Ibovespa tem início de pregão instável e alterna entre perdas e ganhos

No cenário internacional, investidores continuam a realizar lucros enquanto preocupação com a Espanha continua no centro das atenções

Fernando Ladeira

Publicidade

SÃO PAULO – Em um início instável, os minutos iniciais do Ibovespa são marcados pela variação entre ganhos e perdas. Depois de chegar a subir 0,53%, o índice rapidamente passou para o campo negativo e, às 10h19 (horário de Brasília), tem leve alta de 0,11%, aos 61.876 pontos.

No mercado internacional, além dos invsetidores optando por embolsar os ganhos recentes nas ações, o foco se volta para o desenrolar da crise na Europa. Ainda sem nenhuma decisão quanto ao resgate, a vice-primeira-ministra Soraya Sanez diz à imprensa internacional que o país continua a avaliar as condições. Apenas com um pedido formal de ajuda o BCE (Banco Central Europeu) poderá entrar no mercado para comprar títulos públicos.

Altas e baixas
Nesse momento inicial, as ações da Eletropaulo (ELPL4, R$ 19,10, +1,92%), Cemig (CMIG4, R$ 27,86, +1,79%), BM&FBovespa (BVMF3, R$ 12,92, +1,73%), Dasa (DASA3, R$ 12,85, +1,58%) e CCR (CCRO3, R$ 17,39, +1,22%) se destacam no Ibovespa como as maiores altas.  

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Europa continua a preocupar
Nessa espera pela compra dos papéis, o rendimento dos títulos espanhóis no mercado secundário volta a superar os 6%, fato que não ocorria desde que o BCE anunciou o programa de compra de títulos, há cerca de duas semanas. Por sua vez, o Tesouro do país realizou um leilão bem sucedido nesta data, com juros abaixo da última emissão e um valor captado ligeiramente acima do projetado, de € 4,57 bilhões.

Mas as perspectivas no Velho Continente continuam fracas. O índice de expectativas ZEW passou de um valor negativo de 25,5 em agosto para o território também negativo de 18,2, em setembro. Apesar da melhora, analistas esperavam um número ligeiramente melhor, em uma queda de 17. 

Nos EUA, discursos e indicadores
Em discurso nesta manhã, Charles Evans, presidente do Federal Reserve de Chicago, afirmou que a nova rodada de compra de títulos nos EUA era necessária. Para ele, a instituição tomou um forte passo em direção à condicionalidade ao dizer que o país continuará a intervir enquanto o mercado de trabalho permanecer fraco.

Continua depois da publicidade

Na agenda, apenas alguns indicadores que não costumam trazer grande impacto ao mercado: o déficit em conta corrente no segundo trimestre foi ligeiramente menor do que se esperava – US$ 117,4 bilhões, contra US$ 126,8 bilhões esperados -, assim como a demanda estrangeira por títulos do país disparou em julho, ao passar de US$ 9,3 bilhões no mês anterior para US$ 67 bilhões. 

Ainda nessa data os presidentes regionais do Federal Reserve de Nova York e Richmond farão discursos. Assim como Evans, espera-se que os dois falem sobre os impactos do novo programa de compra de títulos, conhecido como QE3 (quantitative easing 3).