Usiminas escolhe conselheiro e Comperj dará perda de R$ 45 bi a Petrobras; veja mais

Recomendações para as ações das elétricas, OGPar e OSX negociando desmobilização de FPSO OSX-1 eTubarão Azul e mais são destaques de hoje

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Esta terça-feira (7) é bastante movimentada para os mercados. Em destaque, o advogado Marcelo Gasparino foi eleito presidente do Conselho de Administração da siderúrgica Usiminas (USIM5), mostrou ata de assembleia geral extraordinária realizada na segunda-feira e divulgada durante a madrugada.

A ata confirma informação de uma fonte à Reuters na véspera afirmando que Gasparino havia sido eleito, após a outra possível candidata, Rita Rebelo de Assis Fonseca, não ter aceitado indicação de acionistas pela falta de consenso entre os controladores.

Gasparino vai substituir o atual presidente do Conselho Paulo Penido, alinhado à Nippon Steel e que seguirá sendo conselheiro da Usiminas.

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Foram eleitos ainda como novos membros do Conselho o empresário Lírio Parisotto, como membro efetivo, Yoichi Furuta, Gileno Antônio de Oliveira, Oscar Montero Martinez, Pablo Daniel Brizzio, Mario Giuseppe Galli e Mauro Gentile da Cunha, como membros suplentes.

Petrobras
A Petrobras (PETR3PETR4) afirmou ter sido comunicada pela Schahin no dia 2 de abril sobre a necessidade de parada temporária de 5 unidades de perfuração sob contrato das companhias. Segundo nota enviada pela estatal, as duas empresas estão planejando a paralisação das atividades de forma segura. A Petrobras ainda afirmou que está avaliando as medidas contratuais cabíveis.

Além disso, a Petrobras estima uma perda de pelo menos R$ 44,8 bilhões com o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) em valores deste ano, de acordo com o jornal O Globo. Entram no cálculo, entre outros fatores, investimentos feitos que não podem ser recuperados e gastos com a manutenção durante a paralisação da obra.

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Ainda no noticiário da estatal, uma notícia que pode trazer alívio para a companhia. A China negocia mais US$ 3,5 bilhões a fornecedores da Petrobras, afirmou Charles Tang, presidente do conselho da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China.

Elétricas
No cenário para as companhias de energia hoje, destaque para as mudanças nas recomendações. Em relatório, o Santander elevou a recomendação para as ações da AES Tietê (GETI4) de manutenção para compra, enquanto os papéis da Energias do Brasil (ENBR3) foram rebaixados para manutenção. Já Equatorial (EQTL3) e Tractebel (TBLE3) foram rebaixadas para underperform.

“Estamos mais otimistas com a AES Tietê, apesar de nossa previsão de pressão negativa no curto prazo, pois acreditamos que a tendência dos preços do setor de energia elétrica sustenta potencial risco ascendente no médio e longo prazos”, afirma a analista do Santander, Maria Carolina Carneiro.

Já a Cesp (CESP6) e Copel (CPLE6) tiveram as recomendações cortadas pelo BTG Pactual. A Copel foi alterada de compra para neutra, segundo relatório do analista Antonio Junqueira, com preço-alvo de R$ 38 por ação. Já a Cesp foi alterada de neutra para venda pelo mesmo analista, com o preço-alvo em 12 meses é de R$ 23 por ação.

OGPar e OSX
A OGPar, antiga OGX (OGXP3) e a OSX Brasil (OSXB3)  negociam “estratégia de interrupção das atividades no Campo de Tubarão Azul e a consequente desmobilização da plataforma FPSO OSX-1”, segundo comunicado.

A OGPar informou em comunicado que as “referidas negociações envolvem questões à liberação do FPSO OSX-1, respeitando os compromissos relacionados à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de renegociações sobre os custos de afretamento e operação e manutenção (O&M) do FPSO OSX-1”.

As “companhias intencionam manter as atividades no Campo de Tubarão Azul, respeitadas as questões relativas aos limites do reservatório e de viabilidade econômica do referido campo, bem como o acordo de desmobilização ora em negociação”.

Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta segunda mudanças em seu primeiro escalão que incluíram a volta do ex-ministro dos Transportes César Broges. Uma das mudanças foi a fusão da vice-presidência de varejo, distribuição e operações, liderada por Paulo Roberto Ricci, com a de gestão de pessoas, de Robson Rocha, que está se aposentando. Ricci será o titular.

“A racionalização gerada pela unificação dessas duas vice-presidências permite que o banco passe a dedicar uma vice-presidência específica para coordenar os negócios estratégicos relacionados aos grandes projetos de infraestrutura que surgem com o êxito dos modelos de concessão”, afirmou o BB em nota.

Saraiva
A Saraiva (SLED4) informou ao mercado na noite desta segunda que fundos de investimentos geridos pela Trópico Investimentos reduziram sua participação acionária na companhia para 4,31% do total das ações preferenciais da empresa, representantes a 817.500 ativos PN. 

Ultrapar
A Ultrapar (UGPA3) informou nesta segunda por meio de comunicado ao mercado que, desde o início do acidente em parte do terminal da Ultracargo em Santos – que já está pegando fogo desde quinta-feira – equipes especializadas do Corpo de Bombeiros e brigadistas permanecem trabalhando para a contenção do fogo. De acordo com a companhia, o incêndio foi reduzido após a chegada de novos equipamentos e materiais desde a noite de sábado, cedidos por companhias parceiras, incluindo a Petrobras (PETR3PETR4). Na manhã de hoje, o fogo ainda atingia dois dos seis tanques que haviam pegado fogo.

Sete Brasil
A Sete Brasil, que tem no BTG Pactual (BBTG11) seu maior acionista individual, informou nesta segunda que firmou um acordo seus credores para rolar por 90 dias suas dívidas de curto prazo. A companhia informou que assinou um memorando de entendimento com seus credores financeiros no dia 31 do mês passado suspendendo o direito de “qualquer execução de dívidas” por esse período. A Sete Brasil é uma companhia criada para contratar a fabricação de plataformas e sondas de petróleo para a estatal Petrobras.

Bancos
A lucratividade dos bancos brasileiros diminuirá em 2015, refletindo o aumento das despesas com provisões para calotes, em meio a um cenário econômico menos favorável, apontou a agência de classificação de risco Fitch em relatório emitido nesta segunda-feira.

A redução da lucratividade dependerá da capacidade de cada banco de sustentar as margens líquidas, disse a Fitch, acrescentando que acredita que as instituições públicas deverão ser mais afetadas, embora em níveis administráveis.

“Os bancos brasileiros enfrentarão mais pressões sobre a qualidade de seus ativos e crescentes despesas com créditos”, afirmou a agência, citando fraca expansão econômica, aumento do número de setores em dificuldades, repercussão da operação Lava Jato, riscos de aumento do desemprego, da inflação e das taxas de juros, além do alto endividamento familiar e do aperto fiscal.

   

Pelas contas da Fitch, o volume reservado pelos bancos para lidar com inadimplência deve crescer 30 por cento neste ano em relação ao ano passado. O relatório avalia que os grandes bancos privados, especialmente Itaú Unibanco e Bradesco, provavelmente terão mais sucesso ao compensar o aumento dos custos de crédito com taxas de juros mais altas.

   

Já o BTG Pactual, por estar mais exposto à volatilidade devido ao seu perfil de banco de investimento, e o Santander Brasil são ligeiramente mais vulneráveis, considerou a Fitch.

(Com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.