Ibovespa registra alta puxada por ganhos da Petrobras em dia de reunião do conselho

Petrolífera tem dia de recuperação após registrar fortes quedas nas últimas sessões; Klabin é destaque de alta após anúncio de "plano agressivo"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa abre esta sexta-feira (29) com alta, seguindo o dia “mais tranquilo” para os mercados internacionais, e com o mercado de olho no noticiário de grandes companhias. Às 10h04 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa registra ganhos de 0,59%, a 52.150 pontos. 

No noticiário corporativo, o grande destaque fica para as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), que realizará a reunião do conselho de administração na manhã desta sexta-feira. Após abrir com com ganhos entre 1,5% em um movimento de recuperação após as ações da companhia registrarem queda por quatro dias, os ativos ampliaram as altas, passando a registrar valorizações de cerca de 2,5%.  A expectativa é de que não seja aprovada uma nova metodologia de reajuste, mas que seja concedida uma alta nos preços de combustíveis.

Também chama a atenção as empresas do setor de papel e celulose. A Fibria (FIBR3) informou no final da quinta-feira (28) que aderiu à modalidade de pagamento à vista concedida pelo governo de dívidas relativas a Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social (CSLL) e, com isso, susas ações registram alta de cerca de 1%. Já a Klabin (KLBN4) tem a maior alta do Ibovespa, com ganhos de 2,91% no mesmo horário, após informar a aprovação do projeto de crescimento que poderá fazer a empresa dobrar de tamanho nos próximos três anos, conforme afirmou o CEO (Chief Executive Officer) Fabio Schvartsman. 

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Além disso, as ações da Vale (VALE3;VALE5) também registram ganhos nesta sessão, de 0,60% para os ativos ON e de 0,71%, seguindo a forte valorização da véspera após também comunicar a adesão ao Refis. 

Apesar do começo positivo, o mercado deve seguir de olho nas repercussões do resultado fiscal divulgado na véspera, que revelou um superávit primário bem abaixo do esperado pelo mercado e que sinaliza que o Brasil está longe de atingir as suas metas fiscais, o que abalou os mercados na última quinta-feira. 

Ásia: Japão tem melhor mês de novembro desde 2005
Novembro se encerra com os mercados tendo um dia mais “tranquilo”, apesar do grande volume de indicadores. As bolsas asiáticas registraram uma sessão mista nesta sexta-feira, em um dia de baixo volume e com os investidores aproveitando para realizar lucros. O índice Shangai fechou quase estável, mas fechando novembro com alta de 1,1%, enquanto o Shenzen teve ganhos de 0,9% nesta sessão.

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Os investidores também se mostram mais cautelosos antes da divulgação dos dados oficiais do PMI (Índice de Gerente de Compras) industrial da China,que será divulgado no próximo domingo. Por lá, destaque ainda para aa reafirmação da nota de crédito soberana AA+ do país pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, com perspectiva estável. 

Destaque ainda para o noticiário corporativo, com as ações do setor defensivo registrando ganhos novamente, na perspectiva por gastos mais intensivos do setor. 

O destaque segue para o Japão, cujo índice Nikkei teve o segundo melhor mês do ano em novembro, o melhor desde 2005, com ganhos de 9,3% – em abril, a alta foi de 12%, apesar de ter registrado queda de 0,4% na sessão desta sexta-feira. A alta segue o enfraquecimento do iene frente ao dólar, beneficiando as empresas exportadoras.

Por lá, chama a atenção o noticiário corporativo, com a divulgação dos números de inflação ao consumidor, que subiu 0,9% em outubro na base de comparação anual, conforme o esperado, enquanto a taxa de desemprego se manteve em 4% em outubro, um pouco acima da previsão de 3,9%, enquanto o PMI industrial avançou para 55,1 em novembro ante 54,2 no mês anterior. Porém, o indicador de produção da indústria decepcionou ao apontar para ganhos de 0,5% em outubro, frustrando as expectativas do mercado de alta de 2%.

Europa: revisão de ratings é destaque 
Enquanto isso, as bolsas europeias também operam perto da estabilidade. Por um lado, as vendas no varejo da Alemanha caíram inesperadamente em outubro em 0,8% na comparação anual, segundo mês seguido de queda, com livrarias e joalherias registrando os recuos mais fortes, enquanto a Holanda teve seu rating cortado de AAA para AA+ pela S&P. Por outro, a mesma agência elevou a perspectiva de rating para a Espanha e elevou a nota de crédito para o Chipre de CCC+ para B-. 

Além disso, a taxa de desemprego da zona do euro, que caiu 12,1%, com o número de desempregados recuando 61 mil em outubro. Também chama atenção os dados de inflação preliminar em novembro, que teve alta anual de 0,9%, em linha com a previsão do mercado. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.