Disputa entre ALL e Cosan, Eletropaulo e mais 10 empresas estão no radar

Distribuidoras da Eletrobras devem ser vendidas após eleições; Braskem fecha compra de 71% da Solvay Indupa

Paula Barra

(Divulgação/Eletrobras)

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SÃO PAULO – A quarta-feira (18) inicia agitada em meio a uma série de notícias corporativas. A Eletropaulo (ELPL4) convocou para esta manhã, às 9h (horário de Brasília), uma teleconferência aberta ao público para explicar duas decisões anunciadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), com destaque para o fato de que a companhia terá que pagar R$ 626 milhões para seus consumidores por incluir em sua base para reajuste ativos não existentes. 

Segundo a agência, a Eletropaulo incluiu em sua base de ativos referentes ao período de 2002 a 2011 certos ativos que, segundo a própria Aneel, não existem. Com isso, o resulte de preços da companhia foi feito com base em algo inexistente. Segundo comunicado da Aneel, isso fez com que os consumidores pagassem por coisas que a empresa não possuía. A Eletropaulo afirmou que irá recorrer da decisão.

Braskem fecha compra de 71% da Solvay Indupa
A Braskem (BRKM5) acertou a compra de 70,59% da fabricante de PVC Solvay Indupa, controlada pela belga Solvay, por R$ 204,71 milhões, comunicou a empresa ao mercado na terça-feira. A Solvay vinha analisando “opções estratégicas para o investimento da empresa na Solvay Indupa”, que inclui uma fábrica em São Paulo e outra na província de Buenos Aires, há algum tempo, e a Braskem sempre dizia que acompanhava de perto o processo, mas evitava entrar em detalhes.

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Distribuidoras da Eletrobras devem ser vendidas após eleições
O Ministério de Minas e Energia é favorável à venda do controle das distribuidoras da Eletrobras (ELET3ELET6), mas o processo só deverá ser concretizado após as eleições de 2014, afirmou à Reuters uma fonte a par do assunto. 
“Isso é líquido e certo”, disse a fonte, quando perguntada se o ministério aprova a venda dos ativos. Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o governo – acionista controlador da Eletrobras – estaria aguardando o momento político ideal para anunciar o aval ao negócio. “(O anúncio da) decisão pode ter um efeito negativo nas urnas. Mesmo se for positivo, não há garantia de que haverá um bônus eleitoral”, disse.

Cade aprova venda de terras da Fibria para a Parkia
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, o acordo de venda de terras da fabricante de celulose Fibria (FIBR3) para o grupo Parkia Participações, segundo decisão publicada no Diário Oficial desta quarta-feira. 
Em meados de novembro, a Fibria anunciou que acertou acordo para vender 210 mil hectares de terras por 1,65 bilhão de reais, em uma operação que deve ajudar a reduzir seu endividamento e permitir ao grupo retornar ao grau de investimento até o final do primeiro semestre de 2014.

Fundo Discovery Capital e Itaú elevam fatia na HRT
Os fundos Discovery Capital Management e os geridos pelo Itaú Unibanco elevaram suas participações nas ações da HRT (HRTP3) na véspera, conforme a empresa comunicou ao mercado após o fechamento do pregão. Os papéis da companhia encerraram a sessão com valorização de 10,25%, sendo cotadas a R$ 0,86. 

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Com o aumento de participação, o Discovery Capital Management passou a deter 52.671.397 ações da empresa, o que representa aproximadamente 17,7067% do capital social da HRT. No dia 11 de dezembro, o fundo já tinha comunicado que havia elevado sua participação na companhia para 15,1013%, enquanto no dia 5 de novembro, a participação total da Discovery  na HRT era de 11,4015%. Já os fundos geridos pelo Itaú Unibanco atingiu participação de aproximadamente 5,0031% do capital social, o que representa 14.882.505 ações ordinárias de emissão da HRT.

BM&FBovespa revisa orçamento para 2014
A BM&FBovespa (BVMF3) anunciou o orçamento de despesas ajustadas de R$ 595 milhões até R$ 615 milhões, aumento de 1,2% quando comparado a 2012, enquanto revisou o de investimentos de R$ 230 milhões até R$ 260 milhões, 30% maior do que a primeira estimava divulgada em 11 de dezembro, que ia de uma faixa de R$ 170 milhões até R$ 200 milhões.

A equipe da XP Investimentos comenta que o anúncio pode gerar desconforto devido a elevação inesperada do orçamento para investimentos no ano que vem. Os analistas lembram que a empresa tem apresentado desempenho abaixo das expectativas, em função de fatores como volume de negociação baixo e evolução expressiva das despesas com pessoal/processamento de dados.

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Santos Brasil aprova recompra de ações
O conselho de administração da Santos Brasil (STBP11) aprovou o programa de recompra de até 21.077.781 ações, sendo 4.215.556 ações ordinárias e 16.862.225 preferenciais. De acordo com fato relevante, a aquisição visa maximizar a geração de valor para os acionistas, por meio de uma administração eficiente de estrutura de capital. As ações do programa de recompra, que tem prazo máximo de um ano, serão mantidas em tesouraria.

Além disso, também foi aprovada a distribuição de dividendos intermediários no montante de R$ 90 milhões. Os valores equivalem a R$ 0,135117575 por ação e R$ 0,675587875 por unit, que ficarão “ex-direito” amanhã. O início do pagamento está previsto para 30 de dezembro. Serão distribuídos ainda juros sobre capital próprio de R$ 0,513784 por unit. Os ativos ficarão “ex-juros sobre capital próprio” dia 19 de dezembro. 

OGX: pico de produção de Tubarão Martelo será de 30 mil barris/dia
Em uma situação bastante complicada em meio ao processo de recuperação judicial, a OGX Petróleo (OGXP3) realizou ontem reunião da Apimec (Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento de Mercado de Capitais) em sua sede, no Rio de Janeiro, traçando cenários para a companhia. 
O principal fator que mexe com as perspectivas da empresa é o desenvolvimento do Campo de Tubarão Martelo, a última esperança para a companhia. Com dois poços a entrar em produção em abril ou maio, a compania estima que o campo deverá ter um pico de produção diária de 30 mil barris de petróleo no “longo prazo”. O número é considerado baixo para uma companhia que planejava estar produzindo mais de 1,5 milhão de barris por dia até o final da década.

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ALL e Cosan podem chegar a acordo
Segundo apurou o Valor, a disputa entre a ALL (ALLL3) e a Cosan (CSAN3) pode estar perto do fim. Isso porque a empresa de logística, comandada por Wilson de Lara e Ricardo Arduini, teria interesse em buscar uma saída negocial para a disputa sobre o bilionário contrato de investimento no transporte de açúcar firmado em março de 2009 e teria contratado a Estáte para buscar uma solução para o acordo. 
Até a chegada do negociador, tudo indicava, dada a agressividade dos posicionamentos, que a questão ficaria à mercê de uma solução arbitral.

Em outubro, os dois lados foram à Justiça para defender seus interesses. A ALL pedia pelo rompimento do contrato, alegando conter cláusulas abusivas que ameaçavam sua sobrevivência financeira, enquanto a Rumo Logística, empresa do grupo Cosan, buscava garantir seus direitos como cliente. Segundo especialistas ouvidos pelo Valor, a Rumo poderá pedir uma indenização da ALL por quebra de contrato de R$ 4,5 bilhões a R$ 5 bilhões, pelo menos. 

Cyrela e QGDI compram Terra Encantada
A Cyrela Brazil Realty (CYRE3) comprou, em parceria com a Queiroz Galvão Empreendimentos Imobiliários, o terreno “Terra Encantada”, na região da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Na área de cerca de 150 mil m², será desenvolvido projeto de uso misto – residencial e comercial – com VGV (Valor Geral de Vendas) total estimado em R$ 1,5 bilhão. No local, funcionou, por 12 anos, o parque Terra Encantanda. O terreno chegou a ser adquirido pela Real Estate X (REX), braço imobiliário das empresas de Eike Batista, mas foi colocada à venda, assim como outros ativos que ainda não geram renda.

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Multiplan vai pagar R$ 45 milhões em proventos 
A Multiplan (MULT3) comunicou o mercado que irá pagar R$ 45 milhões aos acionistas sob a forma de juros sobre o capital próprio. De acordo com o informe enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o montante equivale a R$ 0,23960319 por ação, antes da retenção de 15% de imposto de renda na fonte, exceto para acionistas comprovadamente isentos ou imunes na forma da legislação aplicável. O
 pagamento do provento será feito em até 60 dias contados a partir desta terça-feira. As ações MULT3 serão negociadas “ex-juros” já na próxima quarta-feira (18), portanto, só terão remuneração os acionistas que tiverem o papel no fechamento do último pregão.

Energisa é autorizada pela Aneel a comprar grupo Rede
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o plano da Energisa (ENGI11) para reestruturar distribuidoras do Grupo Rede Energia, mas a intervenção da agência nas concessionárias segue até ser aprovada a transferência do controle da holding para a Energisa. As distribuidoras do grupo sob intervenção da Aneel e que estão consideradas no plano são Cemat (MT), Enersul (MS), Companhia Força e Luz do Oeste (PR), Caiuá (SP), Bragantina (SP), Vale Paranapanema (SP), Nacional (SP) e Celtins (TO). A Aneel ainda definiu que, por período de transição, as distribuidoras do Grupo Rede terão um tratamento mais flexível em relação a multas e sanções, pagamento de dívidas com obrigações setoriais, entre outras questões, principalmente no caso de Cemat e Celtins.