Bolsas americanas abrem em alta após Yellen reforçar alta gradual de juros

Índices norte-americanos abrem com ganhos após dois dias de forte volatilidade por conta do discurso da presidente do Federal Reserve

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após dois dias de forte volatilidade, refletindo os temores globais com a China e com o sistema bancário europeu, os principais índices norte-americanos abriram esta quarta-feira (10) com ganhos mais acentuados. O movimento ocorre após a divulgação do depoimento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, para o Congresso.

Segundo ela, o aperto das condições financeiras provocado pela queda dos preços das ações, por incertezas sobre a China e pela reavaliação global dos riscos de crédito pode afastar a economia dos Estados Unidos de uma trajetória que de outro modo seria sólida. A fala reforça a análise de que a autoridade monetária pode realizar menos aumentos de juros este ano.

Com isso, o índice Dow Jones registrava, às 12h33 (horário de Brasília), ganhos de 0,36%, aos 16.072 pontos, enquanto o Nasdaq avançava 1,15%, para 4.316 pontos. Já o S&P500 abriu com alta de 0,74%, aos 1.865 pontos. O movimento também acompanha o desempenho dos índices europeus, que registram ganhos de mais de 1%.

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Em declarações que combinaram uma visão cautelosa da política monetária adotada pelo banco central norte-americano com um reconhecimento de que os riscos vêm se intensificando, Yellen diz que há bons motivos para acreditar que os EUA permanecerão em uma trajetória de crescimento moderado que permitirá ao Fed perseguir ajustes “graduais” à política monetária.

A chair diz esperar que o mercado de trabalho continue melhorando e que a inflação eventualmente avance em direção à meta do Fed, apesar da queda recente das expectativas de inflação citada por algumas autoridades como algo particularmente preocupante.

Mas Yellen reconhece que algumas das fraquezas da economia global vêm se retroalimentando, com o crescimento fraco em importantes centros industriais como a China e o excesso de oferta nos mercados de commodities prejudicando os exportadores de petróleo e de minerais.

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Um amplo senso de desaceleração mundial, por sua vez, e incerteza sobre a profundidade dos problemas da China têm apertado as condições financeiras para os negócios nos EUA. “Esses acontecimentos, se forem persistentes, podem pesar na perspectiva para a atividade econômica e o mercado de trabalho”, diz Yellen em seu discurso semestral preparado para o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.