Ibovespa cai mais de 1%, com fraca criação de emprego nos EUA; OGX cai 10%

Criação de postos de trabalho na economia norte-americana tem menor crescimento dos últimos 10 meses em março

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – Após a divulgação do relatório de emprego dos EUA, o Ibovespa abre em queda de 1,32%, a 53.930 pontos, na cotação das 10h42 (horário de Brasília), indicando mais um dia negativo no mercado brasileiro – na véspera, o benchmark da BM&FBovespa fechou no seu menor patamar desde julho do ano passado.

Colaborando para o movimento negativo do índice neste começo desta sexta-feira (5), os papéis da OGX Petróleo (OGXP3), que detêm 2,274% de participação na composição do Ibovespa, já recuam mais de 10% no mesmo horário, cotados a R$ 1,77. Na última sessão, as ações da companhia despencaram mais de 10%, atingindo seu menor fechamento da história (R$ 1,98).

Dentre os papéis que são negociados nesta manhã, destaque negativo para empresas de diversos setores, como siderurgia e mineração com CSN (CSNA3, R$ 8,26, -4,18%) e MMX Mineração (MMXM3, R$ 1,78, -6,3%); bancos com Santander BR (SANB11, R$ 13,76, -2,48%) e a companhia de aviação GOL (GOLL4, R$ 10,48, -3,50%).

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Relatório de trabalho decepciona nos EUA
Segundo relatório do Departamento de Trabalho dos EUA, o país criou 88 mil postos de trabalho, quantidade abaixo dos 192 mil projetados pelo mercado, e dos 268 mil vistos no mês passado, segundo dados revisados. No mês de março, a criação de empregos foi a menor registrada em 9 meses.

Por outro lado, a taxa de desemprego nos EUA recuou de 7,7% para 7,6% entre fevereiro e março, enquanto a expectativa do mercado era de estabilidade da taxa. Já a média de horas trabalhadas nas empresas do país, o Average Workweek, ficou em 34,6 por semana, acima da média do mês anterior, de 34,5.

Lá fora, os principais índices norte-americanos também recuam forte, com queda de 1,07%, a 1.543.05 pontos, do S&P 500, desvalorização de 1,51%, a 3.176.53 no Nasdaq Composite enquanto o Dow Jones cai 0,95%, a 14.466.95 pontos.

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Outros indicadores
A balança comercial norte-americana registrou resultado melhor do que o esperado em fevereiro, com déficit de US$ 43 bilhões, ante US$ 44,5 bilhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de que o número aumentasse para US$ 44,6 bilhões.

Mais tarde, às 16h, será divulgado o indicador de crédito ao consumidor, que também apresenta perspectivas desanimadoras no mercado.

Gripe aviária preocupou investidores asiáticos
Na Ásia, receios com a gripe aviária derrubaram o índice Hang Sang, de Hong Kong, que fechou a sessão em queda de 2,73%. Em contrapartida, o índice Nikkei do Japão subiu 1,58%, tendo alcançado alta de 4,7% na máxima do pregão, ainda repercurtindo as mudanças na política monetária promovidas pelo Bank Of Japan na última quinta-feira (4).

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Na China, os mercados ficaram fechados por conta do feriado nacional.

Índices europeus em queda após indicadores
Já na Europa, os principais índices europeus desabam após dados sobre vendas no varejo na região caírem 0,3%, ante alta de 0,9% no mês anterior. Também foi divulgado o PIB (Produto Interno Bruto) final europeu, que apontou queda de 0,6%, resultado já esperado pelo mercado.

Com isso, os índices europeus caem forte nesta sessão, com destaque negativo para o francês CAC 40 (-1,91%), o inglês FTSE 100 (-1,69%) e o espanhol Ibex 35 (-0,83%). O índice alemão DAX cai 1,86% apesar de dados mostrarem aumento de 2,3% nos pedidos feitos à indústria local, ante expectativa de alta de 1,2% e queda de 1,6% registrada no mês anterior.