8 small caps disparam até 21% na semana; Usiminas sobe 19% e BM&FBovespa lidera perdas

Confira os destaques da Bovespa nesta sexta-feira (22)

Paula Barra

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SÃO PAULO – Após um início de sessão morno, o Ibovespa intenficou os ganhos na tarde desta sexta-feira (22), com destaque para as ações de siderúrgicas. Com isso, o índice encerra a semana com alta de 2,56%, aos 57.002 pontos, com 10 dos 59 papéis do índice registrando ganhos de mais de 7%, enquanto apenas 11 ações tiveram queda nos últimos cinco pregões.

Entre as maiores altas da semana, destaque para a Usiminas, que subiu 18% e liderou os ganhos do Ibovespa. Na sequência ficaram os papéis da Smiles e Klabin, que subiram 14% e 11%, respectivamente. Diversas small caps também chamaram atenção e subiram forte na semana que acaba.

A semana terminou no positivo, mas o destaque ficou para diversas small caps fora do Ibovespa. Caso da Mills (MILS3), que teve ganhos de 16,67%, cotada a R$ 6,30. Entre os papéis menores que também chamaram atenção estão a Meal (MEAL3, R$ 5,88, +20,74%), Paranapanema (PMAM3, R$ 2,14, +14,44%), CSU Cardsystem (CARD3, R$ 5,05, +5,21%), Tupy (TUPY3, R$ 14,34, +20,61%), BR Properties (BRPR3, R$ 9,18, +21,75%), Unicasa (UCAS3, R$ 3,63, +21,00%) e Tegma (TGMA3, R$ 8,56, +8,49%).

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Entre as perdas, o índice foi liderado pela BM&FBovespa, com queda 3,88%, seguida pela Kroton e Cetip, que caíram 3,58% e 2,06%, respectivamente. A Vale também chamou atenção entre as poucas quedas da semana.

Confira os destaques desta sexta-feira:

Oi (OIBR3, R$ 3,12, -1,27%; OIBR4, R$ 2,67, +3,49%)
A maioria dos acionistas da Oi aprovaram, em assembleia geral extraordinária realizada nesta sexta-feira o processo de recuperação judicial da companhia. O processo já havia sido aceito pela  Justiça em 29 de junho. 

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BRF  (BRFS3, R$ 51,65, +2,18%)
As ações da BRF diminuíram os ganhos após terem avançado 5,72% mais cedo em meio à notícia de que a companhia planeja listar ações de sua subsidiária Sadia Halal em uma operação que pode resultar em um valor de mercado de US$ 5 bilhões para sua unidade focada em mercados muçulmanos, segundo pessoas próximas à operação ouvidas pela Bloomberg. A BRF tem falado com assessores financeiros locais sobre a venda de ações nos próximos meses e a oferta pública inicial poderia levantar US$ 1,5 bilhão.

Nenhuma decisão final foi tomada sobre em qual bolsa seria a oferta e quando e, se ocorrer no Brasil, IPO da Sadia Halal pode ser o maior do país desde 2012, quando BTG Pactual levantou o equivalente a cerca de US$ 1,9 bilhão, segundo dados compilados pela Bloomberg. A BRF disse, em resposta por e-mail de sua assessoria de imprensa, que um grupo interno avalia as oportunidades, mas seria “prematuro” afirmar que há IPO em curso. Serão analisadas alternativas estratégicas para a subsidiária, que permitam a potencialização de sua expansão, seja nos mercados atuais ou em novos mercados ainda não atendidos pela BRF”, disse BRF em resposta de sua assessoria de imprensa por e-mail. 

Localiza (RENT3, R$ 38,80, +5,52%
As ações da Localiza tiveram fortes ganhos após a divulgação dos números do segundo trimestre da companhia. A empresa de locação de veículos e gestão de frotas abriu na quinta a temporada de balanços do segundo trimestre de empresas listadas na Bovespa informando que seu lucro líquido do período cresceu 4,9% sobre um ano antes, para R$ 98 milhões.

O resultado operacional da companhia, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado, somou R$ 234,3 milhões, alta de 5,1% ante o segundo trimestre do ano passado. De acordo com o BTG Pactual, os números apresentados pela empresa foram positivos, ressaltando que a “execução impecável” continua a ser um ponto ascendente estrutural para o case de investimento, destacando que o segmento de RAC surpreendeu para cima. Devido aos múltiplos negociados levemente acima da média histórica, a recomendação do banco para os ativos segue neutra.  

O UBS afirmou ainda que o bom momento de operação da Localiza deve persistir ao longo de 2016, mas pode terminar ao final de 2017, com fim do cliclo de aumento de vendas de carros no Brasil. O aumento de 14% em aluguel de veículos ao ano é surpresa positiva, atribuída a atividades de lazer de passageiros de aerportos e ao “ramp-up” da gestão da Localiza, diz o UBS. A deterioração do volume de vendas de usados, segundo a Localiza, deveu-se a menor disponibilidade de carros para comercialização devido à grande demanda de aluguéis e deve se normalizar no segundo semestre. O nível de rentabilidade atual não é sustentável e outros players não conseguiriam sobreviver e espera-se aumento de tarifas no médio-longo prazo. 

A companhia anunciou também que o Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de até 11 milhões de ações, que terá duração de um ano.

Qualicorp  (QUAL3, R$ 21,42, -0,97%
Após dias de alta em meio aos rumores de venda do controle da companhia, as ações da Qualicorp registraram queda após as firmas de investimentos Carlyle e CVC Partners informarem que não têm interesse em fazer uma oferta pública para aquisição do controle da empresa de gestão de planos de saúde coletivos. 

As ações da Qualicorp atingiram pico desde março de 2015 nesta semana, em meio a expectativas de venda do controle da companhia. Na terça-feira, o jornal Valor Econômico publicou que Carlyle, o fundo soberano de Cingapura (GIC) e CVC CapitalPartners estavam negociando aquisição da totalidade do capital da Qualicorp.

Vale (VALE3, R$ 17,15, -1,44%; VALE5, R$ 13,94, -0,71%) 
As ações da Vale e Bradespar (BRAP4, R$ 10,19, -1,16%) – holding que detém participação na mineradora – caíram nesta sessão, após a forte alta da véspera com o minério de ferro e a produção de minério divulgada ontem. Hoje, o minério de ferro spot (à vista), negociado no porto de Qingdao com 62% de pureza, fechou em queda de 2,27%, a US$ 55,87 a tonelada seca. A cotação do minério é um importante balizador para o desempenho das ações da Vale, já que é o seu principal produto.

Siderúrgicas
As ações das companhias do setor siderúrgico seguiram com ganhos, com destaque para a Usiminas (USIM5, R$ 2,81, +2,55%), que continua o rali da véspera, quando disparou 10%; em apenas seis pregões, a alta é de 32%. Além das ações preferenciais da companhia, as ordinárias (USIM3, R$ 8,04, +14,37%) – que possuem menos liquidez e são cotadas fora do Ibovespa – chamam atenção hoje em meio à disparada de até 22,62% na máxima do dia, indo a R$ 8,62. O volume financeiro movimento com USIM3 nesta sessão também é alto, atingindo R$ 3,23 milhão, contra média diária de R$ 1,5 milhão nos últimos 21 pregões. As demais siderúrgicas também sobem, com 
Gerdau (GGBR4, R$ 7,29, +5,35%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,60, +4,00%) e CSN (CSNA3, R$ 10,88, +0,74%).  

Vale destacar que, em relatório, o BTG Pactual afirmou que está ficando mais otimista com o setor, ressaltando preferência por Gerdau e Metalúrgica Gerdau. “O bom momento de ganhos no curto prazo (aumentos de preços à caminho), fatores externos ajudando, valuations ainda em patamares razoáveis, alocação ainda baixa e call temático de recuperação da atividade doméstica em 2017 compõe o nosso call. A taxa de utilização entre 50-60% indicam que há muito espaço de alavancagem operacional a ser capturada assim que tivermos uma melhora das condições de demanda, que na nossa visão está no fundo(acreditamos numa forte recuperação em 2017). O nível de penetração do importado está muito baixo, em 4%. Os riscos para este call são câmbio, fatores externos e particularidades de cada case como o imbróglio societário da Usiminas e alto nível de endividamento da CSN”, afirmam os analistas do banco.

Saraiva (SLED4, R$ 4,13, +11,02%)
As ações da Saraiva dispararam nesta sessão. Na noite da véspera, o colegiado da CVM  decidiu que a acionista minoritária GWI não poderia ter seus direitos suspensos. Este é um dos tópicos previstos em assembleia de acionistas da Saraiva marcada para a próxima segunda-feira (25). A GWI pediu cancelamento da reunião, o que não foi concedido pelo órgão e disse que cabe agora à Saraiva avisar sobre a decisão e atender as recomendações da CVM. 

“A GWI reconhece na decisão da CVM um importante precedente legal, que impediu uma grave e flagrante violação aos mecanismos que a lei confere às minorias para monitorar e fiscalizar as companhias abertas”, disse a acionista em nota.

Gafisa (GFSA3, R$ 2,29, -2,14%)
As ações da Gafisa viraram para queda em um dia volátil após o anúncio da prévia operacional referentes ao segundo trimestre. A construtora registrou lançamentos de R$ 545,0 milhões no período, uma alta de 13,1% em comparação ao segundo trimestre de 2015, e de 76,6% em relação ao último trimestre. O volume lançado nos seis primeiros meses do ano atingiu R$ 853,7 milhões.

Já as vendas contratadas líquidas totalizaram R$ 454,5 milhões, uma redução de 14,6% na comparação anual e aumento de 36,4% ante o primeiro trimestre do ano. As vendas de lançamentos do ano representaram 36,4% do total, enquanto vendas de produtos remanescentes foram responsáveis pelos 63,6% restantes. Segundo o BTG Pactual, mais uma vez, os fortes números da Tenda foram ofuscados, novamente, pelos números fracos da Gafisa. “Os dados operacionais do segundo trimestre não foram diferentes do período anterior: : apesar do desconto, acreditamos que a combinação de um forte negócio de baixa renda, mas um segmento frágil na média/alta renda pode levar à fraqueza continuada do ROE (Retorno sobre o Patrimônio) e geração de fluxo de caixa livre quase zero, explicando a nossa classificação neutra”, afirmam os analistas. 

Prumo  (PRML3, R$ 8,20, -0,61%)
A Prumo Logística viu suas ações amenizarem fortemente os ganhos após chegarem a subir 5,70% mais cedo. A companhia informou que mantém, confidencialmente, tratativas para uma possível capitalização por meio de um aumento de capital para subscrição privada. A empresa enviou fato relevante à CVM, em razão da variação significativa nas ações no pregão de na quinta-feira. Sobre o aumento de capital, a Prumo informa que os termos e condições ainda estão sendo analisados internamente e discutidos com o acionista controlador. O controlador da Prumo, com 61,93% das ações ordinárias, é a EIG LLX Holding.

Sabesp (SBSP3, R$ 31,49, +4,58%)
As ações da Sabesp subiram forte, após a companhia ter a sua recomendação elevada de market perform (desempenho em linha com a média do mercado) para outperform (desempenho acima da média do mercado) pelo Itau BBA Securities. O preço-alvo é de R$ 35,00 por ação.