Vale cai pelo 5º dia seguido; MSCI guia altas e baixas da sessão: confira

Além disso, ações da Eletrobras registram maiores altas do índice, enquanto MPX e OSX disparam

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em uma sessão com um noticiário bastante agitado, que repercute o final da temporada de resultados do primeiro trimestre de 2013 e o rebalanceamento do índice MSCI (Morgan Stanley Capital Markets), o Ibovespa iniciou o dia com forte volatilidade. Entretanto, ele ganhou forças no início da tarde e apresenta, às 13h01 (horário de Brasília), alta de 0,61%, a 55.273 pontos.

Impulsionando a alta do índice, estão as ações das elétricas. Diversas empresas do setor divulgaram os seus números na noite da véspera, com destaque para a Eletrobras (ELET3, ELET6), que lidera os ganhos do Ibovespa nesta sessão.  

A Eletrobras fechou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 35,8 milhões, ante perda de R$ 1,267 bilhão no mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, a receita líquida da estatal recuou 15,6%, passando de R$ 8,05 bilhões para R$ 6,8 bilhões. 

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As ações ordinárias da elétrica avançam 9,13%, a R$ 5,14, enquanto as preferenciais registram valorização de 7,97%, a R$ 8,94. Um pouco mais distante figuram os ativos da Cemig, Transmissão Paulista (TRPL4), que avançam 2,02%, 0,71%, a R$ 21,75, R$ 35,24. 

A Cemig registrou lucro líquido de R$ 865,3 milhões no primeiro trimestre, 37% maior do que o obtido em igual 2012, de R$ 631,4 milhões. Enquanto isso, a Transmissão Paulista registrou receita líquida de R$ 200,8 milhões, queda de 59,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, enquanto o lucro líquido caiu 65,4%. 

Ainda entre as empresas que divulgaram resultados, divergem deste movimento ascendente as ações da Celesc (CLSC4) e Equatorial (EQTL3), que registram desvalorização de 1,77% e 2,13%, respectivamente, a R$ 22,79 e R$ 20,72. Já os papéis da Coelce (COCE5) e Copel (CPLE6) operam com leves baixas, com queda de 0,60% e 0,22%, a R$ 48,00 e R$ 36,03, nesta ordem.

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Confira: Eletrobras, Cemig e Transmissão Paulista sobem com resultados

Ação da Vale chega a cair 2%, mas ameniza perdas 
Por sua vez, mesmo amenizando as perdas durante a sessão, as ações da Vale (VALE3;VALE5) registram o quinto dia seguido de queda. Os papéis ordinários chegaram a ter baixa de 2,68%, enquanto os PNA tiveram baixa de 2,20%. Entretanto, as perdas diminuem no decorrer desta sessão, apontando para uma quase estabilidade, com leve queda de 0,5%

Na semana, os ativos acumulam queda de cerca de 7%. Os papéis da mineradora sofrem em meio às piores perspectivas para a China, que é um dos maiores compradores de seus produtos. 

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Mesmo em meio à uma produção industrial decepcionante no gigante asiático e com a possibilidade de apresentar uma desaceleração do seu crescimento, os papéis da mineradora sofrem, assim como as siderúrgicas que compõem a bolsa. Segundo informações da imprensa local, o governo chinês pode reduzir a expectativa de crescimento do país em 2014 para 7% – a meta deste ano é de 7,5%.

MSCI divulga rebalanceamento das carteiras
Em destaque ainda, esteve a divulgação do MSCI na véspera, com a revisão semestral das carteiras teóricas de seus principais índices de ações, incluindo o indicador que abrange apenas papéis brasileiros. As mudanças entrarão em vigor no dia 31 de maio.

Estas revisões costumam ter impacto direto no desempenho das ações, tendo em vista que os papéis que fazem parte destes índices ganham maior atratividade de fundos de investimento internacionais – que movimentam grande quantia de capital.

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Três ações brasileiras ingressaram no índice MSCI global: M.Dias Branco (MDIA3), Suzano (SUZB5) e Taesa (TAEE11). Outras cinco saíram do benchmark: PDG Realty (PDGR3), Dasa (DASA3), Oi ON (OIBR3), Light (LIGT3) e Eletropaulo (ELPL4).

Reação das ações
Algumas ações responderam fortemente às mudanças no índice. O papel da PDG é um deles: seus papéis chegaram a cair mais de 5% no início da sessão, mas logo se recuperaram e apontam para estabilidade. Já os units da Taesa registram alta de mais de 5% – vale mencionar que a companhia divulgou seus resultados trimestrais na noite anterior, o que também pode estar influenciando no movimento dos ativos.

Já a Eletropaulo, embora tenha sido retirada do MSCI Brazil, vê suas ações subirem 5,80%, estando cotadas a R$ 8,57. 

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MSCI Small Caps
As 5 ações retiradas do MSCI Brazil migraram para o MSCI Small Caps, que ainda receberá outros oito papéis brasileiros: BrasilAgro (AGRO3, R$ 10,03, -0,20%), CCX (CCXC3, R$ 3,88, +1,04%), OSX (OSXB3, R$ 2,42, +5,22%) – que vê seus papéis registrarem forte alta – Linx (LINX3, R$ 36,90, +1,10%), Direcional (DIRR3, R$ 15,25, +1,13%), Queiroz Galvão (QGEP3, R$ 12,33, -0,32%), São Carlos (SCAR3, R$ 45,16, -1,48%) e Tereos (TERI3, R$ 3,26, +2,19%).

Contudo, 4 ações brasileiras serão retiradas deste índice: Grendene (GRND3, R$ 21,63, -3,78%), Paraná Banco (PRBC4, R$ 14,51, -0,62%), Pet Manguinhos ON (RPMG3, R$ 0,25, -3,85%) e Viver (VIVR3; R$ 0,68, -1,45%).

OSX e MPX: fortes altas
Duas companhias do grupo EBX, de Eike Batista, veem as suas ações registrarem forte alta na sessão desta quinta-feira (16). Os ativos OSXB3 têm forte alta com a entrada no MSCI. Vale ressaltar que, na última sessão, a companhia também divulgou o seu resultado do primeiro trimestre de 2013, A companhia revelou, na véspera, um prejuízo líquido de R$ 20,7 milhões, revertendo um lucro de R$ 10,2 milhões na comparação com o mesmo período do ano passado. 

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Veja mais: MSCI traz mudanças para as ações brasileiras

OSX reverte lucro e registra prejuízo de R$ 20,7 milhões

Já a MPX Energia (MPXE3) vê seus papéis registrarem alta de 8,05%, a R$ 9,26, no mesmo horário.  A companhia divulgou, na manhã desta data, que firmou acordo com a OGX para adquirir participação de 50% em quatro blocos exploratórios na Bacia do Parnaíba, arrematados pela companhia de petróleo no 11º leilão da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), realizado em 14 de maio.

“Apesar do valor não ter sido muito representativo, este acordo pode influenciar as ações positivamente. Isso em meio à forte volatilidade das ações do grupo EBX, que apresentam movimentos bruscos de alta ou baixa refletindo as expectativas dos investidores para as empresas do grupo”, aponta o analista da Geral Investimentos, Carlos Müller. 

Veja mais: MPX pega carona nos blocos arrematados pela OGX e ação sobe

Entre acordo para comprar bloco e entrada no MSCI, ações de MPX e OSX disparam

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.