negociadas “ex-direito” aos juros complementares a partir de 22 de dezembro.

O pagamento será feito em 8 de março de 2017, no valor líquido de R$ 0,218213242 por ação ordinária e R$ 0,240034567 por ação preferencial, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%. O Bradesco informou ainda que os juros complementares representam aproximadamente 15 vezes o valor dos juros sobre o capital próprio mensalmente pagos e serão computados no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previstos no estatuto social.

Pão de Açúcar (PCAR4)
O Grupo Pão de Açúcar espera crescimento do setor de varejo no Brasil em 2017, mas manterá os investimentos no mesmo nível deste ano, e reforçará presença no formato de atacarejo, podendo ver até 26 novos pontos de venda da bandeira Assaí. O presidente-executivo da maior rede de varejo do Brasil, Ronaldo Iabrudi, afirmou a jornalistas que a companhia prepara 15 a 20 conversões de hipermercados da bandeira Extra em Assaí, além de seis novas lojas Assaí no próximo ano. O volume total representa o maior número de aberturas de lojas Assaí do GPA desde 14 inaugurações registradas em 2014.

O executivo comentou ainda que o GPA deve ter em 2017 aberturas de lojas em metros quadrados próximas do nível de 2016, mas que em termos de lojas unitárias haverá redução. Ele não comentou detalhes. “A área bruta de 2017 deve ser um pouco maior que este ano, porque teremos mais Assaí”, disse Iabrudi. Já o vice-presidente financeiro, Christophe Hidalgo, comentou que a expectativa da empresa é que a venda da empresa por metro quadrado vai crescer “um pouco mais que a inflação”.

Hidalgo afirmou que o investimento previsto pelo GPA em 2017 será de R$ 1,6 bilhão, mesmo valor deste ano. Segundo ele, a parte dos investimentos voltados para a área alimentar será “ligeiramente maior” que a prevista para a ViaVarejo, rede de móveis e eletrodomésticos que está sendo vendida pelo grupo e cujos recursos serão reinvestidos no GPA.

Hidalgo comentou que os resultados do GPA neste ano devem ser impulsionados por um impacto positivo de R$ 600 milhões no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ligados à decisão deste último trimestre de contabilizar os benefícios da chamada Lei do Bem, que zerou IPI e Cofins de alguns eletrônicos como computadores e celulares.

Rossi (RSID3)
O conselho de administração da Rossi aprovou um empréstimo de R$ 120 milhões com a Caixa Econômica Federal, na forma de cédula de crédito bancário. Os recursos do empréstimo, que tem prazo de 36 meses, serão destinados à quitação da dívida de sua controlada Norcon Rossi Empreendimentos adquirida junto ao BTG e à liquidação da conta garantida da Rossi na Caixa.

Fleury (FLRY3)
O presidente do Fleury, Carlos Marinelli, durante evento realizado ontem para analistas e investidores que o número de unidades do Grupo vai aumentar em até 65% nos próximos cinco anos. Atualmente, a companhia possui 138 laboratórios e a meta é acrescentar entre 73 e 90 unidades à atual base.

Segundo Marinelli, a previsão é de abertura de 18 a 22 unidades de sua marca principal, sendo que 77% serão unidades de pequeno porte que oferecem apenas de exames de análises clínicas e ultrassom. A estratégia de privilegiar unidades menores também foi estendida aos laboratórios da marca a+, voltada ao público intermediário.

A companhia afirmou que a distribuição de juros e dividendos sobre capital próprio (JCP) de R$ 331,2 milhões, anunciada ontem, não interfere na política de fusões e aquisições do Fleury.

Iochpe-Maxion (MYPK3)
Após propor aumento de capital futuro de até R$ 400 milhões mediante emissão privada de até 31,5 milhões de ações, a companhia teve o preço-alvo para seus papéis no fim de 2017 cortado de R$ 22,00 para R$ 20,00 pelos analistas do Bradesco BBI.

Even (EVEN3)
Segundo o diretor de estratégia e relações com investidores da companhia, Vinícius Mastrorosa, o volume de entregas da construtora deve chegar a R$ 2,4 bilhões em 2017 e R$ 743 milhões em 2018, após a marca de R$ 2,62 bilhões neste ano. Em entrevista ao Valor Econômico, o executivo estimou ainda que o número de distratos deve cair a partir do segundo semestre de 2017, o que deve permitir geração de caixa no ano que vem. Neste ano, o volume de distratos frustrou a geração de caixa e levou a empresa a alongar suas dívidas

Trisul (TRIS3)
A Trisul almeja que seus lançamentos se aproximem da casa dos R$ 800 milhões em 2017, após ficarem em R$ 241 milhões em 2015 e estarem em R$ 474 milhões neste ano. Se um projeto for liberado a tempo, o montante de 2016 pode chegar a R$ 540 milhões. Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da empresa, Jorge Cuy, afirmou que a capacidade atual é de lançar entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões por ano. Segundo ele, no curto prazo, a companhia só fará lançamentos nos segmentos econômico e de alto padrão.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.