B2W dispara 14%, enquanto Oi fecha com alta de 8,77% e LLX sobe 8,86%

Papéis da B2W Varejo ganharam força durante a tarde; CCX fechou com ganhos de 16,25%, refletindo rumores de que a companhia poderia ser vendida

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Amenizando as perdas durante a tarde, o Ibovespa fechou esta sexta-feira (19) com queda de 0,54%, aos 47.400 pontos – acumulando ganhos de 4,10% durante a semana. O grande destaque do índice ficou com a B2W Varejo (BTOW3), cujas ações dispararam durante a tarde e fecharam com alta de 14,06%, aos R$ 10,79 – acumulando ganhos de 21,24% na semana. 

Outro papel que se destacou durante a tarde foi a LLX Logística (LLXL3), de Eike Batista, que fechou com ganho de 8,86%, aos R$ 0,86. A CCX Carvão (CCXC3), também do megaempresário, fechou com alta de 16,25%, aos R$ 0,93 – refletindo rumores de que a companhia poderia ser vendida. 

Por outro lado, as ações da Oi (OIBR3OIBR4) seguem em fortes ganhos neste pregão, após subirem cerca de 5% na véspera. Os papéis ordinários registram valorização de 6,27%, a R$ 4,24, enquanto as preferenciais sobem 8,77%, a R$ 3,97. No pregão de ontem, a agência de classificação de risco Moody’s destacou que a venda de R$ 2,4 bilhões em ativos pela companhia são positivas. Isso porque reforça o saldo de caixa da empresa e reduz a alavancagem.

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Elétricas chamam a atenção do mercado
Chama atenção neste pregão as ações das elétricas, com destaque para Eletrobras (ELET3-2,33%, R$ 4,62; ELET6, -2,61%, R$ 8,94), Transmissão Paulista (TRPL4-3,30%, R$ 32,25) e Cemig (CMIG4, -0,14%, R$ 20,72). Pesou nas ações a notícia de que o TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou um sobrepreço bilionário nas contas que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) fez dos cálculos residuais para determinar o reembolso para as companhias que renovaram as concessões antecipadamente.

Relatório do ministro do TCU, José Maurício Monteiro, com base numa amostra de linhas de transmissão que tiveram o contrato de concessão prorrogado, encontrou discrepâncias superiores a 350% entre as avaliações feitas pela Aneel sobre o custo de construção e as realizadas pelo órgão de controle. 

CPFL Renováveis estreia na bolsa em queda
No dia de estreia na bolsa, as ações da CPFL Renováveis (CPRE3) registraram queda de 3,92%, sendo cotadas a R$ 12,02. O papel acompanhou o desempenho negativo de outras elétricas, que caíram forte após o TCU encontrar diferenças bilionárias em indenizações. 

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Na quarta-feira, a companhia precificou o papel em R$ 12,51 por ação em seu IPO (Inicial Public Offering) – menor valor dentro da faixa indicativa da operação -, movimentando R$ 1,035 bilhão, com a venda de 82,7 milhões de ações. As ações da companhia fazem parte do Novo Mercado da BM&FBovespa.

Com suspeita de ganhos indevidos, CCR cai mais de 2%
Em meio à realização de auditorias pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) concluindo que as concessionárias teriam um ganho indevido de R$ 2 bilhões em São Paulo com a cobrança de pedágios, as ações das empresas do setor registraram queda. 

As ações da CCR (CCRO3), chegaram a cair 3,18% no intraday, mas fecharam com perdas de 0,06%, aos R$ 17,29. Segundo a equipe de análise da Planner Corretora, seriam as mais afetadas por isso. De acordo com a corretora, o montante total em discussão representa 6,6% do valor de mercado da companhia (R$ 30,5 bilhões) e um trimestre inteiro de arrecadação de pedágio. A Ecorodovias (ECOR3-0,65%, R$ 15,20) e Arteris (ARTR3-0,54%, R$ 20,29), também registram baixas nesta sessão.

Ação do Bradesco gera ansiedade antes do balanço
Uma das maiores e mais sólidas empresas do mercado brasileiro, o Bradesco tem vivido momentos conturbados na Bovespa, bem diferentes daqueles vistos há pouco, quando em 22 de maio sua ação preferencial (BBDC4) atingiu seu maior patamar da história (R$ 34,73, considerando o ajuste de dividendos pagos).

Dois motivos ajudam a explicar esta turbulência: além da cada vez mais forte expectativa de perdas milionárias em operações de tesouraria, devendo impactar o resultado do 2º trimestre – que, aliás, será divulgado na manhã da próxima segunda-feira (22) –, o mercado tem visto o “descolamento” entre as ações ordinárias (BBDC3) e preferenciais do banco atingir os menores níveis dos últimos 15 anos, embora o motivo para isso ainda seja desconhecido.

A explicação para a queda vem da chamada “marcação a mercado” que os títulos de renda fixa sofrem quando há uma mudança de cenário na política monetária. Basicamente, a marcação a mercado consiste na readequação dos preços de um determinado título de renda fixa ao novo fluxo de caixa. Com as altas nos juros anunciadas pelo Copom, houve um aumento na taxa de desconto utilizada para trazer este fluxo de caixa para o valor presente, diminuindo o valor de face do título – resumindo: a Selic subiu, o preço do título caiu. Nesta sessão, as ações ordinárias do banco registraram queda de 2,54%, a R$ 31,05, enquanto as preferenciais caíram 1,59%, a R$ 27,77.

Agrenco sobe 4% após esclarecer plano de recuperação judicial
As ações da Agrenco (AGEN11) subiram 6,00%, a R$ 0,53, após atingirem valorização máxima de 8,0%, a R$ 0,54. Na noite da véspera, a empresa anunciou que apresentou uma petição à Justiça em complemento ao plano de recuperação judicial, para esclarecer informações sobre o critério de cálculo de remuneração adicional aos credores. Vale mencionar que no pregão anterior ao anuncio os papéis da companhia subiram 23,81%.

A empresa esclarece que há previsão de uma remuneração adicional – chamada Warrant – para os credores classe II e os credores extraconcursais aderentes. A remuneração será calculada caso o plano seja aprovada. 

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