Ibovespa registra alta, com investidores digerindo resultados e prévia do PIB

PDG, BM&FBovespa, Pão de Açúcar veem seus papéis registrarem alta após divulgação de números, enquanto Usiminas cai; destaque ainda para o IBC-Br, que recuou 1,35% em dezembro, acima do esperado pelo mercado

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Contrariando o movimento registrado pelo índice futuro, o Ibovespa abre a sessão desta sexta-feira (14) em alta, repercutindo o agitado noticiário corporativo, assim como o noticiário econômico. Às 10h33 (horário de Brasília), o índice registrava ganhos de 0,49%, a 48.047 pontos, apontando recuperação após registrar sucessivas perdas nesta semana. 

Vale ressaltar que, na véspera, o índice fechou com baixa de 0,84%, acompanhando o pessimismo do mercado com relação aos indicadores macroeconômicos por aqui e nos Estados Unidos, além do mau desempenho das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), com o banco apresentando seus resultados antes da abertura da bolsa. Com isso, o benchmark da bolsa brasileira completou nesta sessão sua 3ª queda em 4 dias, reforçando o cenário de pessimismo dos investidores. O giro financeiro negociado na Bovespa foi de R$ 5,74 bilhões. Nesta sessão, as ações da petrolífera abriram praticamente estáveis, enquanto do Banco do Brasil registram leve alta de 0,73%. 

Como grandes destaques nesta sessão, estão as ações da ALL (ALLL3, R$ 6,01, +11,30%) e da Cosan (CSAN3, R$ 36,19, +4,17%). De acordo com o Valor, a próxima semana deve marcar a conclusão da união da ALL e da Rumo Logística. Segundo o jornal, a Rumo, controlada pelo grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto, representará entre 35% e 40% do novo negócio e a ALL, os restantes 65% a 60%.

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Resultados movimentam a sessão
No radar do mercado, está ainda a temporada de resultados, com os números da PDG Realty (PDGR3) subindo forte, com alta de 4,91%, a R$ 1,71, após a companhia registrar lucro de R$ 19 milhões no quarto trimestre e superar as expectativas. Enquanto isso, após fortes quedas já antecipando o resultado, a BM&FBovespa (BVMF3, R$ 9,46, +2,38%) subirem forte; a bolsa brasileira divulgou uma queda de 16,2% no lucro líquido no quarto trimestre, em meio ao recuo do volume de negócios. O Pão de Açúcar (PCAR4) também vê seus papéis subirem, com alta de 1,88%, a R$ 97,30, após divulgar seus números do quarto trimestre.

Enquanto isso, a Usiminas (USIM5) vê seus papéis registrarem uma das maiores quedas do índice, com baixa de 1,16%, após a companhia divulgar um resultado praticamente em linha com o esperado, ao apresentar lucro de R$ 47 milhões no quarto trimestre. Dentre as companhias do Ibovespa que não veem o resultado mexer tanto com os papéis, está a TIM Participações (TIMP3, R$ 12,62, +0,08%), que tem desempenho praticamente estável. 

Já no noticiário econômico brasileiro, destaque para o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma espécie de sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), que recuou 1,35% em dezembro ante novembro mas encerrou 2013 com alta de 2,57%, de acordo com dados dessazonalizados, informou o BC nesta sexta-feira. No quarto trimestre na comparação com o terceiro, o IBC-Br mostrou contração de 0,17%. Analistas consultados pela Reuters esperavam queda de 1,00 por cento na comparação mensal em dezembro, de acordo com a mediana de 20 projeções. As contas variaram de queda de 1,40 por cento a alta de 0,80 por cento.

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Noticiário movimentado na China e zona do euro
O noticiário internacional também está bastante movimentado. Em destaque, está a economia da zona do euro, que cresceu mais do que o esperado no último trimestre de 2013 graças a uma expansão mais forte na França e na Alemanha, mostrou nesta sexta-feira a primeira estimativa da Agência de Estatísticas da União Europeia. A economia dos 17 países que compartilhavam a moeda única no último trimestre cresceu 0,3 por cento nos três meses até dezembro contra os três meses anteriores, após uma alta de 0,1 por cento no terceiro trimestre.

Analistas consultados pela Reuters esperavam um aumento trimestral de 0,2 por cento. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o Produto Interno Bruto da zona do euro subiu 0,5 por cento, acima das expectativas do mercado de alta de 0,4 por cento.

Já a China revelou que a inflação ao consumidor atingiu mínima de sete meses em janeiro e não mostrou sinais de que irá acelerar em breve, um consolo para o governo que pode precisar afrouxar a política se o crescimento econômico ceder. Mas em um sinal de que a segunda maior economia do mundo enfrenta contínuos problemas, os preços ao produtor caíram de novo em janeiro em um declínio ininterrupto que dura quase dois anos.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.