CPI da Petrobras, venda de unidades do Santander e mais 10 empresas no radar

Ainda entre os destaques, Santander irá vender fatia em unidades de custódia de títulos na Espanha, México e Brasil; Cremer tem OPA temporariamente suspendida

Paula Barra

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SÃO PAULO – Inicia agitada a agenda corporativa desta quarta-feira (14), em meio a notícias e temporada de balanços do primeiro trimestre. Em destaque, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras (PETR3; PETR4) no Senado foi marcada para hoje, às 11h30 (horário de Brasília).

A reunião foi definida após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter escolhido os nomes que faltavam, com indicação de três oposicionistas para completar a comissão, mas dois deles já anunciaram que não vão assumir a vaga. Os indicados foram os senadores Goiás Cyro Miranda (PSDB), Lúcia Vânia (PSDB) e Wilder Morais (DEM). Até agora, apenas Miranda não formalizou a desistência da indicação. Renan disse que faria novas indicações, mas pode optar por não fazê-lo porque os suplentes, senadores Jaime Campos (DEM-MT) e Vicentinho Alves (SDD-TO), também foram indicados.

A primeira reunião servirá para definição de presidente e relator da comissão. Além dos senadores indicados por Renan Calheiros, serão titulares na comissão João Alberto Souza (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), José Pimentel (PT-CE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Gim (PTB-DF). De acordo com declarações dos líderes partidários, Vital deve ser o presidente, com Pimentel na função de relator. Depois desta primeira etapa, a CPI da Petrobras no Senado estará oficialmente instalada e terá preferência sobre a CPI Mista sobre o mesmo assunto que está em fase de indicação de membros. 

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BTG
De acordo com informações de O Estado de S. Paulo, o banco BTG Pactual (BBTG11) pode comprar o controle da Caixa Seguros, que pertence ao grupo francês CNP Assurances. A notícia vem após especulações sobre a possível compra da seguradora do Pan pelo banco comandado por André Esteves.

Santander
O Santander (SANB11), maior banco da zona do euro, está próximo de vender uma fatia de seu negócio de custódia de títulos, avaliada em até 1 bilhão de euros (1,4 bilhão de dólares) no total, para diversas empresas de private equity, noticiou o jornal Expansion nesta quarta-feira. 

A Warburg Pincus, uma empresa com a qual o Santander já trabalhou antes, está entre os possíveis compradores de uma participação de 50% da divisão na Espanha, México e Brasil, disse o jornal, sem citar fontes. O Santander e o Warburg Pincus não quiseram comentar. 

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O banco espanhol já se aliou anteriormente a empresas de private equity em alguns de seus negócios como uma forma de levantar recursos e, em alguns casos, expandi-los. No ano passado, o Santander vendeu metade de sua unidade de gestão de ativos para o Warburg Pincus e o grupo de private equity General Atlantic no ano passado, em uma tentativa de expandir o negócio e potencialmente listá-lo no mercado de ações, disseram profissionais do mercado na ocasião.

Abril Educação
Segundo informações apuradas pelo Valor, as negociações para venda de uma fatia entre 20% e 25% da Abril Educação (ABRE11) estão adiantadas e podem ser concluídas dentro de dois meses. Entre os interessados pela fatia, estão os fundos americanos KKR, Carlyle e Texas Pacific Group, além do brasileiro GP Investimentos (GPIV33). A participação à venda pertence à família Civita, que detém no total 45,9% do capital social da companhia e pede cerca de R$ 450 milhões. 

HRT
A HRT (HRTP3) informou nesta manhã que realizará no dia 13 de junho uma assembleia geral extraordinária, às 14h (horário de Brasília) e, caso aplicável, em segunda convocação no dia 24 de junho, no mesmo horário, na sede da companhia, na cidade do Rio de Janeiro. Estão na pauta da reunião seis tópicos: alteração da sede da empresa; homologação do aumento de capital tendo em vista o exercício de opções, equivalente à subscrição de 4.335.996 novas ações, no valor total de R$ 11,42 milhões; aprovação do grupamento de ações, na proporção de 30 ações para 1, incluindo o grupamento das Global Depositary Shares; alteração no artigo 5° do estatuto social, a fim de refletir o novo capital social decorrente do desdobramento de ações realizado em maio de 2012; aprovação da reforma no Estatuto Social; consolidação do estatuto social da compahia.

Cremer
A Cremer (CREM3) informou o mercado que teve sua OPA (Oferta pública de aquisição) temporariamente suspendida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). De acordo com o comunicado da companhia, a autarquia pediu à Arapaima Participações – grupo ofertante do suposto fechamento de capital – informações mais detalhadas sobre “caso ocorra a aceitação por titulares de mais de um terço e menos de dois terços das ações em circulação”, uma determinação prevista no artigo 5º da Instrução CVM nº 361.

Ainda de acordo com as normas da CVM, o grupo ofertante teria duas opções neste tipo de situação: a desistência da OPA ou a compra de até 1/3 “das ações em circulação da mesma espécie e classe, procedendo-se ao rateio entre os aceitantes”.

No comunicado, a Cremer diz ainda que a Arapaima já informou interesse em prosseguir a operação no menor prazo possível, em acordo com a segunda opção prevista na instrução da autarquia, e pediu o fim de sua suspensão. A empresa informou ainda que não houve alteração na data do edital de convocação da Assembleia Geral Extraordinária marcada para a próxima segunda-feira (19) e que manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o assunto.

OSX
Em meio a um processo de recuperação judicial, a OSX Brasil (OSXB3) pretende divulgar seu plano até sexta-feira (16), segundo informações do Estadão. De acordo com o jornal, o objetivo é fazer como a OGPar, antiga OGX (OGXP3), fechando uma acordo prévio com seus principais credores, garantindo a aprovação do plano.

A dívida total da companhia é de R$ 4,5 bilhões e a lista de credores é liderada por bancos como Santander e Votorantim, que garantem os empréstimos da Caixa Econômica e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A companhia tem até o dia 19 de maio para entregar seu plano de recuperação à Justiça.

Segundo as informações do jornal, um financiamento DIP (debtor-in-possesion, para viabilizar empresas em recuperação) de US$ 100 milhões está sendo negociado. Além disso, as negociações com o fundo Cerberus Capital Management para a concessão do empréstimo não avançaram.

Sul América
A Sul América (SULA11) informou que foi mantido o indeferimento do pedido de registro da oferta pública de distribuição de debêntures simples, não conversíveis em ações, da segunda emissão da empresa, conforme decisão do Superintendente de Registros da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no âmbito do recurso interposto, com pedido de reconsideração ao referido Superintendente. Diante da decisão, a companhia e o coordenador líder da oferta desistiram do recurso interposto em relação à tal decisão, dando por encerradas todas as atividades relacionadas à oferta.  

Qualicorp
Dando continuidade à temporada de resultados, a Qualicorp (QUAL3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 58,6 milhões ao final do primeiro trimestre de 2014, o que representou um aumento de 105,8% na comparação com 2013. O Ebitda ajustado foi de R$ 131,6 milhões, aumento de 40,8% ante o primeiro trimestre do ano passado.

Na mesma base de comparação, a receita líquida evoluiu 22,6%, de R$ 266,8 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 327,1 milhões nos três primeiros meses de 2014.

Hypermarcas
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou nesta terça-feira a nota da empresa de bens de consumo Hypermarcas (HYPE3) de “BB-” para “BB” na escala global, mantendo a perspectiva em “estável”.

Em comunicado, a S&P afirma que a melhora “reflete a melhora na eficiência operacional e na rentabilidade da Hypermarcas por meio da consolidação de suas plantas industriais e da reestruturação das operações” após aquisições.

A agência citou ainda que a Hypermarcas reduziu sua exposição cambial com recompra de parte de bônus no final de 2013. “Essas melhorias se traduziram em uma maior geração de fluxo de caixa e, como resultado, em métricas de alavancagem mais baixas”, afirmou a S&P.

Indusval
O Banco Indusval (IDVL3) registrou prejuízo líquido de R$ 9,9 milhões, um recuo de 89,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi reportado prejuízo de R$ 91,4 milhões. Enquanto isso, os ativos totais somaram R$ 5,032 bilhões, alta de 18,2%. No primeiro trimestre, a carteira de crédito expandida atingiu R$ 3,926 bilhões, alta de 28,8%.

Vulcabras
O conselho de administração da Vulcabras Azaleia (VULC3) aprovou encerramento da atividade de três plantas industriais e de três filiais de sua controlada indireta Vulcabras Azaleia SE, informou a empresa na última terça-feira. 

De acordo com o fato relevante, o objetivo é implementar um plano de racionalização e centralização de suas operações industriais no Estado de Sergipe, no âmbito de seu plano de reestruturação, em andamento desde 2012. 

(Com Reuters)