Ibovespa sobe 1% com dados positivos da China e disparada da OGX

Petrolífera volta a liderar ganhos após confirmar conversas com a Vinci; MRV é destaque de alta do setor depois de divulgar prévia operacional

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – O Ibovespa abre em alta nesta sexta-feira (18), tentando recuperar parte das perdas registradas na véspera, quando recuou 1,10%. Apesar da baixa na última sessão, vale ressaltar que o benchmark acumula 4,46% de valorização nesta semana. O movimento desta sessão responde aos dados chineses divulgados hoje e também ao noticiário corporativo local. Com o cenário positivo, às 10h23 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira avançava 1,22%, a 56.035 pontos.

No setor imobiliário, a MRV (MRVE3, R$ 10,23, +2,51%) lidera os ganhos, após divulgar uma prévia operacional positiva, mostrando recorde de vendas no terceiro trimestre, com aumento de 35% nas vendas contratadas. O resultado traz alívio ao setor, visto que Gafisa e Cyrela divulgaram dados operacionais decepcionantes ao longo desta semana.

Já a OGX Petróleo (OGXP3, R$ 0,43, +7,50%) avança após a companhia confirmar que está em negociações com a Vinci Partners e outros investidores, embora ressalta não há nada concluído. O comunicado veio em resposta à notícia antecipada pelo InfoMoney de que a petrolífera estava negociando uma injeção de capital com a gestora Vinci.

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Ainda entre as maiores altas, aparecem MMX Mineração (MMXM3, R$1,09, +1,87%) e LLX Logística (LLXL3, R$ 1,35, +2,27%), após prestarem esclarecimentos sobre as negociações do controle das duas empresas. Já as mineradoras CSN (CSNA3, R$ 11,81, +2,07%) e Vale (VALE3, R$ 35,28, +1,04%; VALE5, R$ 32,13, +0,89%) respondem positivamente aos dados econômicos da China – principal consumidora de minério do mundo – e ajudam na alta do Ibovespa, tendo em vista a forte participação delas no índice.

PIB chinês
Na China, o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre apresentou alta de 7,8%, em linha com o esperado porém acima do registrado no período anterior, de 7,5%. Ainda por lá, a produção industrial aumentou 10,2% em setembro, ante projeção de 10,1%. 

Por outro lado, as vendas no varejo no mesmo período avançaram menos do que o esperado, com alta de 13,3%.

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Prévia da inflação e IGP-M
Por aqui, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) registrou alta de 0,48% em outubro, acima do registrado em setembro, de 0,27%. Por outro lado, o índice de preços ficou abaixo do visto no mesmo mês do ano anterior, quando subiu 0,65%. Com o resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses aponta alta de 5,75% e aumento de 4,46% neste ano, segundo divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Já o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) desacelerou alta para 0,91% na segunda prévia de outubro. No mesmo período de setembro, o índice havia avançado 1,36%, segundo dados da FGV (Fundação Getulio Vargas).

EUA: volta dos indicadores
Nos EUA, após a solução temporária para o impasse fiscal que ameaçava deixar o país em default técnico, a paralisação do governo chega ao fim e dados que deixaram de ser publicados na agenda econômica devido à paralisação começam a ser agendados. Um dos mais importantes termômetros para a economia norte-americana, o relatório de emprego, terá seu resultado de setembro apresentado na próxima terça-feira (22). Já em 30 de outubro serão divulgados os preços ao consumidor.

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Ainda por lá, os investidores analisarão os discursos de membros do Federal Reserve. Jeffrey Lacker, presidente do Fed de Richmond, disse nesta sexta-feira que há mais trabalho a ser feito para restaurar a confiança dos investidores e dos reguladores sobre os grandes bancos norte-americanos. Ainda falarão hoje o chefe do Fed de Chicago, Charles Evans, e o de Nova York, William Dudley, assim como os membros Daniel Tarullo e Jeremy Stein.

Os discursos de autoridades monetárias dos EUA têm sido acompanhados de perto pelo mercado, que busca indícios sobre quando o Fed deverá começar a retirada do QE3 (Quantitative Easing 3), programa de compras mensais de até US$ 85 bilhões em títulos públicos promovido pelo banco central dos EUA para prover liquidez à economia do país.