Radar: “Risco Trabuco” preocupa equipe de Temer; Santander e Itaú estão de olho no Citi

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (1)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo está bastante movimentado no primeiro dia de junho, com destaque para a repercussão do indiciamento do presidente do Bradesco, além de movimentações sobre a venda do Citigroup. Veja os destaques desta quarta-feira (1): 

Bradesco
Segundo a Folha de S. Paulo, o indiciamento do presidente do Bradesco (BBDC4), Luiz Carlos Trabuco, divulgado na véspera, gerou preocupação na equipe econômica do presidente interino, Michel Temer. Isso por conta do risco de provocar turbulência no mercado financeiro num momento delicado da economia brasileira. Segundo o jornal, apesar da preocupação, a orientação do Planalto é a mesma em relação à Operação Lava Jato, de “não interferência nas investigações”. Além disso, assessores afirmam ser necessário aguardar os próximos passos, uma vez que se trata apenas de indiciamento e o banco poderá se defender no processo que investiga decisões do Carf. Auxiliares de Temer relataram que executivos do mercado financeiro entraram em contato com o governo e se disseram “surpresos” e “atônitos” com o indiciamento; porém, isso não deverá contaminar o banco, segundo banqueiros ouvidos pelo jornal. 

Citigroup
O Citigroup receberá propostas por varejo local em junho, informou o Valor Econômico. O processo de venda das operações de varejo na América Latina foi formalmente iniciado há cerca de 3 semanas; Santander Brasil (SANB11) e o Itaú Unibanco (ITUB4) devem apresentar propostas por partes do negócio, informou o jornal, citando fontes. Santander se interessa especialmente pelo Brasil, enquanto o Itaú pretende avaliar o pacote todo, incluindo Brasil. Já a XP Investimentos ficou fora do processo e o Bradesco não deve participar. 

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Vale
 A Vale (VALE3;VALE5) informou nesta segunda-feira a conclusão da venda de sua fatia de 26,87% da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para a Thyssenkrupp.  O negócio foi anunciado em abril como parte da iniciativa da mineradora brasileira de simplificação de seu portfolio de ativos, por um “preço simbólico”. 

 A mineradora afirmou ainda que continua estudando alternativas de desinvestimentos e atração de recursos, inclusive de ativos core, com o objetivo de ter mais flexibilidade financeira e estratégica, afirmou a companhia em comunicado de esclarecimento à CVM sobre a reportagem. 

Paranapanema
A Paranapanema (PMAM3) foi cortada de B- para CCC-; perspectiva por Standard & Poor’s. O rebaixamento acontece após a companhia anunciar a contratação de assessor financeiro para ajudá-la a implementar medidas que reforcem sua estrutura de capital, disse a S&PGR em relatório. A S&PGR acredita que uma reestruturação da dívida em diferentes termos e condições aos credores deve acontecer nos próximos 6 meses. Os ratings foram colocados em CreditWatch com implicações negativas porque poderiam ser rebaixados novamente se a reestruturação se aproximar de um default. A S&P retirou os ratings da empresa a seu pedido. 

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Suzano
A Suzano Papel e Celulose (SUZB5) informou ontem que o foco de incêndio foi controlado por volta de 21h (horário de Brasília) o foco de incêndio. Ele tingiu a área de armazenagem de papel de um dos prédios de sua Unidade Suzano (SP). A Suzano não disse se houve e quais seriam as dimensões do prejuízo causado. Dois prestadores de serviço sofreram ferimentos leves e foram encaminhados a hospitais, sendo que um já havia sido liberado na noite da véspera.

 Contax
O Conselho de Administração da Contax (CTAX11) aprovou oferta de até 19,9 milhões de ações ordinárias com esforços restritos. O preço por ação será fixado após coleta de intenções de investimento junto a investidores profissionais. “Caso, por qualquer razão, não haja demanda de Investidores Profissionais suficiente para a conclusão do Procedimento de Bookbuilding, o Preço por Ação será o Preço de Referência.” Os recursos da oferta serão destinados a reforço de caixa e financiamento do plano de negócios, amortização de dívida financeira e o Banco Modal é o coordenador líder. O acionista CTX Participações assumiu compromisso de subscrever e integralizar “número de ações suficiente para manter sua atual participação acionária”. A empresa vai utilizar créditos detidos contra a Contax no valor máximo de R$ 45,5 milhões “oriundos de empréstimo subordinado”.

 Petrobras
A Subsea 7 informou que a Petrobras (PETR3;PETR4) antecipou fim do contrato de tarifa diária para embarcação lançadora de linha, chamada de PLSV, Seven Mar. O contrato tinha previsão de término no fim de 2016. Com isso, o backlog do grupo diminui em cerca de US$ 47 milhões. A licença operacional da Seven Mar venceu em razão da prioridade por tonelagem local, o que resultou no término antecipado do contrato.

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Além disso, hoje será a posse do novo presidente da companhia, no Palácio do Planalto, em Brasília. Já a cerimônia de transmissão de cargo será realizada na quinta-feira, às 10h, na sede da companhia, no Rio de Janeiro.

Kroton
A Kroton (KROT3) vai propor ao governo financiamentos privados para o Fies; a companhia acredita que recursos do setor privado podem suprir redução de crédito por parte do governo com a recessão, disse Rodrigo Galindo, presidente da empresa.

A Kroton estuda com outras companhias do setor educacional formas de trocar financiamentos públicos, como Fies e Pronatec, por alternativas da área privada.  “Não existe espaço político e social para o Fies acabar”, disse Galindo em entrevista no escritório da Bloomberg em São Paulo. Uma alternativa em estudo é emitir letras de crédito educacionais ou usar parte dos compulsórios exigidos dos bancos para financiar empréstimos estudantis, disse ele.

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“A gente tem uma ideia para levar para saber se tem abertura do governo e, se tiver abertura do governo, aí vamos voltar para construir o produto”, disse Galindo. As propostas serão apresentadas ao governo através da Associação Brasileira para Desenvolvimento da Educação Superior e do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular. A Associação da Kroton com banco para fornecer financiamento privado para seus alunos, outra alternativa em estudo, pode ser anunciada até o fim deste ano, segundo ele.

Eletrobras
O governo avalia nomes para a presidência da Eletrobras (ELET6), informa o Valor Econômico. Wilson Ferreira, pres. da CPFL Energia, Manoel Zaroni, presidente da Tractebel, e Paulo César Tavares, ex-diretor da CPFL, estão entre os nomes que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho deve levar para o presidente interino Michel Temer, informou o jornal. 

 Usiminas
A Nippon Steel disse em comunicado nesta quarta que não procedem notícias que planeja dividir a Usiminas (USIM5). Uma fonte próxima da empresa japonesa disse ao Nikkei que a recente mudança de presidente-executivo na siderúrgica brasileira Usiminas acelerou planos para que os acionistas controladores Nippon Steel e Ternium dividam a empresa.

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Totvs
A Totvs (TOTS3) informou que a Harris Associates passou a deter 5,10% do capital da companhia.

Renova Energia
O Conselho de Administração da Renova Energia (RNEW11) elegeu Carlos Figueiredo como CEO (Chief Executive Officer). 

BR Partners
O banco de investimento brasileiro BR Partners anunciou aliança estratégica com a empresa de serviços financeiros internacional Baird para oferecer serviços com foco inicial em fusões e aquisições entre o Brasil e a Europa e o Brasil e os Estados Unidos. “Por meio da aliança, os dois bancos de investimento aumentarão suas respectivas ofertas para fusões e aquisições ao obterem vantagem com a forte experiência de cada banco e os profundos relacionamentos corporativos com cada respectiva região”, disseram em comunicado.

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OGPar
Os debenturistas da OGPar (OGXP3) suspenderam assembleias em 31 de maio e as remarcaram para 24 de junho.  

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.