Resultados, Petrobras, corte de recomendação da Vale e mais 6 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta manhã; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

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SÃO PAULO – A agenda corporativa segue movimentada nesta quarta-feira (13), entre a temporada de balanços, recomendações e uma série de outras notícias no radar. Confira abaixo o que é destaque nesta manhã:

Petrobras
Uma reportagem do jornal O Globo apontou que representantes da PwC, auditoria externa da Petrobras (PETR3; PETR4), advertiu na última reunião do conselho de administração, em 22 de abril, quando a estatal divulgou seu balanço após cinco meses de atraso, que ainda existem falhas no sistema de controle da empresa, mesmo com as providências adotadas após o escândalo da Operação Lava Jato para frear a corrupção na empresa.

Ainda segundo o jornal, a estatal estaria se movimentando no mercado financeiro em busca de novas captações para garantir os investimentos em projetos prioritários para o ano que vem. A ideia seria captar novos recursos no mercado brasileiro de renda fixa, além de estar de olho no mercado asiático. Ontem, uma reportagem da Reuters apontou que a petrolífera estaria preparando emissão de R$ 3 bilhões em títulos no mercado doméstico. E, se houver lote suplementar, a oferta poderá alcançar R$ 4 bilhões. A precificação da emissão ocorreria na semana que vem. 

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Além disso, a companhia informou que a produção de petróleo nos campos do pré-sal nas bacias de Santos e Campos atingiu, no dia 11 de abril, a marca de 800 mil barris de petróleo por dia, novo recorde de produção diária, que foi conquistado com a contribuição de 38 poços produtores.

Vale 
A Vale (VALE3; VALE5) teve sua recomendação cortada pela Macquarie de outperform (desempenho acima da média) para neutra.

Além disso, a Moody’s cortou a perspectiva das notas de crédito da Vale para negativa, mas manteve os ratings em escala global em moeda local “Baa2” e em escala nacional em “Aaa.br”. Segundo a agência, a alteração da perspectiva reflete que o perfil de crédito da empresa e operações permanecem sólidos, mas incorporam a deterioração nos fundamentos de mercado de minério de ferro e metais básicos. 

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Cia Hering
A Cia Hering (HGTX3) teve sua recomendação rebaixada para manutenção pelo Deutsche Bank. O preço-alvo caiu de R$ 24,50 para R$ 16,00. 

Embraer
A Standard & Poor’s reafirmou ontem os ratings de crédito corporativo em “BBB” atribuídos à fabricante brasileira de aviões. Também reafirmou o rating “BBB” atribuído às notas senior unsecured que vencem em 2022, emitidas pela Embraer Overseas Ltd. A perspectiva dos ratings de crédito corporativo permanece estável. Segundo a agência, os ratings da Embraer “refletem seu portfólio de produtos de boa qualidade, com vantagens competitivas significativas que têm resultado no sucesso comercial da empresa nos últimos anos”. 

Educação
O governo federal derrubou na Justiça decisões liminares que obrigavam o Ministério da Educação (MEC) a prorrogar o prazo de inscrições para novos contratos do Fies (Financiamento Estudantil). Decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu a eficácia das liminares concedidas em ações coletivas, mantendo o calendário e as regras estabelecidas pelo MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que gere o financiamento. Uma das decisões era da Justiça Federal de Mato Grosso, conhecido no dia 1º de maio.

O MEC e o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) defenderam que as liminares violavam a ordem administrativa e econômica, uma vez que não há mais orçamento para novas inscrições. As inscrições acabaram no dia 30 de abril, de acordo com as novas regras do Fies deste ano. Em coletiva à imprensa no dia 4, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse que a reabertura do sistema não faria sentido porque a verba destinada para o Fies neste semestre havia acabado. Foram registradas 252 mil novos contratos neste primeiro semestre e ainda não há informações de quantos financiamentos serão oferecidos no próximo semestre.

Sabesp
O presidente da Sabesp (SBSP3), Jerson Kelman, falará na CPI para investigar a companhia por conta da crise hídrica na Câmara Municipal de São Paulo, às 10h. O executivo foi convidado pelo relator da CPI, vereador Nelo Rodolfo (PMDB), para explicar o reajuste de 15,24% na tarifa a ser praticada pela companhia. Os novos preços devem entrar em vigor a partir de junho. 

Rossi
O conselho de administração da Rossi (RSID3) aprovou João Rossi Cuppoloni para presidência.  

Gol
Entre a temporada de balanços, a Gol (GOLL4) anunciou que encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 672,7 milhões, aumento de 599,7% em relação aos R$ 96,1 milhões negativos em 2014. A receita líquida foi de R$ 2,505 milhões, 0,5% maior que os R$ 2,493 milhões alcançados nos primeiros três meses de 2014. O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve queda de 9,1% esse trimestre ao fechar em R$ 254,3 milhões, enquanto a margem Ebitda (Ebitda/Receita líquida) fechou 1,1 ponto percentual abaixo do mesmo período do ano passado, a 10,1%.

Segundo a XP Investimentos, o resultado veio pior do que o esperado. Os analistas não recomendam exposição ao setor aéreo devido aos altos com combustíveis e elevação do dólar.

Telefônica Brasil
A Telefônica Brasil (VIVT4), dona da marca Vivo no país, teve queda de 12,3% em seu lucro líquido no primeiro trimestre, devido ao avanço das despesas financeiras com o aumento da taxa de juros, informou nesta quarta-feira. 
O lucro líquido da operadora de telecomunicações somou R$ 579,7 milhões de janeiro a março. A receita operacional líquida subiu 4,3%, para R$ 8,98 bilhões, a melhor variação em cerca de três anos, disse a empresa, impulsionada pela aceleração de 8,4% do serviço móvel. A receita líquida fixa, por outro lado, apresentou redução de 4% no período, para R$ 2,74 bilhões. A margem Ebitda caiu 1,2 ponto percentual, para 28,6% na mesma base de comparação.

MRV 
A MRV Engenharia (MRVE3) teve alta de 31% no lucro líquido e a geração de caixa mais que dobrou no primeiro trimestre sobre o mesmo período do passado, mas o desempenho veio junto com um avanço de cancelamento de contratos de venda de imóveis no período e maiores gastos comerciais. A construtora e incorporadora informou lucro líquido entre janeiro e;  março foi de R$ 106 milhões, ante R$ 81 milhões no primeiro trimestre de 2014, e diante de uma estimativa média de analistas de R$ 98 milhões. 

Segundo a XP Investimentos, a companhia reportou bom resultado, mas em linha com o esperado, embora o nível de distratos siga em alta, com consumidores com dificuldade em obterem financiamentos, em meio à alta de juro, menor renda disponível, inflação e índice de confiança do consumidor em baixa. Fora isso, os analistas comentam que a Caixa Econômica Federal já reduziu a concessão de financiamento e a exigência de entrada maior para financiamentos até R$ 750 mil com 50% de entrada em imóveis usados e 60% para imóveis acima de R$ 750 mil, o que prejudica o mercado secundário e gerará efeitos negativos no mercado primário. Diante disso, eles não recomendam nenhuma ação do setor de construção civil.

Helbor
A incorporadora Helbor (HBOR3) teve uma queda de 41,2% no lucro líquido na base de comparação anual, que passou para R$ 30,4 milhões no primeiro trimestre. A receita operacional líquida, por sua vez, caiu 17,9% na mesma base de comparação e somou R$ 322,4 milhões. A Helbor fez apenas um lançamento no primeiro trimestre, com 176 unidades, VGV (Valor Geral de Vendas) total de R$ 57,2 milhões e VGV parte Helbor de R$ 40 milhões. Um ano antes, a incoporadora havia lançado quatro empreendimentos, com 1.059 unidades, VGV total de 319,9 milhões e VGV parte Helbor de R$ 245,5 milhões.

Fras-le
A fabricante de autopeças Fras-Le (FRAS3), subsidiária do grupo Randon, registrou um lucro líquido de R$ 13,9 milhões no primeiro trimestre, alta de 17,8% em relação a igual período de 2014, um resultado impulsionado pelo efeito da desvalorização do real sobre as receitas da companhia no exterior e por esforço de redução das despesas operacionais e ganhos de produtividade. A receita líquida teve aumento de 5,9% e fechou em R$ 203,4 milhões. A valorização do dólar contribuiu para a alta de receitas em reais, apesar da queda de volume vendido.

Inepar
O grupo de infraestrutura Inepar (INEP3), que está em recuperação judicial, teve prejuízo líquido de R$ 767,2 milhões em 2014, montante 87% maior que a perda registrada em 2013. A companhia atrasou a publicação dos resultados de 2014, dizendo que ainda estava realizando o detalhamento e a discriminação dos lançamentos contábeis feitos após o pedido de recuperação judicial.
 A Inepar é controladora da Iesa, uma das empresas investigadas pela Operação Lava-Jato, por contratos para construção de plataformas para a Petrobras. A companhia afirmou que tem custos de R$ 349,9 milhões a incorrer, relacionados ao projeto Charqueadas, do estaleiro Iesa. Segundo a empresa, o contrato está suspenso, aguardando a negociação com a Petrobras.

Rodobens
O lucro líquido da Rodobens (RDNI3) caiu 98% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para R$ 279 mil. A receita líquida teve queda de 40%, para R$ 129,953 milhões, devido ao menor avanço de obras nos três primeiros meses de 2015. A geração de caixa medida pelo Ebitda encolheu 95%, para R$ 1,158 milhão, por causa da menor diluição dos custos. 

Senior Solution
Senior Solution (SNSL3), líder no desenvolvimento de softwares aplicativos para o setor financeiro no Brasil, obteve lucro líquido de R$ 1,871 milhão, queda de 56% em relação aos R$ 4,253 milhões do mesmo período no ano passado. A receita líquida teve aumento de 10,7% ao fechar com R$ 18,454 milhões, R$ 1,791 milhão a mais. 

Dasa
A Dasa (DASA3) viu seu lucro líquido despencar de R$ 28,5 milhões para R$ 296 mil no primeiro trimestre deste ano. A receita líquida da empresa de medicina diagnóstica avançou 30,7%, para R$ 619 milhões.
O Ebitda caiu 39% para R$ 68,7 milhões. 

Banrisul
O Banrisul (BRSR6) registrou lucro líquido de R$ 147 milhões no primeiro trimestre, com avanço de 89,1% sobre o mesmo período do ano passado, ajustado por crescimento do crédito, reprecificação de carteiras e aumento das receitas de serviços. Em termos ajustados, o aumento do lucro foi de 6,6%, já que houve despesas extraordinárias da ordem de R$ 600 milhões no início do ano passado, incluindo a reestruturação do plano de benefícios da Fundação Banrisul e um plano de desligamento de funcionários. O ROAE (Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio recorrente anualizado) recuou para 10,7%, ante 11,1% no mesmo período do ano passado.