Small cap dispara 150% com OPA; BM&FBovespa afunda com oferta recusada pela Cetip

Confira os principais destaques do pregão desta sexta-feira (4)

Rodrigo Tolotti

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11h04: Tereos (TERI3, R$ 57,00, +152,21%)
As ações da Tereos Internacional ficaram em leilão estendido até às 11h (horário de Brasília) após a companhia informar que sua controladora indireta Tereos Participations decidiu realizar oferta pública unificada de aquisição de ações (OPA) para cancelamento do registro de companhia aberta da empresa e saída do segmento Novo Mercado da BM&FBovespa.

O preço a ser ofertado será de R$ 65 por ação, ajustado por dividendos, juros sobre capital próprio, bonificações, desdobramentos, grupamentos e conversões, segundo fato relevante divulgado nesta sexta-feira. O valor registra um prêmio de cerca de 180% em relação ao preço de fechamento de ontem, de R$ 22,60. Por conta disso, as primeiras ofertas desta manhã já registravam alta de mais de 100%, levando a Bovespa a ampliar o limite de oscilação permitida para +200%.

10h35: Petrobras (PETR3, R$ 9,68, -1,22%; PETR4, R$ 7,89, -1,13%)
A Justiça da Bahia suspendeu, em liminar concedida na quarta-feira e publicada na quinta-feira, a venda, por R$ 1,9 bilhão, de fatia minoritária da Petrobras na sua subsidiária de gás Gaspetro. No mesmo dia, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tinha aprovado a operação, sem restrições.

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O conselho de administração da estatal aprovou a venda de 49% da Gaspetro para a japonesa Mitsui em outubro. A negociação entre as duas companhias foi antecipada em junho pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Essa foi a primeira operação do plano de desinvestimentos da Petrobras a sair do papel – com excesso de dívidas, a venda de ativos é uma das estratégias da petroleira para equilibrar suas contas. A estatal prevê arrecadar R$ 700 milhões com vendas de ativos este ano. Quando anunciou a operação em outubro, a Petrobras informou que o fechamento do acordo estava previsto para este mês.

A liminar foi concedida a pedido do Estado da Bahia, que teme perder espaço no bloco de controle na Bahiagás, empresa da qual a Gaspetro é sócia. O juiz da 5ª Vara de Fazenda Pública da Bahia, Manoel Ricardo Calheiros D’avila, argumenta, na decisão, que a operação “tem evidente potencial para redefinir e a pouco reduzir o poder de controle do Estado da Bahia na Bahiagás”. “É assim justificável o receio do controlador”, diz a decisão do juiz.

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10h32: Fibria (FIBR3, R$ 50,99, +0,57%) e Suzano (SUZB5, R$ 18,47, +0,11%)
As companhias de celulose ficam entre as poucas altas da sessão acompanhando a alta do dólar comercial, que após desabar na véspera com a notícia da abertura de processo de impeachment contra Dilma, volta a subir, atingindo os R$ 3,77 na venda.

10h29: Cetip (CTIP3, R$ 37,45, -0,13%) e BM&FBovespa (BVMF3, R$ 11,40,-3,39%)
A Cetip, maior central depositária de títulos da América Latina, que informou ainda na noite de ontem que a oferta de compra da empresa de R$ 39,00 por ação feita pela BM&FBovespa foi rejeitada pelo Conselho de Administração da companhia, que afirmou que ela não representa um valor justo.

Em fato relevante, a Cetip disse que seu Conselho entendeu, em conjunto com assessores financeiros e jurídicos, que a proposta “subavalia os seus negócios, ativos, posição de mercado e perspectivas de crescimento e rentabilidade”. O presidente do Conselho da Cetip, Edgar da Silva Ramos, encaminhou para o Conselho da BM&FBovespa uma carta informando sobre o entendimento, de acordo com o documento.

Em 13 de novembro, a BM&FBovespa apresentou proposta de aquisição da Cetip, em uma operação em dinheiro e ações que avaliava a empresa-alvo em cerca de R$ 10 bilhões. Nesta quinta, a ação da Cetip terminou o pregão na bolsa paulista em alta de 1,35%, a R$ 37,50, abaixo, portanto, da oferta apresentada pela BM&FBovespa. Procurados pela Reuters, representantes da BM&FBovespa não puderam ser contatados.

10h25: BTG Pactual (BBTG11, R$ 20,05, -0,74%)
O BTG registra sua sétima queda em oito pregões após a informação de que celebrou um memorando de entendimentos com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para linha de financiamento de R$ 6 bilhões disponível a partir desta sexta-feira. Segundo comunicado, o banco também contratará escritórios internacionais de advocacia para conduzir investigação em relação a vários temas que foram reportados no contexto da prisão de seu ex-presidente André Esteves.

Ainda no noticiário da companhia, chama atenção a notícia de que o novo comando decidiu colocar o banco suíço BSI à venda, apenas três meses depois de adquiri-lo. Confrorme o jornal Folha de S. Paulo informou, ainda não há negociações em curso, mas o BTG já avalia potenciais US$ 2 bilhões com a venda – ou mais.

10h21: Vale (VALE3, R$ 12,82, -0,39%; VALE5, R$ 10,23, -0,39%)
A mineradora segue em queda na Bolsa pressionada por novas quedas do preço do minério de ferro, que renovou sua mínima nesta sexta-feira, ficando a US$ 40,03. Além disso, uma possível quebra da mineradora Samarco pelas despesas com recuperação ambiental e indenizações depois do rompimento da barragem da empresa no distrito de Bento Ribeiro, em Mariana, retiraria valor entre R$ 4,87 bi e R$ 9,74 bi da economia de Minas Gerais, o que pode pressionar a Vale. O cálculo foi divulgado ontem, pelo governador Fernando Pimentel (PT) e equivale ao montante entre 1% e 2% do PIB de Minas.

Na segunda-feira, durante reunião da comissão extraordinária da Assembleia criada para apurar as causas da tragédia, que já tem 11 mortes confirmadas, procuradores e promotores levantaram a possibilidade de, em caso de quebra da Samarco, de acionar a Vale e a BHP Billiton, donas da empresa, para pagamento de danos pelo rompimento da barragem.

10h06: Raia Drogasil (RADL3, R$ 39,74, +1,12%)
A Raia Drogasil realiza o investor day nesta sexta-feira e na véspera anunciou o guidance para abertura de lojas. A empresa espera abrir 165 e 195 lojas em 2016 e 2017, respectivamente. Os analistas do Credit Suisse acreditam que a aceleração da abertura de lojas é positiva para a companhia, já que isso reforça a boa execução da empresa, oportunidade de crescimento no segmento de farmácia e a forte geração de caixa.

“Enquanto a maioria dos varejistas estão cortando suas projeções de crescimento, o anúncio da Raia Drogasil é também um claro sinal de confiança do management e dos controladores”, disseram em relatório. “Provavelmente, teremos que revisar nossas perspectivas de longo prazo, apesar da mudança de guidance do curto prazo não ser muito diferente do que temos”, completaram.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.