OdontoPrev lucra R$ 117 mi, Cielo distribuirá R$ 524 mi em proventos e Hering recomprará ações

Cielo, OdontoPrev, JBS, Hering, Metal Leve e mais notícias agitam o mercado depois do fechamento do pregão

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Depois de uma surpresa na divulgação do resultado da Metal Leve, a noite desta quarta-feira (29) vem agitada com pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio da Cielo e OdontoPrev mais resultado do trimestre, comunicado otimista da JBS, novo programa de recompra de ações da Hering.

OdontoPrev
A OdontoPrev (ODPV3) divulgou hoje seu balanço operacional após o pregão e alcançou lucro líquido de R$ 49,620 milhões, 3,9% superior ao segundo trimestre de 2014. No semestre, o lucro líquido atingiu R$ 117,437 milhões, 10,7% acima do igual período do ano passado.

A receita líquida da companhia foi de R$ 301,790 milhões, alta de 6,5% ante o segundo trimestre do ano passado. Neste semestre, a receita atingiu R$ 603,953 milhões, aumento de 6,8% em relação ao período de 2014.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa foi de R$ 81,912 milhões, 6,5% acima dos R$ 76,883 do segundo trimestre de 2014, com a margem Ebitda (receita/Ebitda) de 27,1%. No semestre, o EBITDA ajustado alcançou R$ 174,772, 8,8% superior aos R$ 160,607 dos primeiros seis meses de 2014, com margem de 28,9%.

Além disso, a companhia comunicou que a distribuição de dividendos foi aprovada hoje, em um montante total de R$ 39,739 milhões, correspondendo a R$ 0,075353776 por ação. O dia do pagamento será 3 de setembro de 2015 e as ações da companhia serão negociadas ‘ex’ a partir de 30 de julho de 2015, amanhã. 

Metal Leve
Uma surpresa pegou os investidores desprevenidos no fim do pregão desta quarta-feira (29). A Mahle Metal Leve (LEVE3) publicou no site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) um documento classificado como “Calendário de Eventos Corporativos”, mas ao clicar no download, o relatório aberto era o resultado do segundo trimestre deste ano, que estava agendado para 10 de agosto.

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O InfoMoney entrou em contato com o RI da companhia que confirmou o erro na divulgação do balanço, ressaltando ainda que os números não são oficiais pois ainda não foram aprovados pelo Conselho de Administração. Após o fechamento do mercado o erro foi corrigido e no site da CVM o único documento disponível era o calendário de eventos da empresa.

Hering
A Cia. Hering (HTGX3) comunicou que seu Conselho de Administração em reunião realizada hoje, aprovou o encerramento do programa de recompra de ações, onde foram adquiridas 3.732.700 ações ordinárias.

O objetivo é a criação de um novo programa de recompra de ações de emissão da Companhia e a quantidade a recomprar será de 8.000.000 de ações ordinárias, o que corresponde a 6,38% do total de 125.438.290 das ações ordinárias em circulação.

Cielo
A Cielo (CIEL3) comunicou ao mercado em geral que o Conselho de Administração aprovou hoje a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio, no montante total de R$ 524,784 milhões, dos quais R$ 114,100 milhões serão distribuídos a título de juros sobre capital próprio e o restante de R$ 410,684 milhões, como dividendos.

O valor por ação referente aos dividendos será de R$ 0,218322399 e o valor por ação referente aos juros sobre capital próprio de R$ 0,060656250. A data de pagamento será 30 de setembro de 2015 e as ações da companhia negociadas “ex direitos” a partir de 14 de setembro de 2015.

Além disso, a empresa reportou seu balanço do segundo trimestre deste ano com números levemente abaixo do que se esperava. A companhia administradora de cartões fechou o período com lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 869,44 milhões, uma alta de 9% sobre o mesmo período de 2014, mas ficando abaixo dos R$ 893,00 milhões esperado pelo mercado. Porém, o resultado ajustado, incluindo os números da Cateno – joint-ventura com o Banco do Brasil – foi de R$ 936,9 milhões.

A receita líquida da companhia atingiu R$ 2,795 bilhões, enquanto a média de 10 analistas compilados pela Bloomberg esperava uma receita de R$ 2,936 bilhões. Mesmo assim, a receita da companhia teve um forte salto de 52%. Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 42%, para R$ 1.335 bilhão, levemente abaixo dos R$ 1,609 bilhão projetados pelos analistas.

No trimestre, o volume financeiro de compras com cartão capturado foi de R$ 129,7 bilhões, alta de 3,5% sobre igual período de 2014. Em cartões de crédito, o volume capturado foi de R$ 77,4 bilhões, com crescimento de 1,9% na mesma comparação. No débito, as compras totalizaram R$ 52,3 bilhões, com alta de 5,9%.

JBS
A JBS (JBSS3), maior produtora global de carnes, afirmou hoje que não tem planos de realizar fechamentos de unidades de abate de bovinos no Brasil no segundo semestre, após suspender atividades de algumas plantas recentemente por conta da oferta limitada de animais e de uma demanda mais fraca.

A informação é do presidente-executivo da companhia, Wesley Batista, que disse, no entanto, que continua monitorando o mercado interno e as exportações.

“Não posso prometer que, se o consumo doméstico continuar piorando e a exportação não reagir, não possa vir nenhum outro ajuste. Em princípio, fizemos o que tínhamos que fazer”, afirmou Batista a jornalistas, após participar de um evento do setor de aves e suínos em São Paulo.

Por outro lado, a JBS está “crescendo em aves, suínos e processados (no Brasil), aumentando postos de trabalho”, disse o executivo. Na avaliação do presidente da JBS, a situação de aperto econômico e redução do poder aquisitivo dos consumidores melhora as perspectivas para as vendas de proteínas mais baratas.

“A carne bovina, das três (principais proteínas animais), é a que está mais pressionada. A de frango é o oposto: está se beneficiando da questão do mercado doméstico e das exportações”, projetou. Levantamento recente da consultoria Agrifatto estimou que 44 plantas de abate bovinos foram desativadas no país este ano, incluindo todas as empresas do setor. Segundo a JBS, a companhia desativou cinco frigoríficos de bovinos em 2015.

Marisa
A Marisa (AMAR3) comunicou aos titulares de debêntures da 1ª série da 3ª emissão de debêntures simples, que promoveu uma oferta de aquisição facultativa para recomprar suas 5.000 debêntures, por preço não superior ao valor unitário nominal de cada debênture, acrescido da remuneração calculada pro rata temporis, desde a data do pagamento da última remuneração, totalizando o valor de R$ 51,808 milhões.

Weg
A Weg (WEGE3) divulgou seus resultados do segundo trimestre hoje e viu seu lucro líquido alcançar R$ 260,9 milhões e crescer 14,4% em relação ao segundo trimestre de 2014 ,R$ 227,9 milhões, e 6,1% em relação ao primeiro trimestre deste ano, R$ 245,8 milhões.

No primeiro semestre a companhia registrou lucro de R$ 506,740 milhões, uma alta de 17% em relação aos R$ 432,872 milhões dos primeiros seis meses de 2014. A receita operacional líquida da empresa foi de R$ 2,349 milhões e cresceu 29% sobre os R$ 1,821 milhões do segundo trimestre de 2014, puxada principalmente pelo mercado externo. 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 13% ao encerrar o trimestre com R$ 352,1 milhões frente aos R$ 311,5 milhões do segundo trimestre de 2014, e a margem EBITDA atingiu 15,0%.

Tecnisa
A Tecnisa (TCSA3) divulgou seu balanço trimestral hoje e teve queda de 60,7% em seu lucro líquido de R$ 31,336 milhões frente aos R$ 79,714 milhões do segundo trimestre do ano passado. No primeiro semestre deste ano, a companhia totalizou R$ 61,374 milhões, uma queda de 47% em relação aos R$ 115,790 milhões dos primeiros seis meses de 2014.

A receita líquida da Tecnisa foi de R$ 502,640 milhões, registrando queda de 26,7% ao encerrar o trimestre com R$ 368,290 milhões. Neste semestre, a companhia perdeu 14,2%, saindo de R$ 874,658 milhões para R$ 750,568 milhões.

O Ebitda da companhia foi de R$ 148,073 milhões para R$ 96,598 milhões, com queda de 34,8% em relação ao trimestre do ano passado. A queda na margem Ebitda foi de 3,2 pontos percentuais, indo de 29,5% para 26,2% este trimestre.

No dia 16 deste mês, a S&P’s reafirmou o rating ‘brBBB+‘ atribuído na Escala Nacional Brasil à companhia, incluindo o rating de crédito corporativo. A perspectiva do rating de emissor é estável. Segundo a agência, “a perspectiva estável reflete nossa expectativa de uma forte geração de fluxo de caixa operacional livre durante os próximos trimestres, que deve ser utilizada para redução significativa de dívida nos próximos 12 a 18 meses”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.