Petrobras recupera R$ 8 bi no pregão; TIM e outras 8 driblam mau humor

BR Properties foi o destaque do pregão, com alta de mais de 7%, após venda de torres

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Dia de mau humor no mercado brasileiro, com o Ibovespa recuando 0,65%, aos 52.688 pontos. O índice chegou a cair mais de 1% durante a manhã, quando as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) chegaram a cair 4% – por conta da divulgação, no feriado que manteve a bolsa fechada na véspera, de que a reunião do conselho para tratar da metodologia de reajuste estava adiada.

O mercado precificou esse adiamento já na véspera, com o ADR PBR, referente à ação ordinária da empresa, fechando com forte queda de 4,14%, a US$ 16,89, no pregão de Nova York. Com isso, a ação abriu em forte queda – mas foi se recuperando durante o pregão. A empresa, que valia R$ 258,4 bilhões na abertura, terminou o pregão valendo R$ 266,0 bilhões. 

A queda das ações, que chegou a ser bastante forte, no final foi de “apenas” 0,99% para as preferenciais, mais líquidas, que fecharam aos R$ 20,90, enquanto as ordinárias caíram apenas 0,15%, aos R$ 20,01. A recuperação delas ajudou a bolsa a se recuperar durante o pregão desta quinta. 

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TIM sobe após feriado
Por outro lado, as ações da TIM subiram 2,76%, terminando cotadas a R$ 11,16. O movimento reflete a notícia de que a Telecom Italia – controladora da companhia brasileira – espera concluir a venda e subsequente locação de suas torres de telefonia móvel na Itália e no Brasil no próximo ano, segundo declarações do CEO (Chief Executive Officer) da empresa italiana, Marco Patuano.

Suas visões sobre a TIM contrastam com comentários feitos no início do mês, após a Telecom Italia dizer que alcançou um acordo para vender sua unidade argentina. Na ocasião, Patuano descartou a venda da TIM. “Essa é outra notícia que gera volatilidade para as ações TIMP3, depois que chegaram a atingir R$ 11,92 (no dia 14/10) devido a possível venda da TIM, gerando um forte fluxo de compra para as ações”, avaliou a XP. 

BR Properties dispara com venda bilionária
A BR Properties (BRPR3) informou nesta manhã contrato de venda de 100% ativos imobiliários de galpões industriais e de logística, totalizando 34 imóveis, para a WTGoodman. A operação sairá por R$ 3,18 bilhões, sujeitos a certos ajustes previstos no acordo. Em reflexo, as ações da companhia registraram alta de 7,57%, sendo cotadas a R$ 19,33.

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Os recursos da venda serão utilizados para reduzir a dívida líquida, para o programa de recompra de ações e pagamento de dividendos aos acionistas, disse a BR Properties, em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Atualmente, a empresa possui uma dívida líquida de R$ 4,519 bilhões.

Lupatech dispara com teleconferência
Depois de um longo período sem realizar teleconferências, a Lupatech (LUPA3) voltou a se reunir com o mercado, para tratar dos números do terceiro trimestre de 2013 e do plano de reestruturação de dívida. De acordo com a companhia, a empresa deverá terminar a implantação do plano 163 dias úteis depois da apresentação inicial, no dia 5 de novembro, com o aumento de capital. Após a teleconferência, as ações subiram 8,22%, aos R$ 0,79.

O plano deverá ser aprovado por pelo menos três quintos dos credores até o dia 4 de dezembro – 21 dias úteis depois do plano inicial. A empresa – com cerca de R$ 1,43 bilhão de dívida atualmente – espera, assinar o plano, tornando-o definitivo, em uma assembleia no início do ano seguinte. Isso deverá reduzir as dívidas entre 64% a 77% – a depender da adesão dos bancos -, jogando as dívidas para R$ 521,9 milhões ou R$ 329,22 milhões. A dívida de curto prazo será de R$ 115 milhões. Esse plano deverá transformar dívida em ações e diluir os atuais investidores, mas garantirá a sobrevivência da empresa. 

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Mills sobe com visão positiva do Itaú BBA
Fora do Ibovespa, também se destacou Mills (MILS3), cujas ações registraram valorização de 1,22%, sendo cotados a R$ 30,77. Em relatório desta quinta-feira, o Itaú BBA reiterou sua recomendação outperform (desempenho acima da média) para as ações, com novo preço-alvo ao final de 2014 de R$ 35 – o que representa um potencial de valorização de cerca de 15%.

“Gostamos da tese da companhia pelo seu crescimento consistente e pelos elevados retornos gerados pela liderança da empresa em suas três divisões. Embora o valuation não represente uma pechincha, acreditamos que a ação merece ser negociada a um prêmio pelas razões acima mencionadas”, disseram Renata Faber e Thais Cascello, do Itaú BBA. 

Empresas sobem forte
No total, outras quatro empresas apresentaram forte valorização no pregão e tiveram liquidez superior a R$ 1 milhão. É o caso da Kepler Weber (KEPL3), cujas ações subiram 5,82%, para R$ 36,00, enquanto a HRT Participações (HRTP3) teve ganhos de 3,95%, aos R$ 0,79. Por fim, os papéis da Ideiasnet (IDNT3) tiveram alta de 3,55%, aos R$ 1,75 e a Saraiva (SLED4) subiu 3,14%, aos R$ 26,60. 

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