Goldman diz que é hora de comprar de Ambev; Petrobras tem preço-alvo elevado e mais 7 recomendações

Confira as principais mudanças de recomendação feitas nesta segunda-feira (10)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário desta segunda-feira (10) é repleto de recomendações de empresas. A Ambev (ABEV3), por exemplo, teve a cobertura reiniciada pelo Goldman Sachs com recomendação de compra e preço-alvo de US$ 6,80 por ADR (American Depositary Receipt). Enquanto isso, o Barclays elevou seu preço-alvo para os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) de US$ 9,00 para US$ 10,00, mas manteve sua recomendação “underweight” para os ativos.

Já a Energias do Brasil (ENBR3) teve a recomendação elevada pelo JPMorgan de neutra para overweight, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 13,00 para R$ 17,50. Por outro lado, o JP cortou a recomendação da Gerdau (GGBR4) de overweight para neutra, enquanto a Usiminas (USIM5) foi cortada de neutra para underweight. Já a Localiza (RENT3) foi rebaixada para neutra pelo Bradesco BBI e as ações da JSL (JSLG3) tiveram recomendação reiniciada com outperform pelo banco.

Confira as principais recomendações desta segunda-feira:

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Ambev
O Goldman Sachs reiniciou sua cobertura de Ambev com uma recomendação de compra para os papéis, em uma avaliação baseada na opinião de que a empresa se aproveitou da fraqueza do mercado de Brasil para reforçar o seu já forte posicionamento competitivo através de um melhor mix e de um portfólio mais amplo. 

A expectativa é que esses benefícios conduzam a Ambev a uma maior alavancagem operacional em 2017-2018, com impacto limitado na receita e nas margens para o restante de 2016. “A AmBev tem o maior retorno entre cervejeiras globais com o maior rendimento de dividendos”, ressaltaram os analistas.

Sobre o futuro, o Goldman destaca que o mercado da América Latina, em especial o Brasil, poderia ver espaço para que alguns players se combinem para reduzir o gap da liderança do mercado, além da oportunidade de um mercado mais consolidado de refrigerantes, dando sequência ao que acontece com o segmento de cervejas. Além da recomendação de compra, o preço-alvo do Goldman para a companhia é de US$ 6,80, ou R$ 22,00.

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Ser Educacional
A equipe de análise da BB Investimentos elevou a recomendação para os papéis da Ser Educacional (SEER3) para outperform (performance acima da média do mercado), com preço-alvo para 2017 de R$ 23,00 para as ações da companhia. De acordo com o analista Mário Bernardes Junior, a companhia de educação tem demonstrado sua capacidade de se adaptar a adversidades inerentes ao ambiente doméstico por meio da melhoria de sua rentabilidade.

“Nos próximos períodos, acreditamos que a empresa poderá reforçar esta nossa visão através de alguns indicadores de desempenho tais como margens, taxas de inadimplência e matrículas. Portanto, a fim de incorporar os novos fundamentos para a empresa, bem como o potencial de valorização das ações, nós elevamos nossa recomendação”, escreve a BB Investimentos.

Localiza e JSL
As ações da Localiza tiveram a recomendação rebaixada de overweight para neutro pelo Bradesco BBI, que destaca o potencial de valorização limitado e o valuation já precificando melhora no fundamento. O preço-alvo é de R$ 43,00 por ativo.

“A Localiza negocia a um relação entre preço e lucro esperado para 2017 de 20,6 vezes (13% de prêmio da média histórica), já refletindo a melhora operacional que havíamos chamado a atenção em março deste ano. A utilização da frota no segmento de aluguel de carros alcançou 74% no segundo trimestre (alta de 470 pontos-base na comparação anual) e controle de custos resultou em aumento do custo operacional cash em apenas 4% na base anual, abaixo da inflação do período”, afirmam os analistas. Com isso, a equipe de analistas acredita que o papel tem upside limitado, mesmo considerando uso de cash.

Com isso, no setor, os analistas têm preferência pela JSL, com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 16,oo, tendo em vista o valuation atrativo, com 40% de desconto em relação aos pares globais e melhora de ROIC (Retorno sobre o capital investido) significativa por conta da geração positiva de fluxo de caixa de logística e melhora da performance da Movida.

Para a equipe de análise, o fluxo de caixa resiliente da divisão de logística tem sido deslocado para financiar a operação de alto crescimento de aluguel de carro – Movida. O Bradesco BBI também aponta que a desaceleração da receita na divisão de logística está destravando valor e melhorando a rentabilidade via: (1) aumento de utilização de ativos de 63% em 2015 para 71% esperados em 2016 e 74% em 2017 e; (2) ramp up de seminovos.

Telefônica Brasil
A Telefônica Brasil (VIVT4) foi rebaixada para neutra pelo Bradesco BBI após a troca de CEO (Chief Executive Officer). Amos Genish deixa o cargo e será substituído por Eduardo Navarro de Carvalho em 1 de janeiro de 2017.

Segundo o Bradesco BBI, a mudança de comando enfraquece um dos principais pilares da tese de investimento no ativo, a de gestão de primeiríssima linha, uma vez que renúncia de Genish amplia risco de execução dos ganhos de sinergia com GVT e a alocação inteligente de capex, que pode ser pressionada. O preço-alvo é de R$ 54,00 por ação.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.