Revolução dos micos: MMX e OSX disparam mais de 10%; mais 3 ações sobem forte

OSX divulgou na última sexta-feira seu plano de recuperação, com proposta de pagamento de dívidas em 25 anos; Oi sobe mais de 1% após cair 20% em duas semanas

Rodrigo Tolotti

Igarape, 05 de novembro de 2011Imagens aereas das minas de minerio de ferro Tico Tico e Ipe, da empresa MMX, no complexo Serra Azul.Foto: Bruno Magalhaes / Nitro

Publicidade

SÃO PAULO – Apesar do dia negativo na Bolsa, a sessão desta segunda-feira (19) tem como destaque as ações de companhias consideradas de maior risco, e que são conhecidas no mercado por trazerem mais tristezas que alegrias para os investidores. Tanto dentro quanto fora do índice, papéis como da MMX Mineração (MMXM3) e OSX Brasil (OSXB3) disparam mais de 10% neste pregão.

Dentro do Ibovespa, destaque para as ações da mineradora, que dispararam 13,58%, cotadas a R$ 2,76, após ficar entre os piores papéis do benchmark na última semana. Com o terceiro pior desempenho dentre as 71 ações do índice, os ativos da MMX recuaram 6,54% entre 12 e 16 de maio. Vale destacar o forte volume movimentado pelos papéis, que atingem nesta tarde R$ 12,30 milhões, contra média de 21 dias de R$ 3,92 milhões.

Fora do Ibovespa, os papéis da OSX subiram 7,14%, para R$ 0,45, após a companhia propor pagar os credores listados no seu processo de recuperação judicial ao longo de 25 anos, incluindo um período de carência de três anos. A informação foi apresentada na sexta-feira à noite e consta do plano de recuperação da companhia.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A dívida total consolidada da OSX Brasil, do grupo do empresário Eike Batista, é de US$ 2,6 bilhões, incluindo os valores devidos pela subsidiária OSX Leasing, que não faz parte do plano. “O alongamento da dívida se justifica para adequá-la ao redimensionamento do Plano de Negócios da OSX”, disse a empresa em nota. Apesar do alongamento da dívida, a OSX disse que conseguirá pagar uma parte considerável dos credores em até um ano.

“O plano prevê que todos os credores da OSX Brasil receberão a quantia de R$ 25 mil no prazo de um ano. Esse pagamento cobrirá a totalidade das dívidas da OSX Brasil com cerca de 50% de seus credores”, disse. A empresa também disse que pode buscar novos financiamentos, além de reestruturação societária.

Oi
No Ibovespa, as ações da Oi (OIBR4) registraram alta de 1,05%, a R$ 1,92, após acumularem perdas de mais de 20% em duas semanas. Nos últimos dias, os papéis foram bastante prejudicados na Bolsa após a companhia divulgar um fraco resultado trimestral. A operadora de telecomunicações teve um recuo de 13% em seu lucro líquido no primeiro trimestre sobre um ano antes, para R$ 228 milhões, informou a empresa na madrugada desta quinta-feira. Além do balanço ruim pesou para a companhia o fato da Citi Corretora reiniciar sua cobertura da empresa com recomendação de venda, indicando um preço-alvo de R$ 1,80, pós-fusão com a Portugal Telecom.

Continua depois da publicidade

Locamerica
Ainda fora do índice, destaque também para a Locamerica (LCAM3), que disparou 8,96%, a R$ 3,65. A companhia tem vivido um bom momento desde que divulgou seu resultado trimestral no último dia 9. Apesar da queda de 47,9% no lucro, que atingiu R$ 4,9 milhões, os analistas Mário Bernardes e Gabriela Cortez, do BB Investimentos, afirmaram que o balanço mostrou que a companhia está trilhando um bom caminho para recuperação de suas margens operacionais, com alta de 6,8% da frota alugada, manutenção da política de redução de estoques e aumento da eficiência operacional.

Springs Global
Apesar de perder forças e subir nesta tarde 1,12%, a R$ 0,90, as ações da Springs Global (SGPS3) chegaram a disparar 8,99%, chegando a R$ 0,97. Chama atenção o volume movimentado pelos papéis, com R$ 26,95 mil, valor muito abaixo de sua média dos últimos 21 pregões, de R$ 279,84 mil.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.