Europa sobe com BCE e à de espera de acordo grego; MSCI emergentes cai pelo 8º dia

No Japão, o índice Nikkei registrou perdas de 0,3%, fechando a 20.473 pontos, enquanto, na Austrália, o pregão marcou 0,9% de queda para o S&P/ASX, aos 5.583 pontos

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A quarta-feira (3) foi de queda para a maioria dos mercados da Ásia, em meio à redução de apetite por parte dos investidores com o registro de elevação nos rendimentos de títulos de dívida dos Estados Unidos e da Alemanha e a percepção de que os índices chineses já acumulam ganhos expressivos em 2015. Às 7h44 (horário de Brasília), o índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, recuava 0,15%, caminhando para sua 8ª queda seguida.

No Japão, o índice Nikkei registrou perdas de 0,3%, fechando a 20.473 pontos, enquanto, na Austrália, o pregão marcou 0,9% de queda para o S&P/ASX, aos 5.583 pontos. Em Xangai, o índice SSEC registrou oscilação negativa de 0,01%, a 4.909 pontos. Já os mercados em Singapura e Hong Kong fecharam em alta, na contramão da tendência oriental do dia.

O rendimento dos Treasuries dos EUA saltaram para máximas de duas semanas depois que o yield dos títulos alemães dispararam impulsionados por dados mais fortes que o esperado sobre a inflação na zona do euro. Os preços ao consumidor subiram 0,3% na comparação anual em maio, superando projeções de uma alta de 0,2%.

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Rendimentos mais altos em bônus tendem a impactar a atração de investimentos em ações em relação a bônus, como visto no mês passado durante a venda generalizada nos mercados de dívida.

Drama grego no radar europeu
As preocupações sobre a capacidade da Grécia em honrar suas dívidas pesou sobre o crescimento econômico da zona do Euro, conforme apontou o Markit nesta quarta. O Índice Gerente de Compras Composto para a região caiu para 53,6 em maio, ante 53,9 em abril, com desaceleração em novos negócios, recuando para os mais baixos patamares em três meses. As incertezas sobre o futuro grego está agindo como uma espécie de freio para o desenvolvimento econômico do continente, que também sofre com as persistentes taxas de desemprego elevadas. No entanto, há expectativas de que um acordo possa acontecer na próxima sexta-feira (5).

A informação de que o Banco Central Europeu manteve inalterada a taxa de juro básico da Zona do Euro em 0,05% também influencia na tomada de decisão dos investidores. O baixo patamar da taxa mantém investimentos em renda variável atrativos neste momento. Com isso, no velho continente, o dia é de ganhos para os principais índices acionários à espera de novos dados sobre o mercado de trabalho. Às 8h45 (horário de Brasília), o FTSE 100 acumulava ganhos de 0,33%, a 6.951 pontos, enquanto o alemão DAX subia 1,02%, a 11.444 pontos. 

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.