Depois de instabilidade, Ibovespa se firma no campo negativo

Investidores aguardam o fim da reunião do Federal Reserve, marcada para esta tarde; ações de MRV e Oi caem forte

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – Depois de um início de pregão instável, o Ibovespa se consolidou em fortes perdas nesta quarta-feira (1), data em que os investidores esperam o fim da reunião do Federal Reserve. Por volta das 10h55 (horário de Brasília), o principal índice de ações da bolsa brasileira cedia 0,75% aos 55.678 pontos.

Dentre os papéis que são negociados nesta manhã, a MRV (MRVE3, R$ 10,67, -4,30%), fica como destaque negativo, depois do anúncio de que as filiais da construtora foram incluídas em cadastro de trabalho escravo. OI ON (OIBR3, R$ 11,37, -3,56%), OI PN (OIBR4, R$ 9,82, -3,54%),  Bradespar (BRAP4, R$ 29,82, -2,96%) e Usiminas  (USIM5, R$ 7,19, -2,57%) também figuram na ponta vendedora. 

Na terça-feira, o benchmark interrompeu uma série de três altas, ao fechar com baixa de 2,00% aos 56.097 pontos. No ano, o indicador acumula perdas de 1,16%.

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Reunião do Fed
O banco central norte-americano anunciará sua decisão de política monetária ainda nesta tarde. Atualmente, a taxa básica de juros dos Estados Unidos encontra-se no patamar mínimo histórico, entre zero e 0,25% ao ano.

O Fed realizou duas rodadas do chamado afrouxamento quantitativo desde a quebra do Lehman Brothers em 2008, comprando US$ 2,3 trilhões em títulos para impulsionar a economia. Porém, o mercado acredita que a terceira rodada do programa só venha no encontro previsto para setembro.

Agenda norte-americana
Do lado econômico, o setor privado dos EUA criou mais empregos do que o esperado em julho, de acordo com a consultoria ADP. Já o PMI (Índice de Gerentes de Compras) do setor industrial do país caiu para 51,4 em julho, segundo o Markit Economics. O número é menor em quase três anos, mas ainda sugere expansão da atividade, porque permanece acima da linha de 50.

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A agenda norte-americana também inclui o ISM, que mede o nível de atividade industrial do país, e o relatório sobre as despesas com a atividade de construção de imóveis.

Números negativos
Em outras partes do mundo, as dados econômicos são menos animadores. Na Ásia, o PMI oficial do setor industrial da China caiu de 50,2 em junho, para 50,1 em julho – na mínima de oito meses. Já o PMI medido pelo HSBC subiu para 49,3, ante leitura preliminar de 49,5.

Na Zona do Euro, o PMI da indústria completou em julho o 11º mês seguido de contração, ao cair para 44,0, de 45,1 verificados em junho. No Reino Unido, o PMI encolheu para 45,4 no mês passado, de 48,4 em junho. Trata-se da menor leitura em 38 meses.

Mercado nacional
Por aqui, os investidores avaliam a desaceleração do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) em julho e o avanço da produção industrial em junho, enquanto aguardam números sobre o fluxo cambial e a balança comercial.