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SÃO PAULO – Apesar de toda a turbulência que a economia brasileira passou desde o início deste ano, o Brasil consegue terminar o primeiro semestre com um dos melhores desempenhos entre os principais mercados do mundo. Enquanto isso, o real lidera com facilidade como a moeda que mais subiu entre os emergentes, segundo um levantamento feito pelo Credit Suisse.
Entre os fatores que estão ajudando o ambiente de negócios doméstico está a disparada de commodities como o minério de ferro, que hoje subiu mais de 3% e superou os US$ 55,50, além da volta do bom humor nos mercados internacionais após as perdas registradas com o Brexit, e também a notícia de que o Banco Central da China não tem a intenção de desvalorizar o yuan para tornar o país mais competitivo. Segundo os analistas, esta última informação é bastante positiva para moedas emergentes.
“O EWZ chega ao último dia do semestre com performance muito superior a dos demais emergentes, com o real fazendo mais da metade do trabalho e chegando a quase 10% de valorização no mês”, explicam os analistas do banco.
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Na comparação anual, o ETF brasileiro (EWZ) só perde para o Peru, com 44,63% de ganhos contra 51,79% dos vizinhos latinos. Em terceiro aparece o ETF da Colômbia, que em 2016 registra alta de 21,52%, seguido pela Tailândia, que avança 19,81% este ano. Os dois piores na lista feita pelo Credit são o México e a China, com desempenho de 0,19% e queda de 3,63%, respectivamente.
Por outro lado, no desempenho do último mês o Brasil aparece na liderança com grande folga contra seus pares emergentes. O EWZ acumula alta de 16,71%, enquanto a Indonésia fica com o segundo lugar, avançando 9,30%. Na sequência ficam Colômbia, Taiwan e Peru, com altas de 7,61%, 4,57% e 4,35%, respectivamente.
Confira a tabela abaixo:
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País (ETF) | Desempenho no ano |
Desempenho no último mês |
Peru (EPU) | +51,79% | +4,35% |
Brasil (EWZ) | +44,63% | +16,71% |
Colômbia (ICOL) | +21,52% | +7,61% |
Tailândia (THD) | +19,81% | +2,13% |
Rússia (RSX) | +19,11% | +3,75% |
Indonésia (EIDO) | +18,43% | +9,30% |
Chile (ECH) | +16,64% | +3,84% |
África do Sul (EZA) | +13,97% | +2,77% |
Turquia (TUR) | +10,87% | -0,58% |
Taiwan (EWT) | +9,24% | +4,57% |
Entre as moedas, o real deve fechar como a maior alta contra o dólar, subindo 22,98% até o momento, segundo dados compilados pelo Credit. Enquanto isso, o iene japonês já avançou 16,95% no acumulado de 2016, seguido pelo rublo da Rússia, com ganhos de 13,02%. Já entre as quedas, o peso argentino lidera com facilidade o ranking, recuando 13,60%, enquanto o peso mexicano caiu 7,10%.