Ibovespa cai mais de 2,5%, com todas as 71 ações do índice apontando queda

Se mantiver a tendência, índice atingirá seu menor fechamento desde agosto de 2011; possíveis decisões de BCs e explosão em aeroporto de Atlanta também repercutem no mercado

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – Digerindo os sinais nada otimistas vindo da Europa e do Japão, o Ibovespa caminha para seu terceiro dia seguido de queda, apontando nos minutos iniciais desta terça-feira (11) um recuo de 2,49%, a 50.022 pontos. Na mínima do dia ele chegou a cair 2,60%, quando atingiu 49.980 pontos. Se mantiver esta trajetória, o benchmark da bolsa brasileira poderá atingir seu menor fechamento desde agosto de 2011.

Não obstante as referências negativas, veicula-se entre os operadores a notícia de uma explosão ocorrida há pouco no aeroporto de Atlanta nos EUA. Segundo notícia da CBS Atlanta e da My Fox Atlanta, não há registro de feridos, nem de fumaça ou fogo, mas a explosão cortou a energia no saguão do aeroporto. Os índices acionários norte-americanos apresentam queda de quase 1% neste começo de pregão.

Neste momento, nenhuma das 71 ações que fazem parte do índice apresentam alta. Dentre as maiores quedas, destaque para as empresas do Grupo EBX, de Eike Batista, como OGX Petróleo (OGXP3, R$ 1,22, -5,43%), LLX Logística (LLXL3, R$ 1,40, -6,04%) e MMX Mineração (MMXM3, R$ 1,60, -4,19%). A queda de mais de 1% das duas principais ações do Ibovespa – Vale (VALE3, R$ 29,95, -1,67%; VALE5, R$ 28,17, -1,50%) e Petrobras (PETR3, R$ 17,40, -1,86%; PETR4, R$ 18,61, -1,43%) – colabora para mais um dia negativo do índice.

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O ambiente negativo reflete a falta de ação do Bank of Japan, que manteve sua política monetária inalterada. Apesar do movimento ser esperado pelo mercado em geral, alguns agentes de mercado trabalhavam com a hipótese de que fossem criadas novas medidas para estimular a economia do país. Com a manutenção das medidas, os índices asiáticos caíram forte neste pregão, com o Nikkei do Japão registrando queda de 1,45%, a 13.318 pontos, muito distante dos 15 mil pontos alcançados no final de maio, quando bateu seu maior patamar desde 2008.

Na Europa, ganha destaque o primeiro de dois dias da audiência sobre a legalidade do programa de compra de títulos do BCE na Corte Constitucional da Alemanha. O Banco central alemão acredita que o mecanismo pode limitar a independência do BCE. Em entrevista à emissora alemã ZDF, Mario Draghi, presidente do BCE, deixou claro que só irá intervir financeiramente nos países problemáticos da zona do euro se houver uma crise de confiança que ameace a solvência dos mesmos.

Os mercados europeus também apresentam queda próxima de 1% nesta sessão. 

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Agendas norte-americana e brasileira
Nos EUA, o Wholesale Inventories, relatório que contém informações sobre as vendas e os estoques do setor atacadista norte-americano, será divulgado às 11h. O mercado espera menor crescimento do estoque, com projeção de alta de 0,2% em abril, ante aumento de 0,4% registrado no mês anterior.

No cenário doméstico, o dia começou com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apresentando o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da primeira quadrissemana de junho, que avançou 0,13%. O índice de preços fechou maio com alta de 0,10%.