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SÃO PAULO – Nem mesmo o fato de ter caído nos últimos três pregões serviu de impulso para o Ibovespa nesta sexta-feira (27). Após chegar a subir 0,65% no começo do pregão, o principal índice de ações da bolsa brasileira perdeu forças e terminou o pregão com queda de 0,08%, a 53.738 pontos. Dessa forma, o benchmark da BM&FBovespa terminou a semana com perda acumulada de 0,69%, quebrando uma sequência de três semanas de alta. No entanto, ele ainda soma ganhos de 7,45% no mês. O volume financeiro na Bovespa hoje ficou em R$ 6,107 bilhões.
Ao longo da semana, pesou sobre os investidores o impasse sobre a dívida norte-americana, que ainda precisa ser votado no congresso do país. Segundo estimativas feitas pelo secretário do Tesouro dos EUA, o país precisa chegar a uma solução até 17 de outubro, data que o teto do endividamento será alcançado.
A expectativa trouxe impacto também nas bolsas internacionais. Nos EUA, o Dow Jones e o S&P 500 acumularam perdas semanais de 2,67% e 1,94%, respectivamente, quebrando uma sequência de 3 semanas em alta. Já o dólar comercial subiu pelo 3º dia seguido e fechou a semana com apreciação de 1,71%, a R$ 2,2575.
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Santander dispara; OGX renova mínima
O setor financeiro foi o principal destaque positivo da bolsa nesta sessão, com o Santander (SANB11, R$ 15,50, +7,63%) liderando com folga os ganhos do Ibovespa após o banco anunciar mudanças na estrutura que resultarão em um pagamento de R$ 6 bilhões aos seus acionistas. Os demais papéis do setor seguem o otimismo e aparecem logo atrás entre as maiores altas do dia, com Banco do Brasil (BBAS3, R$ 26,43, +2,84%), Bradesco (BBDC3, R$ 35,91, +1,99%; BBDC4, R$ 31,70, +2,62%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 32,22, +2,29%) e sua controladora, Itaúsa (ITSA4, R$ 9,24, +2,90%). Juntas, as 5 empresas respondem por cerca de 16% do Ibovespa.
Já na ponta negativa do índice, aparece mais uma vez a petrolífera de Eike Batista, a OGX Petróleo (OGXP3). Com queda de 9,68%, a ação da empresa atingiu sua nova mínima histórica ao fechar cotada a R$ 0,28. A Vale (VALE3, R$ 35,16, -2,33%; VALE5, R$ 32,14, -1,59%), empresa com maior participação individual na composição do Ibovespa, também fechou no vermelho e colaborou para anular as altas do setor financeiro – juntas, Vale e OGX respondem por 14% do Ibovespa.
As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
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Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
OGXP3 | OGX PETROLEO ON | 0,28 | -9,68 | -93,61 | 44,96M |
LREN3 | LOJAS RENNER ON EJ | 64,50 | -3,01 | -16,99 | 88,66M |
MRFG3 | MARFRIG ON | 5,95 | -2,46 | -29,83 | 10,87M |
VALE3 | VALE ON | 35,16 | -2,33 | -14,62 | 164,85M |
LAME4 | LOJAS AMERIC PN | 16,51 | -2,31 | -9,54 | 45,18M |
As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
SANB11 | SANTANDER BR UNT ED N2 | 15,50 | +7,63 | +5,43 | 136,43M |
CIEL3 | CIELO ON | 60,80 | +3,47 | +33,44 | 199,18M |
ITSA4 | ITAUSA PN | 9,24 | +2,90 | +7,44 | 146,37M |
BBAS3 | BRASIL ON | 26,43 | +2,84 | +12,15 | 240,35M |
BBDC4 | BRADESCO PN | 31,70 | +2,62 | -0,09 | 263,46M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram:
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Vol 30d1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|---|
VALE5 | VALE PNA | 32,14 | -1,59 | 634,49M | 641,32M | 24.237 |
ITUB4 | ITAUUNIBANCO PN | 32,22 | +2,29 | 469,29M | 310,38M | 32.881 |
PETR4 | PETROBRAS PN | 18,50 | -0,48 | 353,89M | 492,64M | 22.827 |
BBDC4 | BRADESCO PN | 31,70 | +2,62 | 263,46M | 212,86M | 25.994 |
BBAS3 | BRASIL ON | 26,43 | +2,84 | 240,35M | 174,03M | 16.584 |
CIEL3 | CIELO ON | 60,80 | +3,47 | 199,18M | 116,13M | 13.151 |
VALE3 | VALE ON | 35,16 | -2,33 | 164,85M | 151,40M | 11.718 |
ITSA4 | ITAUSA PN | 9,24 | +2,90 | 146,37M | 107,77M | 27.611 |
SANB11 | SANTANDER BR UNT ED N2 | 15,50 | +7,63 | 136,43M | 44,59M | 20.166 |
BVMF3 | BMFBOVESPA ON | 12,55 | -0,79 | 122,53M | 134,01M | 16.842 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
IGP-M sobe 1,5% em setembro
Por aqui, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), divulgado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) refletiu a recente valorização do dólar e registrou alta de 1,50% em setembro – 1,35 ponto percentual a mais do que em comparação com os níveis vistos no mês anterior. Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 4,40%.
EUA: mais tensão com volta de QE3
Nos EUA, as tensões seguiram elevadas com as preocupações sobre as despesas orçamentais para o próximo ano fiscal, além do impasse ainda não resolvido da elevação do teto da dívida pública do país, a ser votada pelo Congresso. Segundo Jack Lew, secretário do Tesouro, o limite do passivo deve ser atingido em 17 de outubro, deixando o governo sem dinheiro.
Ainda na maior economia do mundo, o Senado aprovou o projeto para financiar as operações do governo entre 1 de outubro e 15 de novembro, evitando a paralisação de agências públicas, e o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse que, baseado em estimatimas econômicas, o banco central dos EUA pode começar a reduzir suas compras de ativos ainda neste ano.
Entre os indicadores econômicos do país, a renda individual do cidadão subiu 0,4% em agosto, ante expectativa de alta de 0,3%, segundo o indicador Personal Income. O Personal Spending, que mensura os gastos dos norte-americanos, avançou 0,3%, ante projeções de 0,2%. O núcleo do PCE, por sua vez, registrou alta de 0,2%, acima do esperado (0,1%). Já o sentimento do consumidor, mensurado pela Universidade de Michigan, recuou para 77,5 em setembro, registrando seu menor nível em 5 meses.
Tensão na Itália e indicadores europeus
A tensão política causada por Silvio Berlusconi na Itália continua, com o primeiro-ministro Enrico Letta antecipando seu retorno de Nova York para reunir-se com o presidente italiano, Giorgio Napolitano. Os dois tentarão resolver a crise que ameaça derrubar o governo, após Berlusconi convocar seus aliados a deixarem a coalizão que governa a Itália.
Na Europa, um índice de confiança que combina a expectativa de consumidores e empresários na zona do euro subiu para 96,9 em setembro, atingindo seu maior nível em dois anos. Já na França, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre foi confirmada em 0,5%, enquanto os gastos do consumidor em agosto atingiram as expectativas com alta de 0,4%.
Ainda em continente europeu, na Espanha, as vendas no varejo em agosto retraíram 4,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Ainda por lá, o governo revisou para cima sua projeção de crescimento para 2014, de 0,5% para 0,7%, além de dizer que o desemprego será mais baixo que o esperado previamente já neste ano.
Já em Londres, os preços de moradia subiram 5%, aumentando o temor de que os estímulos feitos pelo governo estejam inflando uma bolha nos preços britânicos. Ainda por lá, a confiança do consumidor subiu para o maior nível em quase seis anos em setembro, com -10, ante -13 vistos no mês anterior.