Petrobras PN cai 1,8%; elétricas recuam; PDG sobe 11% em 4 pregões

Ainda entre os destaques, OGX, MMX e CCX recuam; LLX sobe 1,7%; concessionárias recuam após leilão da BR-050

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa opera próximo da estabilidade nesta quarta-feira (18). A espera pela decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) sobre o programa de compra de títulos norte-americano, o Quantitative Easing III, gera cautela no mercado. Com as referências, por volta da 13h43 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira mostra queda de 0,31%, a 54.100 pontos

Lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta sessão as ações ONs da Usiminas (USIM3, +2,0%, R$ 10,20; USIM5, +1,06%, R$ 10,46). As empresas do grupo Sumitomo, Serra Azul Iron Ore e Sumitomo Corporation do Brasil, acionistas da Usiminas, farão um aporte de capital em reais no montante equivalente de US$ 100 milhões na Mineração Usiminas. O objetivo do aporte ocorre em contrapartida à transferência de um terreno em propriedade da Usiminas, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, para a MUSA, para aumento de capital. 

Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, a notícia é neutra, mas com viés positivo, uma vez que gera a entrada de recursos na companhia e possibilita investimentos no desenvolvimento do seu braço de mineração, em troca de um ativo imobilizado, que não contribuía para geração de caixa da empresa. “Tal movimento denota os esforços do novo time de comando da empresa em otimizar processos, otimizar sua estrutura de capital fixo e gerar melhoras no seu ciclo operacional”, disseram os analistas. 

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PDG sobe 11% em 4 dias; Rossi segue movimento
No mesmo sentido, as ações da PDG Realty (PDGR3, +2,35%, R$ 2,61) e Rossi (RSID3, +1,98%, R$ 3,09) operam em forte alta nesta sessão. Essa é a quarta sessão que os papéis da PDG avançam, acumulando no período alta de 11%.

Na véspera, o setor refletiu perspectivas melhores dos empresários do setor no trimestre de junho a agosto, segundo a Sondagem Nacional da Indústria de Construção Civil, indicando alta de 1,7% em relação à pesquisa anterior. Entretanto, a percepção em relação ao desempenho das empresas continuou se deteriorando, com queda de 0,6% em comparação ao período anterior. 

Petrobras cai sem decisão sobre reajuste de gasolina
Já do lado negativo, aparecem as ações da Petrobras (PETR3; PETR4). Os papéis ordinários recuam 2,73%, a R$ 17,12, enquanto os preferenciais caem 1,73%, a R$ 18,21.

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A estatal informou que “não há qualquer decisão”, neste momento, sobre um reajuste de preço da gasolina “que seria realizado até o dia 21 de outubro”. A declaração é uma resposta da companhia a um ofício enviado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) com pedido de esclarecimento sobre notícias veiculadas na imprensa.

Na segunda-feira passada, o jornal O Estado de S. Paulo informou que o governo federal deve conceder um novo reajuste no preço da gasolina em outubro, dada considerada estratégica para o Palácio do Planalto porque é o dia em que ocorrerá o primeiro leilão do campo de petróleo e gás natural do pré-sal no Campo de Libra.

Elétricas caem com rumores de nova estratégia para reduzir conta de luz 
No mesmo sentido, as ações do setor elétrico caem nesta sessão em meio às expectativas de que o governo federal esteja preparando uma nova estratégia para continuar reduzindo os preços da conta de luz. 

Segundo informações de O Estado de S. Paulo, o governo vai renovar e fazer relicitações das concessões de distribuição, permitindo assim novos descontos. Estão em questão as distribuições mantidas pela Cemig (CMIG4, -2,31%, R$ 18,21), Copel (CPLE6, -2,05%, R$ 30,61), que pertencem ao Ibovespa, além de todas as seis concessionárias controladas pela Eletrobras (ELET3, -2,41%, R$ 6,07; ELET6, -2,24%, R$ 10,05). Celesc (CLSC4) e Celg (GPAR3). Energias do Brasil (ENBR3, -1,11%, R$ 11,59) e Light (LIGT3, -1,97%, R$ 17,93) também se destacam na ponta negativa do índice.

Mundo “X”: OGX, MMX e CCX recuam; LLX sobe 1,7%
Ganha destaque também as ações da OGX Petróleo (OGXP3), que recuam 2,50%, a R$ 0,39. Nesta sessão, o JP Morgan rebaixou a recomendação das ações da petroleira de Eike Batista (o último dos grandes bancos a cortar a recomendação da empresa) de manutenção para underweight (exposição abaixo da média do mercado). Em março de 2013, o banco norte-americano havia rebaixado a recomendação dos papéis, de overweight (exposição acima da média do mercado). 

Os demais papéis das empresas do Grupo EBX operam entre ganhos e perdas, sendo eles: LLX Logística (LLXL3, +1,73%, R$ 1,76), MMX Mineração (MMXM3, -1,18%, R$ 1,68), OSX Brasil (OSXB3, -0,0, R$ 0,77) e CCX Carvão (CCXC3, -1,24%, R$ 1,59).

Em relação à OSX, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro realizará na próxima quinta-feira uma audiência “urgente” sobre o processo movido pela World Fuel Services contra a empresa e o Grupo EBX, de Eike Batista, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.  

Concessionárias recuam após leilão da BR-050
O Consórcio Planalto, formado pelas empresas Senpar, Estrutural, Kamilos, Ellenco Bandeirantes, Greca, Maqterra, TCL e Vale do Rio Novo, foi o grande vencedor do leilão da BR-050, em trecho de Goiás e Minas Gerais, ocorrido hoje. A tarifa proposta foi de R$ 0,04534 por quilômetro, o que representa um deságio de 42,38% em relação ao teto.

Outros sete concorrentes entregaram propostas. Em segundo lugar, ficou a Triunfo (TIPS3, -0,86%, R$ 10,40), com deságio de 36,98%. Em seguida na classificação vieram os consórcios de Ecorodovias (ECOR3, -0,45%, R$ 15,52), da Fidens, Queiroz Galvão, Invepar/Odebrecht, CCR (CCRO3, -0,17%, R$ 17,90) e Arteris (ARTR3, -0,74%, R$ 18,81).