CGU investiga 6 por propina na Petrobras e Oi abre negociações para vender PT; veja mais

Além da bateria de resultados, destaque para a Braskem, que discordou da decisão do Cade sobre a compra da Solvay Indupa e para a BM&Fbovespa

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além da intensa temporada de resultados, o noticiário corporativo ganha grande destaque na sessão desta quinta-feira (13).

A Petrobras (PETR3;PETR4), mais uma vez, está entre os destaques. A companhia disse desconhecer a investigação que está sendo feita pelo Departamento de Justiça dos EUA. Por outro lado, a CGU (Controladoria-Geral da União) instaurou seis primeiros Processos Administrativos Sancionadores, que envolvem empregados, ex-empregados e ex-diretores da por propina na estatal envolvendo a holandesa SBM Offshore.

A CGU determinou a abertura de processo de punição contra a holandesa – que afreta plataformas para a Petrobras -, a partir de uma sindicância instaurada em abril para apurar supostos pagamentos de suborno a funcionários da estatal com o objetivo de obter contratos, informou a controladoria.

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Ao fim do processo, caso irregularidades sejam comprovadas, a holandesa poderá ser impedida de celebrar novos contratos com a Petrobras. A SBM será notificada para apresentar sua defesa após a publicação da portaria de instauração do processo no Diário Oficial da União (DOU), prevista para os próximos dias.

A CGU ponderou, no entanto, que a SBM já a procurou com vistas a um possível acordo no qual se compromete a colaborar com as investigações. Caso o acordo seja fechado, a holandesa pode ficar livre de ser proibida de contratar com a Petrobras. “A CGU tem se posicionado de forma favorável (ao acordo), tendo em vista a postura cooperativa da SBM, mas será necessário que ela concorde com os termos exigidos pela Controladoria, incluindo o ressarcimento dos prejuízos, para que o acordo seja concretizado”, disse a CGU, em nota à imprensa.

A controladoria, de acordo com nota publicada, também busca responsabilizar individualmente agentes que, por ventura, tenham se envolvido nos supostos atos ilícitos ligando a SBM e a Petrobras.

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Oi
A Oi (OIBR4) também é destaque na sessão de hoje. Depois de duas ofertas de compra que recebeu pela Portugal Telecom, a companhia telefônica abriu negociações com a Altice e com os fundos Apax e Bain Capital para melhorar em até 800 milhões de euros – ou R$ 2,5 bilhões – as duas propostas, informa a Folha de S. Paulo.  

Ambas ofereceram 7 bilhões de euros – ou R$ 22 bilhões – pela companhia em Portugal, ficando de fora as operadoras da África. 

Braskem
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) reprovou nesta quarta-feira a compra do grupo latino-americano produtor de PVC e soda Solvay Indupa pela Braskem (BRKM5), que considerou a decisão do órgão de defesa da concorrência negativa para a indústria nacional.

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Segundo a companhia, que já é a maior produtora de resinas plásticas das Américas, “a partir experiência adquirida na sua atuação no mercado de PVC ao longo dos últimos 35 anos, a Braskem discorda da decisão do Cade e a considera prejudicial à indústria brasileira”.

A Braskem anunciou a compra da Solvay Indupa em dezembro do ano passado. A companhia tem duas unidades industriais integradas, uma em Santo André, na região metropolitana de São Paulo, e outra em Bahía Blanca, na província de Buenos Aires, na Argentina.

O negócio, estimado em quase 300 milhões de dólares, reforçaria a posição de mercado da Braskem no mercado de vinílicos no Brasil e na Argentina, ao quase dobrar a capacidade de produção de PVC do grupo brasileiro para 1,25 milhão de toneladas anuais.

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QGEP
A QGEP Participações (QGEP3) projetou a produção do Campo de Manati, na Bahia, em cerca de 5,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia em 2015.  

Desse total, 2,5 milhões de metros cúbicos por dia líquidos ficarão com a QGEP, com uma margem de variação de 5 por cento negativa ou positiva em relação a esse número, informou a empresa.

“A curva de produção estimada está baseada nas análises técnicas da equipe de desenvolvimento e na produção projetada da companhia que levam em consideração o reservatório do campo, campos análogos, tecnologias disponíveis, cronograma operacional do bloco, entre outras, bem como uma estimativa de demanda por gás natural”, disse a empresa. A projeção divulgada tem validade de um ano, informou a companhia.

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Linx
A Genesis Asset reduziu a sua participação na Linx (LINX3), para 9,97% das ações ordinárias, informou a companhia em comunicado ao mercado. 

BM&FBovespa
BM&FBOVESPA (BVMF3) e a S&P Dow Jones Indices (S&P DJI), um dos principais provedores mundiais de índices para o mercado financeiro, anunciaram ontem  que assinaram um memorando de entendimento para criar e lançar novos índices de ações em conjunto no mercado brasileiro.

De acordo com comunicado, cada um destes novos índices será calculado, publicado e comercializado globalmente pela S&P DJI. “Índices baseados em fatores de mercado (tais como: dividendos, volatilidade e multi-ativos), controle de risco e índices setoriais, cada um com base em metodologias estabelecidas e reconhecidas pela S&P DJI, são apenas uma amostra dos novos índices a serem considerados”, disse a Bovespa em nota.

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Segundo a Bolsa, cada novo índice também será projetado para servir potencialmente como base para produtos de investimento baseados em índices. O acordo também abre o caminho para uma relação mais ampla entre as duas partes, incluindo a expansão para outras classes de ativos.

“BM&FBOVESPA e S&P Dow Jones Indices historicamente compartilham objetivos muito semelhantes, como trazer maior transparência e a promoção do acesso ao mercado de ações do Brasil. O anúncio de hoje alinha oficialmente esses interesses comuns para o beneficio dos investidores”, disse Alex Matturri, CEO da S&P Dow Jones Indices, em comunicado.

Já para Edemir Pinto, diretor presidente da BM&FBovespa, “a parceria entre a BM&FBovespa e S&P DJI é um passo muito importante no sentido de aumentar as oportunidades para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Este movimento representa um aumento na oferta de índices por um player internacional relevante e altamente qualificado. A associação da nossa marca a da S&P DJI para novos índices irá reforçar a posição da BM&FBOVESPA no exterior por meio da distribuição de global dos índices da S&P DJI”.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.