Petrobras entra na “lista de compras” do Itaú BBA; 11 balanços e mais 9 notícias no radar

Conselho da Petrobras se reúne para discutir reestruturação; CSN é rebaixada pelo Bradesco BBI, recompra da Lojas Americanas e mais notícias

Lara Rizério

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SÃO PAULO- Enquanto o mercado fica de olho nos acontecimentos políticos após o rompimento do PMDB com o governo se tornar oficial, a bateria de resultados e revisões de recomendação são destaques no noticiário corporativo. Veja os principais destaques desta quarta-feira (30):

Petrobras
O Itaú BBA adicionou a Petrobras (PETR3;PETR4) à lista de compras de ações no Brasil. “Recentemente, o Brasil chegou a parecer um pouco menos arriscado para o mercado, levando-se em conta as tendências nacional e estrangeira, e refletido em queda significativa nos CDS brasileiros”, segundo relatório de analistas.

“Acreditamos que é hora de fazer outro movimento tático e adicionar à nossa carteira mais exposição a papéis de beta elevado. Petrobras é uma ação de beta elevado e oferece grande liquidez, uma boa maneira de surfar no momento positivo do Ibovespa”, afirmam os analistas. A Petrobras substitui a Suzano (SUZB5) na lista. Entre ações de beta elevado na lista de compra no Brasil estão Banco do Brasil (BBAS3) e Smiles (SMLE3).

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Vale destacar que Conselho da estatal se reúne para discutir nova estrutura organizacional.

Cemig
A Cemig (CMIG4) teve lucro líquido de 306 milhões de reais no quarto trimestre, baixa de 73 por cento sobre o mesmo período do ano anterior, divulgou a empresa na noite de terça-feira.

A elétrica mineira apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 496 milhões de reais de outubro a dezembro, queda de 77 por cento na comparação anual.

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Gol
A companhia aérea Gol (GOLL4) apurou prejuízo líquido de 1,13 bilhão de reais no quarto trimestre, um aumento de 79 por cento ante o resultado líquido negativo registrado no mesmo período do ano anterior.

A empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de 398,9 milhões de reais nos últimos três meses de 2015, queda de 17,3 por cento contra o mesmo trimestre um ano antes. 

A Gol também informou projeção de reduzir entre 15 e 18 por cento o volume total de decolagens em 2016. A projeção anterior da empresa era reduzir de 4 a 6 por cento o volume de decolagens nacional.

EzTec
O lucro líquido da incorporadora EZTec (EZTC3) teve queda de 21% no quarto trimestre de 2015 ante o mesmo período de 2014, para R$ 104,09 milhões. Já a receita líquida da companhia teve queda de 11%, para R$ 224,39 milhões. No acumulado de 2015, o lucro caiu 6%, para R$ 444,01 milhões. A receita líquida anual teve baixa de 14%, para R$ 814,36 milhões.

O Bradesco BBI destaca que a companhia “continuou mostrando resultados saudáveis, dado o cenário, mas como não é imune à fraca atividade do setor, tal cenário poderá levar a nova queda do ROE”.

PDG
A PDG Realty (PDGR3) registrou prejuízo de R$ 1,969 bilhão no quarto trimestre, ante resultado negativo de R$ 222 milhões frente o mesmo período do ano passado. No quarto trimestre, a receita líquida da PDG teve 88,3%, para R$ 130 milhões. A margem bruta do período ficou negativa em 166,8%. A PDG informou também margem bruta ajustada negativa em 149,4%.

 No acumulado do ano passado, a PDG teve prejuízo de R$ 2,76 bilhões, ante prejuízo de R$ 529 milhões em 2014. A receita líquida anual teve baixa de 57%, para R$ 1,824 bilhão, e a margem bruta ficou negativa em 2,3%.

Qualicorp
A Qualicorp (QUAL3) teve lucro de de R$ 61,4 milhões no quarto trimestre de 2015, 224% acima dos R$ 19 milhões registrados no quarto trimestre de 2014. A receita líquida da empresa foi de R$ 452,9 milhões nos últimos três meses do ano passado, alta de 15% ante os R$ 393,9 milhões no quarto trimestre de 2014. O Ebitda teve queda de 3,5% na base de comparação anual, a R$ 157,3 milhões. 

Saraiva
A Saraiva (SLED4) registrou lucro líquido de R$ 194,2 milhões no quarto trimestre de 2015, ante prejuízo de R$ 13,5 no período anterior. A receita líquida somou R$ 499 milhões, queda de 3,2% ante o mesmo período de 2014. O Ebitda ajustado dos últimos três meses do ano passado foi de R$ 4,55 milhões, queda de 35%. 

Valid
A Valid (VLID3) teve lucro líquido de R$ 23,5 milhões no quarto trimestre de 2015, queda de 24,5% em relação aos últimos três meses de 2014. A receita líquida ficou em R$ 446,5 milhões no período, alta de 24,5%. O Ebitda ajustado ficou em R$ 81 milhões, 6,3% superior ao mesmo período de 2014, enquanto a margem Ebitda foi de 17%, com queda de 3,2 pontos percentuais na base de comparação anual.

General Shopping
Outra companhia a divulgar balanço na noite da véspera, a General Shopping (GSHP3) encerrou o quarto trimestre de 2015 com receita bruta de R$ 83,5 milhões, o que corresponde a uma alta de 13,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no período foi de R$ 51,6 milhões, 11% acima do resultado de 2014, o que levou a margem a 69,6%.

O resultado líquido da General Shopping entre outubro e dezembro do ano passado foi de R$ 43,1 milhões, ante desempenho negativo de R$ 124 milhões no mesmo período do ano anterior. No ano, porém, o resultado foi negativo em R$ 552 milhões, contra R$ 246,3 negativos em 2014.

Brasil Brokers
A Brasil Brokers (BBRK3) informou os investidores que encerrou 2015 com uma receita líquida ajustada de R$ 171,6 milhões, o que corresponde a uma retração de 36% em comparação com o ano anterior. Já o Ebitda ajustado no período foi negativo em R$ 25,6 milhões, com o quarto trimestre marcando desempenho negativo de R$ 13,5 milhões – contra resultado positivo de R$ 11,7 milhões no mesmo período em 2014. A companhia do setor imobiliário a apresentou prejuízo de R$ 91,1 milhões no ano passado. Excluindo os efeitos contábeis não caixa e os impactos das operações descontinuadas, o desempenho negativo ajustado cai para R$ 35,9 milhões.

Em mensagem anexada ao demonstrativo dos resultados do trimestre a administração da companhia destacou o “instável ambiente macroeconômico” como fator determinante para o ingresso do setor imobiliário em “um dos momentos mais desafiadores da última década”. “Diante da ausência de sinais claros de melhora no ambiente de negócios do país, a companhia está comprometida em angariar novas fontes de receita em negócios complementares e a perseguir obsessivamente novas oportunidades de redução de custos de forma a ajustar a nossa alavancagem operacional para preservar nossa posição de caixa”, dizia o comunicado aos acionistas.

Somos Educação
Na noite da terça-feira (29), a Somos Educação (SEDU3) divulgou uma receita líquida de R$ 382,5 milhões no quarto trimestre e R$ 1,293 bilhão no acumulado do ano passado, o que corresponde respectivamente a uma redução de 25% e uma leve alta de 2%. O Ebitda ajustado da companhia foi de R$ 107.6 com margem de 28% entre outubro e dezembro e de R$ 351,9 milhões com margem de 27% no acumulado do ano passado. A companhia educacional apresentou prejuízo de R$ 606 milhões no último trimestre do ano passado, ante lucro de R$ 56,2 no mesmo período em 2014, e prejuízo de R$ 604 milhões no ano passado, ante lucro de R$ 58,7 registrados um ano antes.

Arteris
A Arteris (ARTR3)  reportou prejuízo líquido de R$ 11,993 milhões no quarto trimestre de 2015, revertendo assim o lucro líquido de R$ 117,599 milhões registrado no mesmo período de 2014. No acumulado do ano passado, a companhia obteve lucro líquido de R$ 149,342 milhões, queda de 67,3% ante o resultado do ano anterior.

Segundo a Arteris, os resultados líquidos no trimestre e no ano estão associados à atividade econômica e também à maior depreciação e ao resultado financeiro, impactado pelo aumento do endividamento e dos juros. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 269,521 milhões nos três últimos meses do ano passado, uma retração de 24,1% ante o mesmo intervalo do ano anterior. A margem Ebitda ficou em 46,9% no último trimestre de 2015, ante margem de 60% há um ano. Em 2015, o Ebitda totalizou R$ 1,258 bilhão, queda de 7,3% na base anual, com margem Ebitda de 55,3%, ante margem de 60% em 2014. De acordo com o Bradesco BBI, o desempenho do preço da ação seguirá dependendo da aprovação da OPA (Oferta Pública de Aquisição). 

Gerdau
O Bank of America Merrill Lynch elevou a recomendação para Gerdau (GGBR4) para compra ressaltando que, apesar dos riscos, o fluxo de caixa parece atrativo e a companhia pode divulgar um FCF positivo esse ano, mesmo não incluindo venda de ativos. Enquanto isso, CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) ainda são underperform. 

Abilio e Carrefour 
A Península Participações, holding controlada pela família do bilionário brasileiro Abilio Diniz, elevou sua participação no Carrefour, semanas após a varejista francesa ter nomeado o empresário para assumir um assento em seu Conselho. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Península disse que concluiu a aquisição de uma fatia adicional de 2,98 por cento no Carrefour por meio de uma rede de entidades controladas.

A medida eleva a fatia que a família Diniz detém no Carrefour para um total de 8,05 por cento, afirmou. “Esse investimento está em linha com a estratégia de longo prazo seguida pela Península e reflete a crença no potencial de crescimento do Carrefour.” O Carrefour se negou a comentar. A Península gerencia mais de 10 bilhões de reais em ativos.

Antes desse novo aumento, Diniz já era o quarto maior acionista da varejista francesa. Diniz e sua família, que compraram uma fatia na unidade brasileira do Carrefour há mais de um ano, disseram em 18 de março que estavam avaliando sua decisão anterior de manter sua fatia inalterada. O acordo para o Carrefour Brasil foi acertado no fim de dezembro de 2014 e marcou o retorno de Diniz ao setor de varejo. Diniz é o filho mais velho do fundador do Grupo Pão de Açúcar (PCAR4), arquirrival do Carrefour no Brasil.

Light
A Light (LIGT3) está negociando com três interessados em assumir a fatia de 15,9% que a companhia possui na Renova Energia, geradora de energia renovável (eólica e solar), segundo informações do Valor Econômico. De acordo com a presidente da elétrica, Ana Marta Veloso, já existem pré-acordos assinados com as três proponentes.

Elétricas
 O leilão de energia A-5, agendado para 29 de abril, terá preços-teto entre 115 e 290 reais por megawatt-hora (MWh), o que representará uma elevação de até 8 por cento frente aos valores praticados nos certames de 2015, dependendo da fonte de geração, mas queda ao redor de 10 por cento em alguns casos.

Os valores devem frustrar investidores que vinham pressionando o governo federal por um aumento mais forte dos preços, dado o cenário econômico e político do Brasil e a desvalorização da moeda brasileira ante o dólar.

Segundo edital aprovado nesta terça-feira em reunião de diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o certame terá como projetos com maior preço-teto as termelétricas a gás, com 290 reais por MWh, alta de 3 por cento ante o limite superior passado.

Bancos
Destaque para uma notícia que pode afetar o setor bancário. Foi publicada no Diário oficial a Medida Provisória que autoriza FGTS como garantia para consignado. O empregado poderá oferecer em garantia ao consignado, de forma irrevogável e irretratável, até 10% do saldo de sua conta vinculada no FGTS.

Também poderá oferecer em garantia até 100% do valor da multa paga pelo empregador, em caso de despedida sem justa causa ou de despedida por culpa recíproca ou força maior. O Conselho curador do FGTS poderá definir número máximo de parcelas e a taxa máxima mensal de juros a ser cobrada pelas instituições consignatárias nas operações de crédito consignado.

Lojas Americanas
A Lojas Americanas (LAME4) aprovou a recompra de 10 milhões de ações ON e 10 mi de ações PN em um ano. 

Rossi
A Rossi Residencial (RSID3) informou na terça-feira que concluiu ‘substancialmente’ uma reestruturação de suas dívidas financeiras com Bradesco e Banco do Brasil. Em fato relevante, a construtora afirmou que para o montante que compreende cerca de 90 por cento da dívida obteve a extensão do prazo médio da dívida de 10 para 39 meses com redução significativa de seus custos financeiros.

Foi aprovado junto ao Bradesco o alongamento da dívida corporativa no valor aproximado de 820 milhões, com novo prazo de 72 meses de pagamento e carência de principal e juros durante os primeiros 12 meses, afirmou a Rossi. No caso do BB, houve um alongamento da dívida de cerca de 228 milhões de reais, com o novo prazo de 48 meses para pagamento com carência de 18 meses. Segundo a Rossi, em ambos os casos as garantias serão constituídas por terrenos, unidades imobiliárias e/ou recebíveis de unidades prontas, além de cotas de controladas da companhia.

De acordo com o documento, a repactuação permitirá um reforço dos recursos disponíveis da companhia, atualmente em cerca de 200 milhões de reais, adequando a geração de caixa ao fluxo de pagamento, além de criar condições para a venda “com tranquilidade” de seus estoques e ativos, incluindo a eventual venda de participação na sua subsidiária Entreverdes. Além disso, disse a Rossi, o acordo reduzirá de forma significativa as despesas financeiras e a retomada do ciclo de lançamentos, que, acontecerá quando os retornos forem “compatíveis com os níveis de risco do mercado imobiliário”.

CSN
A CSN (CSNA3) teve a sua recomendação cortada para underperform pelo BB Investimentos após a divulgação dos resultados do quarto trimestre; os analistas destacam o cenário desafiador para o setor siderúrgico, além da alavancagem significativa. O preço-alvo foi reduzido de R$ 5 para R$ 3.

WEG
As ações da WEG (WEGE3) tiveram sua recomendação elevada para market perform pelo Itaú BBA.

(Com Bloomberg, Reuters e Agência Estado) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.