Ibovespa cai cerca de 1% com recuperação de Dilma em pesquisas Datafolha e Ibope

Números da corrida presidencial divulgados ontem à noite mostraram que arrancada de Marina Silva cessou; Petrobras chegou a cair mais de 4%

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa registra perdas na sessão desta quinta-feira (4), com o mercado embolsando os ganhos após fortes altas e após as pesquisas de ontem mostrarem a recuperação de Dilma Rousseff (PT). Às 10h25 (horário de Brasília) o índice registrava perdas de 0,99%, a 61.227 pontos, mas diminuindo as perdas depois de registrar baixa de 1,42% nos minutos iniciais. Petrobras e bancos caem forte, mas também com perdas menores em relação ao início da sessão. As ações PETR4 têm baixa de 2,5%, após chegarem a cair mais de 4%. 

O mercado repercute as pesquisas Datafolha e Ibope de ontem à noite que, mostraram que, apesar de Marina Silva (PSB) seguir na dianteira nas pesquisas de intenção de voto e ser a favorita, ela não caminhará tão tranquilamente para vencer as eleições, segundo a LCA Consultores

Segundo a pesquisa do Datafolha, a presidente Dilma subiu de 34% no dia 29/08 para 35% no levantamento desta semana, a ex-senadora Marina Silva continuou com 34%, e Aécio Neves oscilou de 15% para 14%.  No levantamento do Ibope, Dilma subiu de 34% para 37%, enquanto que Marina cresceu 4 pontos para 33%. Nas duas pesquisas, a margem de erro é de dois pontos percentuais. Nesta pesquisa, Aécio obteve 15% das intenções de voto. Em um eventual segundo turno, Marina continua sendo a vencedora; enquanto no Datafolha, a vantagem é de sete pontos – 48% a 41% -, contra 10 pontos na pesquisa anterior, de 50% a 40%. No Ibope, Marina tem sete pontos de vantagem – 46% a 39% -, contra nove pontos no levantamento anterior. 

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A LCA ressalta que o Ibope trouxe duas boas noticias para a candidatura Dilma, que tem polarizado com Marina a corrida presidencial. A primeira foi a redução da taxa de rejeição de Dilma: 31% contra 36% na semana passada e o outro dado positivo foi o crescimento da taxa de aprovação do governo Dilma: 36% na pesquisa desta semana, contra 34% na semana passada.

No noticiário econômico nacional, destaque para a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic em 11% ao ano. Segundo a LCA, a perspectiva que parece preponderante para a evolução de curto prazo da política monetária doméstica é de manutenção da taxa básica Selic nos atuais 11% ao ano até, pelo menos, o final deste ano. A referida supressão das palavras “neste momento” parece reforçar essa percepção, afirmam os economistas da consultoria. 


As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, são:

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 Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 BBAS3 BRASIL ON 35,95 -2,57
 PETR3 PETROBRAS ON 22,24 -2,37
 KROT3 KROTON ON 62,81 -2,17
 JBSS3 JBS ON 10,10 -2,13
 PETR4 PETROBRAS PN 23,45 -2,09

As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, são:

 Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 OIBR4 OI PN 1,52 +2,70
 FIBR3 FIBRIA ON 23,36 +2,01
 GOAU4 GERDAU MET PN 16,51 +1,48
 CESP6 CESP PNB 30,44 +1,26
 MRVE3 MRV ON 9,43 +1,07

BCE em destaque 
Lá fora, destaque para o surpreendente corte de juros pelo BCE (Banco Central Europeu) para combater a deflação.

Perante o risco de a economia da zona euro entrar num período de deflação, a autoridade monetária cortou a principal taxa de juro de refinanciamento – dos empréstimos do BCE aos bancos – de 0,15% para 0,05%. A taxa de depósitos,  foi de 0,1% negativos para -0,2%. As bolsas europeias registram alta nesta sessão, mesma tendência das bolsas norte-americanas, que caminham para ganhos e após os pedidos de auxílio-desemprego na última semana ficarem levemente abaixo do esperado. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.