Fim das “vacas magras”? Itaú estima Ibovespa a 67.000 pontos em 2014

Apesar do possível ganho, analistas ainda não se sentem confortáveis para adotar uma visão positiva para o mercado brasileiro

Paula Barra

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SÃO PAULO – Passado um período de “vacas magras”  neste ano, o Itaú BBA estima que o Ibovespa deve dar um salto para 67.000 pontos em 2014, o que representaria uma alta de 27,82% em relação ao patamar registrado no fechamento do pregão da última segunda-feira (7). Apesar do possível ganho, os analistas ainda não se sentem confortáveis para adotar uma visão positiva para o mercado.

Isso porque em ambos os modelos utilizados para atingir essa meta é preciso adotar uma postura otimista, na qual é pressumido que os preços-alvo para todas as empresas serão atingidos até o fim do ano que vem, apontam Carlos Constantini e Pedro Luz Maia, da corretora.

O movimento, segundo eles, está em linha com uma visão de deterioração dos fundamentos econômicos, assim como do lucro das empresas, e apesar de alguma melhora dos dados econômicos de curto prazo ao longo do mês passado, a expectativa ainda é de desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto).

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Os analistas utilizaram dois modelos: bottom-up (abordagem que sai do individual para o todo) e o modelo de crescimento de Gordon. No primeiro, foi obtido um target para o Ibovespa de 66.900 pontos, considerando uma média ponderada sem ajuste do preço-alvo de cada ação segundo as projeções dos analistas do Itaú BBA. Já no segundo, que tem como diferença a taxa de desconto ao número agregado dos lucros, o que toma o crescimento mais estável, o número final atingido nessa metodologia foi de 67.150 pontos.

Eles ainda comentaram que mesmo considerando uma mudança drástica no índice no ano que vem, dificilmente a ponderação dos setores mudarão muito e, assim, o target não deve mudar de forma substancial. O setor financeiro será o mais significativo, com um terço do índice, seguido por matérias-primas e energia, que somados, responderão por outro terço.