Petrobras sem data para balanço, novela Usiminas e mais 6 notícias agitam a noite

Entre os destaques da noite, a S&P cortou sua perspectiva de rating da Oi; Totvs e Paranapanema também estão no radar

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Encerrando a semana mais curta a Bolsa, o noticiário corporativo seguiu bastante agitado, com destaque para a Petrobras falando sobre a divulgação de seu balanço, além da Usiminas, Oi e mais 5 empresas. Confira os destaques desta quinta-feira (2):

Petrobras
Em esclarecimento à notícia veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo, a Petrobras (PETR3PETR4) voltou a afirmar nesta quinta-feira (2) que ainda não há uma data para a divulgação de seu balanço trimestral auditado. “A Petrobras trabalha para disponibilizar essas demonstrações o mais breve possível. No entanto, ainda não há data definida para a divulgação”, disse a estatal em comunicado.

Na notícia, a publicação afirmava que “ainda que a Petrobras conseguisse preparar as demonstrações financeiras de 2014 auditadas para entregar nesta terça-feira (31), último dia de acordo com as regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), uma lista com nomes de 35 funcionários provavelmente emperraria a divulgação”.

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A Folha ainda destaca que “por determinação do comitê criado para acompanhar o trabalho dos dois escritórios [de advocacia], o balanço só vai ser assinado pela PwC quando foi concluída a investigação sobre eles”.

Sobre isso, a Petrobras esclareceu que “conforme divulgado em 23/12/2014, a Petrobras criou um Comitê Especial para atuar como interlocutor (“reporting line”) das investigações internas independentes conduzidas pelos escritórios Trench, Rossi e Watanabe e Gibson, Dunn & Crutcher. Este Comitê atua de forma autônoma e possui linha de reporte direta ao Conselho de Administração”.

A estatal ainda reafirmou que está “avaliando o tratamento contábil adequado para os pagamentos indevidos identificados no âmbito das investigações relativas à Operação Lava-Jato para proceder aos ajustes nas demonstrações contábeis do 3º trimestre e do ano de 2014, revisadas pelos auditores”.

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Usiminas
A Justiça de Santa Catarina decidiu nesta semana pela indisponibilidade de bens de envolvidos em um escândalo sobre desvio de verbas da estatal de energia Celesc (CLSC4), em uma liminar que envolveu o candidato à presidência do Conselho de Adminstração da Usiminas (USIM5), Marcelo Gasparino.

A decisão, emitida pela desembargadora Claudia Lambert de Faria, veio após ação movida no ano passado pelo Ministério Público do Estado em um caso em que afirma que houve desvio de cerca de R$ 224 milhões da Celesc.

Gasparino é um entre 17 réus citados no processo que incluem o vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira. A decisão foi proferida em 20 de março, mas tornada pública nesta semana, dias antes da assembleia de segunda-feira que elegerá o presidente e membros do Conselho de Administração da Usiminas.

Procurados, representantes de Gasparino em seu escritório em Florianópolis não estavam disponíveis para comentar o assunto. Representantes da Tempo Capital, gestora de recursos responsável pela indicação de Gasparino ao posto de presidente do Conselho da siderúrgica, preferiram não se manifestar.

A votação de 6 de abril foi agendada em meio à intensa disputa de poder na Usiminas entre os grupos controladores Nippon e Ternium, que desde o final de setembro travam batalhas jurídicas em torno da indicação dos administradores da maior produtora de aços planos do país. Representantes da Nippon não comentaram o assunto e a Ternium não pôde se manifestar de imediato.

Paranapanema
Em comunicado na noite desta quinta-feira, a Paranapanema (PMAM3) informou ao mercado que, após um mês e meio do incêndio na fundição da linha “Cast & Roll” (tubos sem costura), o processo de laminação de tubos sem costura já retomou o ritmo de 400 toneladas por mês, utilizando fundição alternativa interna e externa para preparação de barras brutas. A companhia ainda acrescentou que foi concluído o cronograma de reparo da primeira linha da fundição, que deverá estar apta a atender 100% da necessidade da planta no início de julho.

De acordo com a Paranapanema, as obras já foram iniciadas e a aquisição dos equipamentos encontra-se em estágio avançado. O custo total dos reparos não deverá ultrapassar R$10 milhões e o processo de regulação do sinistro foi iniciado normalmente com a seguradora da Companhia. A finalização total das obras (duas linhas de fundição operantes) está prevista para agosto de 2015.

Oi
A Oi (OIBR4) teve a perspectiva para seus ratings modificada para negativa pela S&P, uma vez que, de acordo com a agência de risco, “a Oi tem reportado receitas e geração de fluxo de caixa inferiores às nossas expectativas anteriores, resultando em enfraquecimento de suas métricas de crédito”. A agência ainda informa que revisou a perspectiva da empresa de estável para negativa e reafirmou os ratings ‘BB+’ na escala global e ‘brAA+’ na Escala Nacional Brasil.

Totvs
A Totvs (TOTS3) informou ao mercado nesta quinta que celebrou hoje um memorando de entendimento pelo qual vendeu sua participação minoritária de 20% do capital social da uMov.me pelo montante de R$ 1,6 milhão aos acionistas fundadores da uMov.me, rescindindo todos os compromissos de investimentos futuros da empresa estabelecidos na aquisição da particiopação na uMOv.me. “O término do investimento da Totvs Ventures não encerra a parceria entre Totvs e uMov.me, que continua como uma oferta de soluções de mobilidade para a base de clientes Totvs”, finaliza a companhia. 

Abril Educação
A Abril Educação (ABRE3) informou ao mercado nesta noite que Giancarlo Francesco Civita, Arnaldo Figueiredo Tibyriçá, Marcelo Vaz Bonini e Eduardo Silveira Mufarej renunciaram aos seus cargos como membros do Conselho de Administração da compania, sendo substituídos por José Carlos Reis de Magalhães Neto – como presidente do Conselho -, Leonardo Almeida Byrro, Vitor Francisco Miguita Paulino, Fahad Abdulla Al-Mana e Fernando Shayer. 

Ainda nesta noite, a Abril Educação informou que recebeu correspondência da Tarpon Gestora, de que atingiu 99.868.271 ações da companhia, representando 38,23% do total das ações em “free float” (em circulação no mercado).

Cosan Logística
A Cosan Logística (RLOG3) informou nesta noite que sua nova estrutura executiva foi aprovada nesta quinta em reunião de seu Conselho de Administração. Sendo assim, o diretor-presidente, Marcos Lutz, o diretor vice-presidente de Finanças, Marcelo Martins, e o diretor de Relações com Investidores, Márcio Yassuhiro deixaram suas atividades na companhia, sendo substituídos por Julio Fontana Neto, José Cezario Menezes de Barros Sobrinho e Marcelo de Souza Scarcela Portela, respectivamente. 

Rumo Logística
A Rumo Logística (RUMO3), do mesmo grupo da Cosan Logística, informou hoje que recebeu correspondência da Genesis Investment, que comunicou à companhia que alguns de seus clientes adquiriram ações ordinárias da companhia, passando a deter de forma agregada 165.253.987 ações ordinárias, representando aproximadamente 5,53% do total de ações da empresa. 

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.