HSBC indica compra de Petrobras e eleva preço-alvo em 80%; veja mais 18 recomendações

Entre os destaques, o Santander revisou dois setores, elevando a recomendação para Gerdau e Usiminas, enquanto manteve recomendação underperform para a CSN

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A volta do feriado é agitada no mercado financeiro, com diversas revisões de recomendação por grandes bancos. O Santander revisou dois setores, elevando a recomendação para Gerdau e Usiminas, enquanto manteve recomendação underperform para a CSN. O mesmo banco também iniciou cobertura para a Gafisa com recomendação de compra e ainda revisou os preços-alvo para diversas empresas do setor imobiliário. Já o Credit Suisse elevou a recomendação para as ações da Lojas Americanas e B2W, enquanto o HSBC recomendou compra de Petrobras. Veja as revisões abaixo:

Petrobras é compra pelo HSBC
Os analistas do HSBC elevaram sua recomendação para compra para a Petrobras (PETR3; PETR4) com preço-alvo de R$ 18,00, ante R$ 10,00, para os papéis PN e alvo em R$ 17,00, contra R$ 8,70 para os ON. Para eles, mesmo com os ganhos de mais de 100% das ações, a expectativa é que as altas continuem em um cenário de reclassificação dos ativos diante de uma diminuição dos riscos como resultado da nova direção da empresa, aumento do preço do petróleo e redução de custos da companhia.

A equipe do banco ressalta que a ação ainda possui um beta alto, em 1,5x, mas que deve se normalizar daqui para frente, voltando a 1,1x. Segundo os analistas, com um cenário de juros baixos pelo mundo e de reforma em empresas estatais ajuda a ressaltar o viés positivo para a companhia, que tem mais chance de subir nos próximos meses do que cair.

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Santander revisa construção civil
As ações da Gafisa (GFSA3) tiveram a cobertura iniciada pelo Santander com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 3,70; apesar da visão positiva, os analistas Bruno Mendonça e Renan Manda ressaltam que um catalisador de curto prazo para as ações depende da monetização da Tenda.

A Direcional (DIRR3) segue como a top pick do setor, com preço-alvo de R$ 7,40 para ese ano e de R$ 8,60 para 2017. Os analistas ressaltam a exposição crescente da companhia no Minha Casa Minha Vida segmentos 2 e 3, aceleração dos lançamentos e um futuro mais brilhante para a geração de caixa. A EzTec (EZTC3) também tem recomendação de compra. Os analistas ressaltam que, apesar dos resultados pressionados no curto prazo, a expectativa de forte geração de caixa deve levar a uma remuneração atrativa para os investidores no curto e médio prazo.

Já MRV (MRVE3) segue com recomendação de manutenção, enquanto o preço-alvo para 2017 foi elevado de R$ 9,70 para R$ 15,10, destacando que o valuation parece justo nos patamares atuais. Os analistas também têm recomendação de manutenção para a Even (EVEN3), com novo preço-alvo de R$ 5,40 para 2017 – ante R$ 4,60 -, ressaltando sinais positivos de estabilização e uma abordagem mais pragmática com relação aos seus negócios.  Helbor (HBOR3) e Rodobens (RDNI3) também possuem recomendação de manutenção, com preços-alvo respectivos de R$ 2,90 e R$ 6,60 para 2017.

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Vale e siderúrgicas
Após o Bradesco BBI elevar na última terça-feira as ações da Gerdau (GGBR4) e da Usiminas (USIM5), desta vez foi a vez do Santander. A Gerdau foi elevada para compra, com preço-alvo de R$ 12,00 para 2017 e a Usiminas foi elevada para manutenção, com preço-alvo de R$ 4,00 para o próximo ano.

De acordo com o Santander, a Gerdau oferece a melhor relação risco/retorno entre os nomes brasileiros, enquanto eles seguem com visão cautelosa sobre a Vale (VALE3;VALE5), destacando ver os preços atuais do minério de ferro como insustentáveis. Já a CSN (CSNA3) segue com recomendação underperform e preço-alvo de R$ 5,00 para o próximo ano. Os analistas destacam que as ações CSNA3 subiram fortemente, já precificando as iniciativas da gestão e os planos de desinvestimento. Eles destacam a alta dívida da companhia e ressaltam que 2017 será um ano decisivo para a siderúrgica; a CSN tem R$ 5,6 bilhões de dívida a serem amortizadas em 2018 e, por isso, precisam ser renegociadas ainda este ano. 

Sobre a Vale, o Santander estima que a alavancagem financeira atingirá um pico de 4 vezes a dívida líquida/EBITDA em 2017, com melhora gradual após o completo ramp-up de S11D. Neste sentido, não seria uma prioridade vender ativos no curto prazo, em nossa opinião”, destaca o relatório.  “No entanto, acreditamos que a Vale quer estar preparada para o pior, possivelmente esperando que os preços do minério de ferro estejam menores do que nossa estimativa de US$ 50 a tonelada para o final de 2017”.

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“Preferimos ver a Vale vendendo ativos ‘noncore’ (assumindo valor justo, é claro) antes de ter que vender uma participação minoritária na divisão de minério de ferro. O potencial venda de uma participação no ‘core’ antes de vender ativos ‘noncore’ pode ser um sinal de baixa liquidez, o que aumentaria a probabilidade de a Vale não cumprir seu guidance de redução da dívida líquida (US$ 15 bilhões até o final de 2018)”. De acordo com os analistas, o “risco/retorno não é gratificante”, apesar de gostar da abordagem da administração de buscar ganhos de eficiência e vendas de ativos”.

Lojas Americanas e B2W
O Credit Suisse elevou a recomendação para Lojas Americanas (LAME4) e B2W Digital (BTOW3) de undeperform para neutra. O preço-alvo para os papéis BTOW3 passou de R$ 15,00 para R$ 20 e para os papéis, enquanto o preço-alvo para os ativos LAME4 é de R$ 22,00.

Sobre a Lojas Americanas, os analistas destacaram que o negócio continua a melhorar com consistência, mas os lucros consolidados têm sofrido em função dos sucessivos aumentos de capital, Selic elevada e queima de caixa por conta da B2W.  “Ainda assim, o papel subiu 67% desde 2013 enquanto que o lucro deve cair 36% no período de 2013 a 2016, o que resultou em uma expansão de múltiplo bastante relevante no período. Olhando para 2017, esperamos que as estrelas comecem a se alinhar e que a empresa consiga entregar crescimento de lucro”, afirmam os analistas.

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Já sobre a B2W, a percepção agora é de que o caminho para a rentabilidade parece muito mais claro, ainda que esteja provavelmente alguns anos distante, dizem os analistas. Dentre os pontos positivos, estão a melhora do reconhecimento da marca e a crença na tese do crescimento do comércio eletrônico.  

Gol
As ações da Gol (GOLL4) tiveram a recomendação elevada de underweight para equalweight pelo Morgan Stanley.

Autopeças
A Randon (RAPT4) foi elevada de market perform para outperform pelo Votorantim por conta da maior exposição ao mercado local. O Votorantim destaca também destaca preferência por Iochpe Maxion (MYPK3). Para MYPK3, a recomendação é outperform com preço-alvo de R$ 27,40. Tupy também é outperform, devido a seu valuation atrativo, com preço-alvo de R$ 21,00.  Já Metal Leve (LEVE3) possui recomendação marketperform e preço-alvo de R$ 28,80 por conta do real mais apreciado. Já por conta do maior ceticismo com relação ao segmento da Marcopolo (POMO4), a recomendação para a ação da companhia é underperform com preço-alvo de R$ 3,00.

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Também dentro do setor, o BTG Pactual destacou em relatório um encontro com a Meritor (principal fabricante de eixos para veículos comerciais pesados na América do Sul e sócia da Randon na Master) e feedback trazido por eles foi de que a perspectiva é otimista para o setor no Brasil, já vislumbrando uma retomada da demanda em 2017  por conta de melhora da confiança e recuperação do cenário macro. No médio prazo, a demanda deve se normalizar num patamar entre 120 mil e 130 mil unidades.

Do lado da produção, esperam que supere as vendas, refletindo desestocagem do sistema.” Se estiverem certos disso, o papel no nosso universo de cobertura que mais se beneficia é Randon e em menor extensão a Iochpe-Maxion e Tupy. No caso da Randon, a forte performance recente diminuiu o ‘brilho’ das ações e os próximos resultados devem vir na margem mais fracos”, destacam os analistas, que seguem experando um melhor ponto de entrada.

Minerva
O BTG Pactual também destacou em relatório que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi , está em Seul aparentemente na reta final das negociações para abertura do mercado para a venda de carne suína brasileira com a possibilidade estender para carne bovina nacional. Se confirmada, a notícia é positiva para os players brasileiros, principalmente para a Minerva (BEEF3), destacam os analistas, que reiteram recomendação de compra para o ativo.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.