Conselho da Petrobras aprova política de dividendos; Vale e mais 16 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira (29)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue movimentado nesta quinta-feira (28). A Petrobras aprovou sua política de dividendos, a S&P elevou os ratings do BTG Pactual de “B+” para “BB-“, mantendo perspectiva negativa, enquanto a Sanepar negou notícia do Valor Econômico que dizia que sua oferta de ações poderia movimentar R$ 1,5 bilhão. Confira os destaques desta quinta-feira (29): 

Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) informou que seu Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada na quarta, a Política de Dividendos e a Política de Indicação de membros da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal, do Conselho de Administração da Petrobras e dos participantes externos que integram seus comitês de assessoramento.

“A Política de Dividendos é fundamentada nas disposições constantes no Estatuto Social da Companhia e na Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). A Política de Indicação estabelece requisitos mínimos e impedimentos para a indicação dos membros da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal, do Conselho de Administração e seus Comitês, cabendo ao Comitê Estatutário de Remuneração e Sucessão realizar a verificação da conformidade desse processo”, informou a companhia em comunicado.

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Vale
A Samarco e seus controladores Vale (VALE3;VALE5) e BHP Billiton discutem alternativas para pagar a dívida da mineradora com bancos e detentores de bônus, que alcança cerca de US$ 2 bilhões, segundo o Valor Econômico, citando uma fonte.

Uma opção é negociar com bancos, que podem se tornar sócios da Samarco em contrapartida a uma redução da dívida da mineradora, segundo o jornal; outra possibilidade oferecida aos credores é dar à Samarco uma carência de até 2 anos para pagar a dívida. A Vale e BHP têm divergências sobre como encaminhar as discussões, diz o Valor. O BHP é favorável a uma redução da dívida, enquanto a Vale propõe carência sem correção de até 2 anos. A reportagem da Bloomberg News em 14 de setembro, citando pessoas com conhecimento do assunto, disse que Samarco estava considerando não pagar juros de eurobônus que vencem neste mês em meio a um aperto no caixa.

BM&FBovespa
A BM&FBovespa (BVMF3) informou que o inquérito no Cade não tem relação análise sobre Cetip. A “conversão do Procedimento Preparatório em Inquérito Administrativo não altera a natureza preliminar das apurações em andamento no Cade”, disse a BM&FBovespa em esclarecimento enviado ao mercado.

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“A BM&FBovespa entende que a instauração do Inquérito não se trata de fato relevante”. “Os andamentos processuais do Cade são atos públicos”.

Em 27 de setembro, a assessoria do Cade confirmou que foi aberto, a pedido da ATS, um inquérito administrativo para apurar suspeita de infração à ordem econômica por parte da BM&FBovespa. “A instauração do referido Inquérito Administrativo não guarda relação com o processo de análise do ato de concentração da combinação de operações com a Cetip”, disse a BM&FBovespa no comunicado.

Brasil Pharma
A Brasil Pharma (BPHA3) prestou esclarecimentos à CVM que reportagem publicada em 27 de setembro envolvendo a Big Ben “traz informações que não são de conhecimento da companhia, tratando-se de meras especulações que são única e exclusivamente de responsabilidade do jornal”.

Em 26 de setembro, a Profarma acertou compra de 100% do capital total da Drogaria Rosário e Centro de Distribuição, detidos pela Brasil Pharma, por R$ 173 milhões. O Estado de S. Paulo disse em 27 de setembro, citando fontes não identificadas de mercado, que depois de vender Rosário, haveria negociação em curso agora para a venda do maior dos 3 ativos que restaram na Brasil Pharma, a paraense Big Ben.

“Reiteramos que, tanto a companhia, assim como seu acionista controlador BTG Pactual, a exemplo de informações fornecidas em Fato Relevante divulgado em 20 de janeiro de 2016, bem como divulgado em nosso Formulário de Referência, ambos estão constantemente avaliando oportunidades de negócios, tanto, exclusivamente em relação ao BTG Pactual, para venda da participação acionária do BTG Pactual na companhia, quanto da venda das bandeiras da companhia, como forma de geração de caixa e redução de seu endividamento”. 

JBS
O Cade aprovou o arrendamento de ativos da Tramonto pela JBS Aves, subsidiária da JBS (JBSS3), segundo despacho publicado no Diário Oficial.

O negócio trata do arrendamento de ativos destinados ao abate de frango, à produção de carne de frango in natura e à produção de ração para frangos. A JBS Aves e Tramonto pediram análise do Cade ao acordo, segundo documento divulgado em 21 de setembro.

Siderúrgicas
Destaque para uma notícia que pode mexer com as ações de siderúrgicas. Comandada pela primeira vez pelo presidente da República, Michel Temer, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu dar prosseguimento à abertura de um questionamento aos EUA a respeito da recente sobretaxação de produtos siderúrgicos brasileiros, conforme informa o jornal O Estado de S. Paulo.

“Vamos usar o mecanismo de solução de controvérsias. Houve a imposição dessas taxas e vamos dar início a uma preliminar que desembocará na Organização Mundial do Comércio (OMC)”, comunicou o chanceler José Serra. 

O governo americano acusa o Brasil de dar subsídios à fabricação de aços laminados a frio e a quente. Por isso sobretaxou os materiais. Já o governo brasileiro alega que as medidas tomadas no País não configuram vantagem indevida às companhias nacionais, e por isso tentará reverter a decisão, que prejudica, sobretudo, as vendas da CSN e da Usiminas. Caso não haja sucesso no questionamento, a questão poderá levar à abertura de um Painel na OMC. 

Eletrobras
O governo pretende realizar o leilão da Celg-D, distribuidora de energia do Estado de Goiás, em novembro próximo, informa o jornal O Globo. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, após participar de reunião com investidores no BNDES, no Rio. De acordo com o secretário, o edital deverá ser publicado em outubro, para que o leilão seja realizado em novembro e a assinatura do contrato em janeiro. Participaram da reunião com investidores também o superintendente da área de Desestatização do BNDES, Rodolfo Torres, o presidente da Eletrobras (ELET3;ELET6), Wilson Ferreira, e a Secretária de Fazenda do governo de Goiás, Ana Carla Abraão.

Bradesco
O Bradesco (BBDC4) e a empresa de comércio eletrônico Cnova Brasil, subsidiária indireta do Grupo Pão de Açúcar (PCAR4), negociam um acordo na área de cartão de crédito e serviços financeiros, segundo o Valor. O acordo envolve um pagamento por parte do Bradesco de R$ 60 milhões para a Cnova Brasil, segundo fonte. Procurada, a empresa confirma o acordo operacional com o banco Bradesco e o Bradescard para oferta de produtos e serviços para o site da Casas Bahia. 

Minerva
A Minerva (BEEF3) teve o seu preço-alvo elevado de R$ 14,00 para R$ 16,00 pelo BTG Pactual, seguindo com recomendação de compra. Os analistas do banco destacam que a companhia está bem posicionada, com baixa alavancagem e execução forte. Eles apontam que o cenário global para o setor frigorífico continua a favorecer os produtores sul-americanos e que 2017 será um ano forte para a indústria de carne bovina brasileira.  

BTG
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s, elevou o rating do BTG Pactual (BBTG11) de “B+” para “BB-” na escala global, mas com perspectiva negativa. De acordo com a agência, o banco de investimentos diminuiu as pressões sobre sua liquidez, as quais resultavam da prisão de seu ex-CEO e presidente do Conselho de Administração, André Esteves. “Nesse contexto, acreditamos que o banco esteja em uma posição sólida para honrar suas obrigações de curto prazo”, diz a S&P em comunicado.

Já o outlook negativo se deveu à visão de tendências negativas para o setor financeiro do Brasil. “Acreditamos que o perfil financeiro do BTG possa se deteriorar em razão das pressões no sistema bancário brasileiro, resultantes do aperto fiscal e monetário do governo soberano. Ela reflete ainda um potencial enfraquecimento na posição de negócios do banco, caso este não seja capaz de manter receitas operacionais estáveis, especialmente as provenientes das áreas de gestão de recursos e de ativos ou de outras atividades sensíveis à confiança devido aos riscos reputacionais”.

Oi
A Oi (OIBR4) obteve uma vitória em segunda instância contra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que tenta na Justiça reverter a suspensão das execuções fiscais (cobranças) referentes a mais de R$ 11 bilhões em multas aplicadas à operadora, diz o Valor Econômico. Com isso, a Justiça manteve suspensa a cobrança de multas da companhia.

Em decisão emitida no dia 19, a desembargadora Mônica Maria Costa, da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, lembrou que “são vedados atos judiciais que reduzam o patrimônio da empresa em recuperação judicial, enquanto for mantida essa condição”. Segundo consta da decisão, a desembargadora entendeu que a questão deveria ser melhor avaliada depois da análise mais aprofundada de provas.

Magazine Luiza
A varejista Magazine Luiza (MGLU3) divulgou comunicado no qual afirma que a Alaska Investimento alienou ações e agora é dona de 1.070.963 papéis MGLU3, totalizando 4,95% do capital social da companhia. Assim, a gestora não possui mais os 5% de participação necessários para a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) considerar como fatia relevante. Segundo o comunicado, a Alaska reduziu sua participação apenas para fazer operações financeiras, sem objetivar uma alteração na composição do controle ou na estrutura administrativa da empresa. 

QGEP
A QGEP (QGEP3) teve a recomendação elevada de underweight (exposição abaixo da média pelo mercado) para neutra pelo JPMorgan.  

Concessionárias
O governo do Estado de São Paulo pretende fazer leilão de 4 rodovias até o final de 2017, disse Karla Bertocco Trindade, subsecretária de Parcerias e Inovação do governo estadual, em entrevista em Madri para a Bloomberg.

O primeiro roadshow será para rodovia Florínea-Igarapava, de 572 km; capex estimado do projeto é de US$ 1,2 bilhão. O governo pretende publicar o edital do leilão da estrada em outubro; em dezembro deve sair edital da rodovia Itaporanga-Franca. O governo realizará roadshow internacional para atrair operadoras externas de rodovias e instituições financeiras.

O leilão será o 1º com todos os documentos publicados em inglês e o 1º a abrir data room antes das ofertas, disse Bertocco. A conta com as receitas dos leilões de rodovias para investir em linhas do metrô. O governo pretende leiloar linhas do metro em 2017; 6 empresas já consultaram o governo. Já recebeu ofertas não solicitadas por 2 linhas de trem da CPTM. O governo trabalha com IFC, do Banco Mundial, no leilão de rodovias. A Vinci entre companhias que demonstraram interesse nas rodovias.

Profarma
A agência de classificação de risco Fitch colocou os ratings da Profarma (PFRM3) em observação negativa. Para a Fitch, a aquisição da rede de drogarias Rosário, com desembolso inicial de caixa de R$ 82 milhões, aumenta as atuais pressões de liquidez e de alavancagem da farmacêutica e coloca seus ratings sob risco de rebaixamento no curto prazo. A aquisição foi anunciada em 26 de setembro de 2016. “A companhia tem os importantes desafios de fortalecer sua geração de caixa operacional de forma sustentável, de reduzir sua elevada alavancagem e de melhorar o perfil de sua dívida”, diz a Fitch. O rating nacional de longo prazo da Profarma é “BBB+”. 

Sanepar
A Companhia de Saneamento do Paraná (SAPR4), comunicou ao mercado que os valores da sua oferta de ações não estão definidos. A empresa negou assim, uma notícia veiculada pelo Valor Econômico, que dizia que a Sanepar estava preparando uma oferta de ações que poderia movimentar R$ 1,5 bilhão. 

Fibria
A Fibria (FIBR3) teve cobertura iniciada com recomendação de compra pela Planner Corretora e preço-alvo de R$ 24,50. 

(Com Bloomberg e Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.