Petrobras afunda 4%; estatal nega fusão, ação “ignora” e já dispara 450% em 2 dias

Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

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11h18: Telebras (TELB4, R$ 3,10, +71,27%)
As ações da estatal Telebras, que pareciam esquecidas na Bolsa até sexta-feira passada, voltam a chamar atenção do mercado. Novamente operando entre leilões na Bovespa, em meio à euforia do mercado, a última cotação das ações apontava alta de 71,27%, a R$ 3,10, somente nesta sessão. Nos últimos dois pregões, a alta chegava a 453%. 

Nem mesmo um comunicado da empresa divulgado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) diminui a força compradora na ação. Segundo a empresa, em resposta à pedido de esclarecimento da BM&FBovespa, a Telebras “desconhece a fonte das informações veiculadas pela imprensa”, que aponta que o governo estaria estudando a criação de uma nova empresa estatal de telecomunicações. 

Ontem, uma notícia da Folha de S. Paulo apontava que o governo federal estaria estudando fusão entre a Telebras, Serpro e Dataprev para criar uma megaestatal de tecnologia da informação e comunicação, com objetivo de centralizar tanto seus passivos (dívidas e obrigações quanto seus serviços). 

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Se o projeto andar, a nova estatal nasceria com um capital superior a R$ 5 bilhões e com 7.000 empregados, contra uma Telebras que atualmente vale R$ 254,3 milhões na Bovespa (segundo cotação de sexta-feira). 

Veja mais: Estatal ‘esquecida’ na Bolsa dispara até 300% após rumor sobre fusão; mas dá para se animar?

11h00: Petrobras (PETR3, R$ 7,27, -4,09%; PETR4, R$ 5,92, -2,79%)
As ações da Petrobras afundam em meio à sétima queda seguida dos preços do petróleo, alerta do CEO da empresa para dificuldades frente à desvalorização da commodity e reinício de cobertura dos papéis pelo Credit Suisse, com recomendação de venda. 

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O banco suíço elenca 10 desafios que a estatal tem que superar nos próximos anos (para conferir a lista completa, clique aqui), mas que, apesar da gestão da empresa parecer comprometida com a desalavancagem e seu plano de negócios, os desafios são muito grandes e muitos dos quais não estão no controle da empresa. Diante disso, os analistas indicaram um preço-alvo de US$ 2,00 para o ADR (American Depositary Receipts) da Petrobras para o final de 2016, representando um potencial de desvalorização de 46%. 

Os papéis da companhia caem hoje também com o recuo dos preços da commoditity, que opera próxima do patamar dos US$ 30,00 o barril. Hoje, o Barclays apontou que vê o petróleo chegando a US$ 23,00 este ano. Ontem, foi a vez do Morgan Stanley comentar que o barril pode ir a US$ 20,00 se o dólar seguir se fortalecendo.  

Além disso, a estatal alerta para dificuldades com a queda do petróleo, segundo reportagem do Valor. Uma carta do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, aos funcionários, lembra que da forte queda do preço do petróleo e que a empresa precisa economizar US$ 12 bilhões até 2019 com redução de custos operacionais e renegociação de contratos. Segundo o executivo, a companhia dará “prioridade absoluta” ao pré-sal, onde estaria extraindo petróleo a um custo de US$ 8,00 o barril, quase metade do desempenho de outras grandes petroleiras.

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10h33: Cielo (CIEL3, R$ 33,51, +0,48%)
Após forte queda na véspera, as ações da Cielo têm ligeira alta nesta sessão. Para o BTG Pactual, a desvalorização ontem pode ser atribuída a dois fatores: 1) a notícia de que o BB e Bradesco estariam em negociação para comprar a Elavon Brasil. O receio do mercado é que o acordo possa não ser benéfico para a Cielo, criando conflito de interesse com acionistas ou que possa gerar entraves com o regulador; 2) preocupação do mercado com o resultado do 4° trimestre, que parece estar surgindo, vindo dos incentivos a bancos parceiros no 4° trimestre, que podem ficar um pouco acima das expectativas.  

10h30: Usiminas e CSN
As ações da Usiminas (USIM5, R$ 1,22, +1,67%) e CSN (CSNA3, R$ 3,33, -1,19%) operam em sentidos opostos, após notícia de que os Estados Unidos querem taxar importações das duas companhias em até 7,4%. O nível é abaixo dos 34,28% que estavam sendo mencionados anteriormente, mas, sem dúvida, é uma notícia que atrapalha o setor, que procurou nas exportações um alívio para o nível deprimido de atividade. Os Estados Unidos eram um dos principais mercados de exportação para a siderurgia local, tido como um dos mercados mais rentáveis nas exportações, comentou o BTG Pactual. “Notícia marginalmente negativa para o setor, apesar de já bem esperada e menos agressiva do que o esperado”. 

Além disso, o governo do Rio de Janeiro negocia com a CSN para evitar demissões. Ontem, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse que a companhia se prepara para desligar o alto-forno 2 da usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ), e já começou as primeiras demissões, das 3 mil previstas com a medida.

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10h24: Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 35,52, -3,40%)
As ações do Pão de Açúcar figuram como a segunda maior queda do Ibovespa, após o grupo comentar que as vendas líquidas da Cnova, empresa de comércio eletrônico do grupo francês Casino, dono do Pão de Açúcar, foram sobrestimadas em R$ 110 milhões até 31 de dezembro de 2015. A CNova é resultado da fusão entre os ativos do Casino, como a CDiscount, com os do Pão de Açúcar (Nova Pontocom).

A empresa disse também ter identificado discrepância material nas contas a receber relacionada aos itens danificados ou devolvidos. O impacto combinado, baseado em estimativas preliminares, resultaria em provisões sem efeitos caixa entre R$ 110 milhões e R$ 130 milhões que reduziriam o Ebit da Cnova. 

Além disso, o Pão de Açúcar também informou o seu desempenho de vendas referente ao quarto trimestre de 2015, quando a receita líquida total atingiu R$ 19,7 bilhões, com crescimento de 6,7% no segmento Alimentar. Para o BTG Pactual, os dados foram fracos, com destaque negativo para as vendas no segmento “mesmas lojas”. 

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