Expectativa por China rouba a cena de PIB brasileiro e Ibovespa registra queda

Ações da Vale registram queda nesta sessão, assim como as siderúrgicas, à espera de dados da China e com queda do preço do minério de ferro; PIB do Brasil fica em linha com o esperado

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa abre a sessão desta sexta-feira (30) com expressiva queda, repercutindo os dados econômicos locais e também esperando os números de produção industrial e de serviços vindos da China. Às 10h08 (horário de Brasília), o índice registrava perdas de 0,84%, a 51.802 pontos, com destaque para as ações da Vale (VALE3;VALE5), que têm expressiva queda de mais de 2%. 

Os papéis da mineradora registram um dia de forte pressão em meio à queda do preço do minério de ferro, que atingiu o seu patamar mínimo em 20 meses. O preço caiu  4,1% e sendo negociado no mercado à vista (spot) chinês em US$ 91,8 a tonelada. Além disso, os investidores aguardam a divulgação de novos dados de atividade da China. Na próxima segunda-feira, à noite, serão divulgados os números de Sondagem de Serviços – PMI e Sondagem Industrial – PMI referentes ao mês de maio. 

Já no noticiário da companhia, ela anunciou mudanças em seu conselho de administração. A companhia informou a renúncia de Renato da Cruz Gomes e Hidehiro Takahashi aos seus cargos, somando à vaga deixada por Nelson Barbosa, que já havia deixado o conselho. Assim como as ações da Vale, a da holding Bradespar (BRAP4) têm forte queda, de 2,22%. As siderúrgicas também registram perdas nesta sessão: Gerdau Metalúrgica (GOAU4, R$ 16,56, -1,60%), CSN (CSNA3, R$ 8,70, -1,25%), Gerdau (GGBR4, R$ 13,55, -1,24%) têm forte queda. Enquanto isso, a Petrobras (PETR3;PETR4) tem um novo dia de baixa e cai mais de 1%.

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No noticiário nacional, chama a atenção a desaceleração da economia brasileira, ao registrar uma alta de 0,2% na comparação com o quarto trimestre e 1,9% frente ao mesmo período do ano anterior, que ficou praticamente em linha com as estimativas do mercado. 

Já nos EUA, destaque para os dados de renda e gastos pessoais, que ficaram em linha com o esperado. Os dados de sentimento do mercado e da produção industrial em Chicago serão revelados mais tarde. 

As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, são:

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 Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 VALE3 VALE ON 28,45 -3,03
 VALE5 VALE PNA 25,88 -2,85
 CESP6 CESP PNB 26,35 -2,41
 BRAP4 BRADESPAR PN 18,93 -2,27
 CSNA3 SID NACIONAL ON 8,62 -2,16

As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, são:

 Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 ESTC3 ESTACIO PART ON 26,99 +1,47
 BBSE3 BBSEGURIDADE ON 28,40 +1,28
 MRFG3 MARFRIG ON 5,15 +1,18
 ECOR3 ECORODOVIAS ON 14,63 +1,11
 LAME4 LOJAS AMERIC PN 13,50 +0,75

Europa e Ásia
Já na Europa, os principais índices acionários têm uma sessão sem uma única direção, com os investidores aguardando a reunião de política monetária do BCE (Banco Central Europeu). O encontro acontece na próxima quinta-feira (6) e analistas estimam um afrouxamento na política da zona do euro para combater o risco de deflação na região. 

Os índices acionários europeus operam entre ganhos e perdas. O benchmark de Londres, o FTSE, acumula queda de 0,15% e o CAC, de Paris, cai 0,59%. Já o DAX, da Alemanha, sobe 0,07%, enquanto o IBEX, de Madrid, registra alta de 0,41%.

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Já na Ásia, os índices do continente fecharam a sessão em queda, mesmo após o S&P 500 renovar sua máxima histórica. O índice norte-americano subiu ao seu maior patamar da história, ignorando o PIB dos EUA, divulgado ontem, que mostrou uma contração de 1% na economia do país.  Investidores aguardam agora a divulgação do PMI (Índice Geral de Compras) da China. A exceção do continente foi o índice Hang Seng que encerrou com alta de 0,30%.

O índice Nikkei caiu 0,3% em uma sessão agitada, quebrando sua mais longa sequência de altas desde dezembro, uma vez que investidores realizaram lucros depois de seis sessões de ganhos. O índice ainda marcou uma alta na semana, e seu primeiro avanço mensal em cinco meses, sustentado por dados fortes de preços ao consumidor. O núcleo dos preços ao consumidor no Japão teve um salto de 3,2% em abril ante o ano anterior, o avanço mais rápido desde fevereiro de 1991, depois que a elevação no imposto nacional de vendas no país acarretou em aumentos de preços.


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.