BNDES deve colocar recursos na Oi; Moody’s altera perspectiva de rating de 3 bancos

Bradesco e Itaú Unibanco foram duas das instituições que tiveram o rating alterado de positivo para estável

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O último pregão da semana deve ser bastante movimentado, em meio ao agitado noticiário corporativo. Em destaque, está mais uma vez a Oi (OIBR3;OIBR4), que chamou a atenção nesta semana ao anunciar um acordo com a Portugal Telecom para a fusão das duas companhias. 

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) teria decidido participar da capitalização da Oi e assim apoiar a fusão da companhia com a PT. O banco entraria no “bolo” de R$ 2 bilhões a serem disponibilizados elos atuais sócios da Telemar Participações e por um novo acionista, o BTG Pactual. Havia dúvidas sobre a entrada do banco de fomento, um dos acionistas controladores da operadora, na transação.

Fitch afirma ratings da BB-/A (bra) da Suzano 
A Fitch Ratings anunciou que afirmou os ratings da Suzano (SUZB5) em BB-/A (bra). Já a perspectiva do rating passou de estável para positiva. 

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A revisão da perspectiva da Suzano para positiva, de estável, reflete a expectativa da Fitch de que deverá ocorrerum gradual processo de desalavancagem em 2014 e 2015, após a conclusão da fábrica de celulose no Maranhão. Esta ação de rating também incorpora o novo foco da administração da companhia de reduzir a alavancagem, oque resultou na suspensão dos projetos Piauí e Energia Renovável, até que sua alavancagem esteja em patamaresmais administráveis.

A agência destacou ainda a sólida posição de negócios e a forte liquidez e confortável cronograma de amortização de dívida. A Fitch destacou ainda que os ratings de crédito da Suzano poderão ser afetados positivamente pela geração de caixa maior do que aesperada em 2014.

Moody’s altera perspectiva de rating de bancos de positiva para estável
Além de rebaixar o rating da Petrobras (PETR3;PETR4) Moody’s também revisou a perspectiva dos bancos brasileiros de positiva para estável de três instituições financeiras: o Bradesco (BBDC4), o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Itaú BBA.

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A agência também alterou de positiva para estável a perspectiva de rating de depósito de longo prazo em moeda local e de rating de dívida de oito bancos brasileiros: Bradesco, Itaú Unibanco, Itaú BBA, Itaú Unibanco Holding, Banco do Brasil (BBAS3), Caixa Econômica Federal, Safra e BNDES.

De acordo com a agência, estas ações de ratings seguem a mudança na perspectiva para estável, de positiva, do rating de dívida do governo brasileiro, ocorrida na véspera. 

Ao mesmo tempo, a Moody’s rebaixou os ratings de depósito, de emissor e de dívida de longo prazo em escala global de seis instituições financeiras. A reavaliação da Moody´s quanto ao nível da capacidade do governo brasileiro para fornecer suporte sistêmico a estes bancos em caso de necessidade é o principal condutor destes rebaixamento de ratings, informou.

“A probabilidade de tal suporte é uma parte importante da análise de crédito da Moody´s e provê um impulso aos ratings acima do que estaria implícito na própria força financeira dos bancos. Para os bancos brasileiros, os rebaixamentos colocam os ratings mais próximos do rating do próprio governo, de Baa2”, destacou a Moody’s.

Os ratings atribuídos pela Moody´s para outros 34 bancos no Brasil não foram afetados por esta ação, porque estes ratings já estão posicionados abaixo do rating soberano. Além disso, a Moody´s revisou para negativa, de estável, a perspectiva do rating intrínseco de força financeira de bancos do Banco do Brasil e colocou em revisão para rebaixamento o rating intrínseco de força financeira de bancos, de dívida e depósito de longo e curto prazo do Banco Votorantim.

Renova faz conversão de ações
A Renova Energia (RNEW11) informa que, conforme previsto no artigo 6º de seu estatuto social, em 27 de setembro de 2013 foram convertidas 826 ações ordinárias em 826 ações preferenciais com os mesmos direitos e características das ações preferenciais já existentes de emissão da companhia. 

Iguatemi: aquisição na Anhumas não dará direito de recesso
A Iguatemi (IGTA3) informou que a aquisição de 55,43% de participação societária na Participações e Comércio Anhumas pela EDR47 Participações e Empreendimentos Imobiliários não ensejará direito de recesso aos acionistas da companhia, pelos seguintes motivos.

A referida operação não requer deliberação da assembleia geral para ser efetivada e, dessa forma, não enseja eventual direito de recesso, uma vez que não deve ser considerada como uma aquisição de controle pela EDR47; e, mesmo se assim fosse, não estariam presentes os requisitos necessários para tal direito de recesso.

Isso porque, segundo a companhia, o investimento não é relevante para a companhia e o preço médio das quotas da Anhumas não ultrapassa o maior dos valores calculados de acordo com o inciso II do referido artigo.

EcoRodovias celebra contrato de compra de fatia da STP
A EcoRodovias (ECOR3), em complemento ao fato relevante divulgado em 05 de agosto de 2013, informa que, na véspera, após cumprimento das condições precedentes, foi concluída, por meio da celebração de contrato de compra e venda de ações e outras avenças e efetiva transferência de ações, a operação de venda de 10% das ações representativas do capital social da Serviços e Tecnologia de Pagamentos (STP). Com a conclusão da operação, a EcoRodovias passa a deter 11,41% do capital social da STP.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.