5 resultados, rating da BRF e operação da PF em empresa da Eletrobras agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quarta-feira (28)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados segue como maior destaque no noticiário corporativo na noite desta quarta-feira (28) com mais 5 empresas apresentando seus números referentes ao terceiro trimestre deste ano. Entre outras notícias, há também a Eletrobras e o rating da BRF, confira:

OdontoPrev
A OdontoPrev (ODPV3) registrou lucro líquido de R$ 43,5 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi afetado pelo aumento dos custos e das despesas numa proporção superior à da receita líquida, que cresceu 10,2% para R$ 317,7 milhões.

Já os custos dos serviços prestados sofreram alta de 13,24% e as despesas administrativas aumentaram 12,4% entre julho e setembro. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 72,1 milhões, aumento de 2,2% quando comparado a um ano antes.

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Multiplan
A gerenciadora de shoppings Multiplan (MULT3) encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 58,55 milhões, uma queda de 14,1% ante os R$ 68,2 milhões registrados um ano antes. Enquanto isso, o Ebitda teve leve queda de 2,2%, passando de R$ 186,3 milhões para R$ 182,2 milhões. Já a receita líquida da companhia recuou 5,6% no período, atingindo os R$ 262,7 milhões.

Paranapanema
A fabricante de cobre e derivados Paranapanema (PMAM3) registrou alta de 42,4% em seu lucro líquido do terceiro trimestre, atingindo os R$ 186,4 milhões, impulsionado pela operação da companhia no exterior. A receita líquida avançou 24,2%, para R$ 1,54 bilhão.

A companhia aumentou sua produção de cobre primário em 5%, para 63 mil toneladas, e vendeu 61% mais do produto: 36,1 mil toneladas. Por outro lado, a fabricação de produtos de cobre foi reduzida em 11%, para 55 mil toneladas, e as vendas recuaram 15%, para 41,3 mil toneladas.

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Totvs
A Totvs (TOTS3) registrou receita de R$ 464,5 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 4,2% ante o mesmo período do ano passado. Enquanto isso, o lucro líquido atingiu R$ 71,7 milhões, avanço de 5,2%. Por outro lado, os custos operacionais subiram quase 10%, para R$ 166,2 milhões.

Energias do Brasil
A companhia elétrica Energias do Brasil (ENBR3) informou uma queda de 61% em seu lucro líquido na comparação anual, atingindo os R$ 55,3 milhões. Enquanto isso, a receita subiu 17% na mesma base de comparação, para R$ 2,42 bilhões, com o Ebitda disparando 85%, a R$ 586,9 milhões.

BRF
A agência de classificação de risco Moody’s elevou o rating da BRF (BRFS3) de Baa3 para Baa2, com expectativa estável para a companhia. Segundo relatório, a elevação reflete, principalmente, “os fortes indicadores de crédito da empresa, presença relevante nos mercados de exportação, sólido desempenho operacional mesmo em meio a um ambiente operacional mais desafiador no Brasil e um perfil de liquidez saudável”.

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“Com mais de 50% de suas receitas relacionadas a exportações, junto com a maioria de sua origem animal e os custos no Brasil, os resultados da empresa vai continuar a beneficiar da desvalorização do real brasileiro”, disse a Moody’s.

Eletrobras
A Polícia Civil, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira, 28, uma operação para desarticular um grupo que fraudava processos licitatórios na Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), subsidiária da Eletrobras (ELET6) no Rio Grande do Sul. O trabalho teve como base o relatório de auditoria da CGU referente à CGTEE, relativo ao ano de 2013.

A investigação encontrou sinais de dispensa indevida de licitação, além de superfaturamento de materiais e compras feitas de empresas de fachada. Há indícios dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros. A Operação Antracito cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em prestadoras de serviço da CGTEE e em casas de funcionários públicos, bem como na sede da CGTEE em Porto Alegre e na usina localizada na cidade de Candiota.

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As investigações apontam que, em determinadas compras efetuadas pela CGTEE, houve fracionamento de valores para que fosse permitida a dispensa de licitação. Desta forma, era possível direcionar as ordens de compras para determinadas empresas, caracterizando o seu favorecimento. “Uma das supostas empresas que vendeu para a CGTE, numa negociação com um valor bastante significativo, na verdade trata-se de uma casa humilde em Alvorada (município da região metropolitana de Porto Alegre)”, afirmou o delegado Joerberth Pinto Nunes, titular da Delegacia Fazendária da Polícia Civil. Ele acredita que as fraudes ocorram desde 2012.

Durante a ação foram apreendidos documentos referentes a compras e contratação de serviços. O valor do prejuízo será calculado após a análise do material confiscado. O diretor financeiro da CGTEE, Clóvis Ilgenfritz da Silva, nega que haja irregularidades na subsidiária da Eletrobras.

Com Agência Estado

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.