A coisa está feia: NYSE convoca regra “anti-circuit breaker” pelo 2º dia seguido

Regra 48, usada para facilitar a abertura da Bolsa e evitar a volatilidade dos negócios foi convocada nesta terça, quando já se imaginava que Wall Street ia disparar após queda de ontem

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Investidores e analistas sabem que a situação está ruim quando a NYSE convoca a chamada Regra 48. Imagine então quando o regulador da bolsa americana faz isso pelo segundo dia seguido. Usado como um mecanismo para evitar o “circuit breaker”, essa norma visa facilitar a abertura das negociações quando se sabe que devemos ter grande volatilidade no mercado.

Quem olha para os principais índices dos EUA e vê uma alta de 3% pode ficar na dúvida sobre a utilização da Regra 48, mas é importante destacar que a função deste artigo é evitar a alta volatilidade, seja para baixo ou para cima, buscando evitar a oscilação máxima das ações – que leva ao acionamento do circuit breaker, que paralisa os negócios.

Com a norma 48, fica mais fácil iniciar os negócios quando há temores de que o mercado pode abrir com muita volatilidade. Basicamente, este artigo permite que os market makers não divulguem suas indicações de preços antes da abertura do pregão, para acelerar e facilitar a abertura das ações em dias de caos.

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A Regra 48 suspende algumas exigências, incluindo a de que os preços das ações devem ser informados no mercado aberto. Normalmente, estes preços têm de ser aprovados pelos gerentes do mercado antes do início das negociações. Sem essa aprovação, os negócios podem começar mais cedo.

Entre as condições para invocar a Regra 48 estão: alta volatilidade durante o pregão do dia anterior; negociação em mercados estrangeiros antes da abertura; grande atividade no mercado futuro antes da abertura; alto volume no pré-market; ou anúncios do governo.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.