Corte de dividendos da Oi é positivo, diz S&P; BRF quer se tornar global

Também em destaque, estão as mudanças na data de divulgação de resultados pela Forjas Taurus e fundos alteram participação na CCR e Equatorial

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A temporada de resultados segue agitada mas o noticiário corporativo além dos números do segundo trimestre das empresas também segue agitado. De acordo com a agência de classificação de risco Standard & Poor’s, o rating da Oi (OIBR3;OIBR4) não são imediatamente afetados pelos resultados mais fracos do 2º trimestre e pela redução do pagamento de dividendos. Atualmente, o rating da companhia está em BBB-, com perspectiva estável. 

A agência destaca que a Oi apresentou geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) mais fraca no 2º trimestre de 2013, quando comparada à dos trimestres anteriores, ocorrendo em parte a certas despesas não recorrentes, como aquelas de marketing relacionadas à Copa das Confederações e também ao impacto total do pagamento de abono salarial neste trimestre, o qual é normalmente provisionado todo mês. Contudo, a provisão para devedores duvidosos e o aumento nas despesas com pessoal também enfraqueceram o Ebitda da empresa.

Contudo, a S&P pondera que, embora os resultados estejam abaixo das expectativas, a Oi está implementando diversas medidas de gestão de custos a fim de elevar sua geração de fluxo de caixa operacional nos próximos trimestres.

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Ao mesmo tempo, a Oi anunciou que reduzirá seu pagamento anual de dividendos para um valor aproximado de R$ 500 milhões, em relação aos R$ 2 bilhões, até 2016, o que a S&P vê como positivo, porque aliviará as pressões no fluxo de caixa discricionário e melhorará a flexibilidade financeira da empresa, permitindo-lhe endereçar investimentos e necessidades de refinanciamento. “Continuaremos a monitorar o desempenho operacional e financeiro da Oi nos próximos trimestres. Esperamos que a empresa apresente um índice de dívida sobre Ebitda perto de 3,5 vezes e uma geração interna de caixa sobre dívida em torno de 25% até 2014”. 

BRF trabalha para se tornar uma empresa global
A BRF (BRFS3) destacou o foco no varejo e quer transformar a companhia em produtora global. Nos próximos meses, a equipe de Abilio Diniz vai reformular as áreas de indústria e mercado externo. Estão previstas a venda de ativos não estratégicos, mas a companhia não pretende deixar nenhum segmento, conforme destacou o nome presidente da empresa, Claudio Galeazzi. 

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a empresa avalia companhias no Oriente Médio e na China. Galeazzi afirmou ainda, em apresentação aos investidores, quando questionado sobre sobre plano de cortes ou demissões na empresa, que não há “como quantificar isto neste momento”, destacou. 

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Na véspera, o Conselho de Administração da BRF aprovou o nome de Claudio Galeazzi para suceder José Antonio do Prado Fay na presidência. Galeazzi foi indicado pelo cargo pelo presidente do Conselho de Administração, Abílio Diniz. Fay, que comandava a companhia desde outubro de 2008, ficará até o final de 2013 na BRF. A BRF ainda definiu o programa de aceleração de novos negócios, sendo constituída por quatro frentes de trabalho formadas por executivos da companhia e coordenadas pela consultora Galeazzi & Associados: geração de demanda, planejamento, suporte e melhora de produtividade. 

WEG anuncia novo acordo tecnológico em energia eólica
A Weg (WEGE3) comunicou ao mercado a assinatura de compra de tecnologia a companhia Northern Power Systems, empresa norte-americana que desenvolve e fabrica aerogeradores.  O acordo tecnológico prevê a cooperação para que a Weg oferte no mercado sul-americano aerogeradores entre 2,1 e 2,3 MW e rotores das pás entre 93 e 110 metros de diâmetro, instalados em torres de até 120m de altura, o que atenderá aos requisitos técnicos dos mais diversos regimes de ventos.

“Os aerogeradores com a tecnologia PM/DD tipicamente apresentam maior disponibilidade e menor custo de manutenção e reparo quando comparados aos aerogeradores tradicionais, resultando em maior produção de energia ao longo da vida útil do equipamento e maximizando os retornos econômicos para os investidores. Os equipamentos serão inicialmente fabricados no parque fabril da WEG em Jaraguá do Sul (SC)”, informou a companhia.

Com o anúncio deste novo acordo tecnológico, a WEG informa o encerramento da parceria com a empresa espanhola MTOI, anunciada em 2010.

Forjas Taurus adia data de divulgação de resultados
A Forjas Taurus (FJTA3, FJTA4), comunicou ao mercado o adiamento da divulgação do resultados marcada para a véspera, assim como a realização da audioconferência, que seria feita na próxima sexta-feira (16). A companhia informou ter recebido pedido de revisão das condições do contrato de promessa de compra e venda de quotas e outras avenças aprovado pelo Conselho de Administração em 21 de junho de 2012, relativo à alienação da controlada Taurus Máquinas-Ferramenta Ltda.

“Dada a complexidade da proposta de repactuação e a mensuração de seus efeitos para fins de apresentação das demonstrações financeiras relativas ao 2º trimestre de 2013, encerrado em 30 de junho de 2013, não foi possível a sua submissão conclusiva à auditoria externa”, informou a companhia, que destacou que a repactuação contratual demandada se fundamenta em condições materiais adversas alegadas entre o prazo inicial do contrato até a presente data.

Fundo aumenta participação na Equatorial
Os fundos de investimentos geridos pelo Nucleo Capital passaram a deter 5,03% do total das ações ordinárias da Equatorial Energia (EQTL3), informou a companhia, correspondentes a 9,98 milhões de ações. Os investidores declararam que as aquisições realizadas não objetivam alterar a composição do controle ou a estatura administrativa da companhia.

Black Rock diminui participação na CCR
Já a BlackRock, maior gestora de fundos negociados em bolsa no mundo, afirmou ter alienado ações ordinárias emitidas pela CCR (CCRO3), diminuindo sua participação para 4,98% do total e somando 88,03 milhões de papéis.  

CSN afirma que não há motivo para fato relevante
A CSN (CSNA3) prestou esclarecimentos à BM&FBovespa sobre a notícia divulgada nos jornais Wall Street Journal e Valor Econômico sobre um possível acordo já desenhado com a ThyssenKrupp para a compra de ativos da empresa alemão. A siderúrgica brasileira afirmou que “tem como política acompanhar as potenciais oportunidades de aquisições nos setores em que atua e que não existe, neste momento, qualquer ato vinculante que constitua fato relevante nos termos da legislação em vigor”.

Alupar adquire ações da Empresa Catarinense de Transmissão e Energia
A Alupar (ALUP11) adquiriu 1,053 milhões de ações ordinárias da Empresa Catarinense de Transmissão de Energia, pelo valor de R$ 4,43 milhões. Com a aquisição a Companhia passou a deter 47,51% do capital social total da ECTE. A aquisição vem em cumprimento ao contrato de compra e venda de ações celebrado com a MDU Sul Transmissão de Energia  em 10 de novembro de 2009. 

Cesp anuncia pagamento de R$ 85 milhões em juros sobre capital próprio
A Cesp (CESP5) anunciou o pagamento de R$ 85 milhões em juros sobre o capital próprio. Os detentores das ações ONs receberão um valor total de R$ 29,015 milhões, correspondentes a R$ 0,2657911635 por ação e os de ações preferenciais classe B receberão um total de R$ 55,98 millhões, ao mesmo valor por cada papel. O pagamento será efetuado 31 de outubro de 2013. Farão jus aos juros sobre o capital próprio os acionistas com posição acionária em 16 de agosto, sendo as ações negociadas a partir de 19 de agosto na BM&FBovespa consideradas “ex-juros”. 

BR Insurance e BB Seguridade também pagam dividendos
A Brasil Insurance (BRIN3) aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 18,83 milhões relativos ao segundo trimestre de 2013, ao valor de R$ 0,20. A data de pagamento será 30 de agosto de 2013. Terão direito aos dividendos os detentores das ações com base na posição acionária do dia 14 de agosto. Já a BB Seguridade (BBSE3) anunciou o pagamento de R$ 817,85 milhões em dividendos referentes ao primeiro semestre de 2013.  

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.