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SÃO PAULO – Após anunciar a primeira mudança do Ibovespa após 45 anos, o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, destacou que a decisão foi uma “das mais importantes e mais difíceis” dos últimos 20 anos e que este é um “momento histórico para a bolsa, para o mercado de capitais e para o Brasil”, durante coletiva para a imprensa.
O presidente da BM&Bovespa destacou ainda que a bolsa ouviu todos os segmentos envolvidos direta e indiretamente com o índice e o mercado de capitais. E afirmou ainda que o fator Eike e OGX Petróleo (OGXP3) não foi o motivador das mudanças, afirmando que o trabalho já vinha sendo feito há muito tempo.
“O caso OGX também foi considerado, mas não foi em função disso”, afirmou. De acordo com Edemir, esta mudança faz parte de um conjunto de transformações que o Brasil está vivenciando, destacando que o Ibovespa tem 45 anos e “precisa ser repensado”, na busca pela maior representividade do índice. “Nós começamos este trabalho há um ano. Contratamos 20 pessoas deste o fim de 2013 para realizar este estudo”.
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Além disso, o presidente da bolsa destacou que a ponderação do free float com cap de liquidez vem em linha para adequação com as práticas já existentes na bolsa, de acordo com Eduardo Guardia, diretor executivo de produtos e de relações com investidores. E explicou que o cap de liquidez tem como objetivo proteger o índice em caso de distorções geradas por empresas que têm grande free float, mas com liquidez relativamente baixa.
Além disso, ele ressaltou que a exclusão das ações abaixo de R$ 1,00 – ou penny stocks – não comporão mais o índice por conta de sua elevada volatilidade. E afirmou que, caso as empresas se encaixem neste caso – a única atualmente é a OGX – deverão fazer um grupamento de papéis. A exclusão de ações abaixo de R$ 1 irá ocorrer quando o índice for rebalanceado, ressaltou.
