Ação da Vale ameniza e fecha em leve queda, mas siderúrgicas têm baixa de até 6%; Petrobras sobe até 2% em sessão volátil

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta terça-feira (19)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão desta terça-feira (19) foi de forte volatilidade para o Ibovespa, que chegou a subir 0,72% no início da manhã,  teve queda forte de 1,64%, para depois amenizar durante a reta final, fechando em baixa de 0,5%.

Depois de chegar a cair 2,56% na mínima do dia, a ação da Vale (VALE3, R$ 94,06 -0,27%), que corresponde sozinha a 12% do benchmark da bolsa, amenizou fortemente as perdas na reta final. Por outro lado, siderúrgicas como CSN (CSNA3, R$ 33,04, -5,71%), Gerdau (GGBR4, R$ 25,67, -2,95%) e Usiminas (USIM5, R$ 14,35 -4,71%) seguiram em forte queda durante toda a sessão, com destaque para a baixa dos ativos CSNA3, ainda que longe da baixa de 7,53% na mínima do dia.

Os futuros de referência do minério de ferro recuaram nesta terça-feira depois de terem tocado máxima de quatro semanas na sessão anterior, à medida que um enfraquecimento nas margens do aço na China, maior produtora, pesaram sobre a matéria-prima. O contrato mais ativo do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian encerrou o pregão em queda de 1,4%, a 1.046 iuanes (US$ 161,26) por tonelada, enquanto o contrato na bolsa de Cingapura caía 2,2% no meio da sessão, a US$ 166,50 por tonelada.

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“As margens do aço têm caído rapidamente nos últimos dias. Isso deve motivar algumas siderúrgicas de maior custo a realizar manutenções e consequentemente reduzir o consumo de minério de ferro”, afirmou à Reuters Richard Lu, analista da consultoria CRU em Pequim. Por outro lado, o analista aponta que a expectativa é de que a demanda por recomposição de estoques antes dos feriados de Ano Novo Lunar provavelmente forneça algum apoio para os preços, assim como congestionamentos em portos na China que desaceleraram atividades de descarregamento, o que sustentou a alta do preço spot da commodity na véspera.

Por outro lado, a sessão foi de ganhos para o petróleo, ainda que modestos para o WTI, com alta de 1,18% (US$ 52,98 o barril) do contrato para fevereiro, enquanto o brent (referência internacional) para março avançou 2,1% (US$ 55,90). O desempenho ocorre em meio a um otimismo de que estímulos governamentais impulsionarão o crescimento da economia global e a demanda por petróleo, o que superava preocupações com novos lockdowns contra o coronavírus e seu efeito sobre o consumo de combustíveis. A Agência Internacional de Energia (IEA) reduziu suas perspectivas sobre a demanda por petróleo em 2021, mas aponto para uma recuperação da demanda no segundo semestre para uma média anual de 96,6 milhões de barris por dia.

Contudo, a volatilidade se impôs para as ações das petroleiras durante a sessão. Os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 29,12, +1,25%;PETR4, R$ 28,69, +2,21%) chegaram a avançar cerca de 1% no início do dia, viraram para leve queda, mas conseguiram fechar a sessão com ganhos, com destaque para a alta de mais de 2% dos ativos preferenciais (PETR4). A ação da estatal também teve a cotação impulsionada pela recomendação do Credit Suisse, reiterando outperform (desempenho acima da média do mercado) e elevando o preço-alvo de seu ADR PBR de US$ 15 para US$ 16.

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Também no setor de petróleo, a ação da 3R Petroleum (RRRP3, R$ 35,60, +0,51%) fechou em leve alta após saltar até 5,36% depois de ter a cobertura iniciada com recomendação de compra pela XP Investimentos.

Já a PetroRio (PRIO3, R$ 73,50, +0,91%), que abriu em alta e chegou a avançar 2,5% em meio à aprovação da oferta de ações, virou para queda e, no começo da tarde, caía cerca de 3%. Contudo, na reta final, também amenizou as perdas e fechou com leve alta.

A Cyrela (CYRE3, R$ 28,26, -1,02%), por sua vez, abriu com avanço de cerca de 1% após prévia operacional do quarto trimestre considerada sólida, mas amenizou e fechou em  queda.

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Os quatro maiores bancos listados na Bolsa, Santander Brasil (SANB11, R$ 42,97, -2,16%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 30,83, -1,19%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 35,32, -1,70%) e Bradesco (BBDC3, R$ 23,16, -1,86 %;BBDC4, R$ 26,40 -1,60%), por sua vez, fecharam em queda. Notícias desta terça-feira apontaram que o Ministério da Economia tem sentido a pressão por mais despesas no governo, e a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro é vista como um fator a reforçar essa percepção, podendo deixar o governo mais propenso a propor novas medidas de auxílio. “Esperamos que o governo comece com medidas com impacto fiscal neutro… embora medidas com impacto fiscal também sejam provavelmente introduzidas, esperamos que sejam menores em tamanho e duração do que no ano passado”, disseram em nota Gustavo Arruda e Samuel Castro, do BNP Paribas. O banco piorou a projeção para déficit primário em 2021, de 3,0% do PIB para 4,5%.

O dólar reagiu também às notícias sobre o fiscal e fechou em alta nesta terça-feira, com o real destoando de pares e mostrando o pior desempenho global nesta sessão. A divisa comercial subiu 0,77%, a R$ 5,3446 na compra e R$ 5,3456 na venda. A alta da divisa e o cenário positivo para o preço do papel e celulose, por sua vez, impulsionou a ação da Suzano (SUZB3, R$ 65,21, +3,03%), com ganhos de cerca de 3%.

Fora do índice, a IMC (MEAL3, R$ 3,64, -9,00%) chama a atenção, com forte queda por conta da notificação feita pelo KFC por descumprimento de contrato (veja mais clicando aqui).

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Confira mais destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
BPAC11 3.12127 95.15
SUZB3 3.03365 65.21
TOTS3 2.5 29.52
PCAR3 2.47718 78.6
BRKM5 2.21506 25.38

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
CSNA3 -5.70776 33.04
USIM5 -4.71448 14.35
HAPV3 -3.12326 17.37
GGBR4 -2.94896 25.67
WEGE3 -2.8305 89.6

Rede D’Or (RDOR3, R$ 67,90, +0,97%)

No radar de recomendações, o Bradesco BBI iniciou a cobertura para a Rede D’Or com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 82, com potencial de valorização de 22% em relação ao fechamento da véspera de R$ 67,25.

O banco afirma que a empresa vai capitanear a consolidação do mercado, promovendo economias de escala, que permitirão que mantenha margens Ebitda acima da média.

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Segundo os analistas, a rede tem 8% dos leitos no Brasil, e 9% da receita, com eficiência e poder de barganha. Isso impulsiona sua margem Ebitda de 30%, o dobro da concorrência. Atualmente, a empresa opera 51 hospitais, focando nos segmentos de renda média e alta.

O Bradesco BBI diz que o desempenho no setor se baseia no reconhecimento de clientes. A Rede D’Or tem focado em fusões e aquisições em áreas onde não está presente, e na criação de novos empreendimentos em áreas em que está presente e tem o nome reconhecido. Ao contrário de outras redes focadas no setor de renda baixa, a Rede D’Or tem espaço para crescer por meio de fusões e aquisições, afirma o Bradesco.

O banco estima que a empresa pode atingir entre 25% e 30% do mercado até 2025, e destaca que a empresa ainda não está presente em estados-chave, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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3R Petroleum (RRRP3, R$ 35,60, +0,51%)

A XP Investimentos iniciou a cobertura para as ações da 3R Petroleum com recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 55 por ação. A XP destaca que o risco retorno é atrativo com base nos ativos que a companhia já possui.

“Apesar do forte desempenho das ações de 68% desde seu IPO, ainda vemos um risco-retorno assimétrico para a 3R Petroleum, já que, na nossa visão, as ações ainda não precificam: (a) os resultados esperados das campanhas de revitalização a serem implementadas nos campos que a companhia detém, (b) a recente aquisição do Polo Recôncavo e (c) fatores adicionais de geração de retorno como a possibilidade de solicitação do benefício fiscal da SUDENE, que é aplicável a todos os ativos da companhia por estarem localizados na região Nordeste e que já foi concedido para o Polo Macau por um período de 10 anos”, apontam os analistas.

Eles também observam que a assimetria de risco-retorno persiste mesmo em cenários de menores preços de petróleo em relação às nossas estimativas (curva Brent futura de 15 de janeiro) dada a resiliência do portfólio de ativos da companhia, relacionada à natureza dos custos de operação e da baixa necessidade de investimentos adicionais para realizar iniciativas de revitalização.

Petrobras (PETR3, R$ 29,12, +1,25%;PETR4, R$ 28,69, +2,21%)

O Credit Suisse elevou o preço-alvo para o ADR da Petrobras PBR de US$ 15 para US$ 16, com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado).

Prevendo alta do preço do petróleo Brent em 2021, o Credit Suisse elevou sua estimativa para o Ebita de empresas do setor em 20% em 2021 e 6% em 2022. A alta de preços é impulsionada pelo dólar fraco e pela recente decisão da Arábia Saudita de cortar sua produção voluntariamente entre fevereiro e março.

O banco pondera que, apesar de os preços mais altos serem, normalmente, bons para empresas do setor de petróleo, eles trazem preocupações para investidores da Petrobras sobre a possibilidade de interferência política nos preços da gasolina e do diesel. O Credit diz acreditar que os preços de importação da Petrobras estão 10% defasados. Mas afirma que espera que os preços atinjam os patamares internacionais. Além disso, com o desinvestimento em refinarias, esse tipo de risco deverá ser reduzido.

O banco diz avaliar que a Petrobras tem sido capaz de progredir no plano de desinvestimento, focando mais em operações de alta lucratividade, com investimentos menos intensos, e que a empresa está no caminho de reduzir a dívida bruta à marca de US$ 60 bilhões. Isso poderá impulsionar sua política de dividendos, potencialmente antes de 2022.

A Petrobras deve divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2020 em 24 de fevereiro, após o fechamento do mercado. O banco diz que deve ter previsões mais claras já a partir de 2 de fevereiro, quando a empresa deve reportar sobre produção e vendas.

A Petrobras ainda informou que o conselho deliberativo da Petros e o conselho de administração da companhia aprovaram uma nova versão da documentação para abertura do Plano Petros 3 (PP-3), e do processo de migração, após a conclusão, pela Petros, dos ajustes solicitados pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).

O PP-3 será uma opção previdenciária para migração voluntária dos participantes e assistidos dos planos Petros do Sistema Petrobras Repactuados e Não Repactuados.

O processo segue para aprovação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, e aprovação final pela PREVIC. Em nota, a Petrobras afirma que a expectativa de aprovação pelos órgãos fiscalizadores é até fevereiro de 2021, e que o início de operacionalização está previsto para o segundo trimestre de 2021.

Cyrela (CYRE3, R$ 28,26, -1,02%)

A Cyrela anunciou nesta segunda-feira que as vendas contratadas cresceram cerca de 34% no quarto trimestre sobre o mesmo período do ano anterior, para R$ 1,86 bilhão.

Enquanto isso, os lançamentos mais que dobraram, passando de cerca de R$ 1,4 bilhão nos últimos três meses de 2019 para R$ 2,87 bilhões no quarto trimestre do ano passado, com alta de 105,6%.

O valor lançado, correspondente a 25 empreendimentos, também foi 74% maior que o registrado no terceiro trimestre do ano passado, enquanto as vendas tiveram crescimento de 8,7% nesta comparação.

Segundo a companhia, das vendas no quarto trimestre, R$ 310 milhões envolveram estoque pronto, R$ 450 milhões à venda de estoque em construção e R$ 1,1 bilhão à venda de lançamentos.

A Cyrela reportou dados operacionais sólidos no quarto trimestre, segundo o Itaú BBA, que avaliou que houve forte alta nos lançamentos, que atingiram R$ 2,5 bilhões, alta de 83% frente o trimestre anterior, e de 120% frente o mesmo período do ano anterior, impulsionados pela expansão da plataforma para baixa renda. As pré-vendas também mantiveram ritmo sólido.

A velocidade de vendas se manteve em 26%, frente 29% do trimestre imediatamente anterior, com velocidade de lançamento de 38%.

O banco mantém avaliação de outperform para os papéis, com preço-alvo em 2021 de R$ 31,2, frente R$ 28,55 de fechamento de 18 de janeiro.

O Credit Suisse disse avaliar que os resultados operacionais da Cyrela são bons, com bons lançamentos orgânicos e vendas líquidas. O volume de lançamentos ultrapassou em 10% suas projeções, e as vendas ficaram em linha.

O Credit diz que espera métricas saudáveis para o próximo ano, com lançamentos e vendas ainda mais fortes. O banco mantém avaliação de outperform para os papéis, e preço-alvo de R$ 35.

Helbor (HBOR3, R$ 10,52, -2,14%)

A Helbor Empreendimentos divulgou que as vendas Brutas Totais de 2020 atingiram R$ 1,446 bilhão, redução de 16% frente ao ano anterior. Já as vendas Parte Helbor totalizaram R$ 960 milhões, volume 22% menor do que em 2019.

Em 2020, a incorporadora lançou sete empreendimentos totalizando R$ 649 milhões, dos quais R$ 396 milhões Parte Helbor.

“Cabe destacar que esse resultado foi obtido num ano em que realizamos menos da metade de lançamentos registrados em 2019, enfrentando todas as adversidades geradas pela pandemia da Covid-19”, destacou.

Já as Vendas Brutas Totais no quarto trimestre foram de R$ 410 milhões, redução de 12% frente o terceiro trimestre de 2020 e de 40% se comparado na comparação com igual período de 2019.

PetroRio (PRIO3, R$ 73,50, +0,91%)

A PetroRio anunciou que fará uma oferta subsequente de ações (follow-on) de distribuição primária de 29,7 milhões de ações, oferta esta que pode ser acrescida em mais 7,7 milhões de ações, a depender da demanda. A captação para a companhia pode ser de R$ 2,2 bilhões.

O preço oficial será fixado após ser concluído do procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding), marcada para 28 de janeiro.

A PetroRio tem a intenção de usar os recursos para antecipar seu cronograma de investimentos no desenvolvimento dos Campos de Frade, Wahoo, Polvo e Tubarão Martelo e para realizar novas aquisições.

Conforme destaca o Bradesco BBI, se a oferta acontecer aos preços atuais, a companhia conseguirá levantar US$ 300 milhões, acima dos US$ 250 milhões projetados inicialmente, o que pode abrir espaço para novas aquisições.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 24,08, -1,51%), Via Varejo (VVAR3, R$ 14,32, -1,51%), Mercado Livre (MELI34, R$ 85,68, +2,57%), B2W (BTOW3, R$ 80,62, -1,86%)

Em uma avaliação sobre o mercado de e-commerce na América Latina, o Morgan Stanley afirmou que as empresas com as ofertas de categorias mais variadas estão melhor posicionadas, com Mercado Livre à frente, enquanto a Magazine Luiza foca na convergência de canais.

O Mercado Livre fica na dianteira com um marketplace de 300 milhões de produtos, frente cerca de 56 milhões da B2W Digital, 17 milhões do Magazine Luiza e 5 milhões da Via Varejo.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 35,32, -1,70%)

O jornal O Estado de S. Paulo destaca que o  presidente do Banco do Brasil, André Brandão, está garantido no posto, mas o pacote bilionário de redução de custos, anunciado na semana passada como uma das primeiras grandes ações de sua gestão, pode sofrer ajustes.

Eventuais mudanças estão sendo discutidas internamente, disseram três fontes, na condição de anonimato, e que descartam a reversão das medidas. O risco de revisão é monitorado com atenção pelo mercado, que vê em qualquer movimento nesta direção como uma nítida interferência política do governo Bolsonaro no banco, com ações listadas em Bolsa, aponta o jornal.

O Bradesco BBI aponta que, nos últimos dias, os analistas tiveram conversa com diversos investidores locais e alguns deles são acionistas do Banco do Brasil. Eles apontam que, depois de todo o barulho sobre a possível saída do CEO, o grau de ceticismo em relação às iniciativas de corte de custos por muito tempo esperadas aumentou claramente.

“Agora, os investidores parecem esperar que as medidas sejam realmente implementadas antes de tomá-las como garantidas. Por enquanto, a estrutura do plano parece preservada, com alguns ajustes que provavelmente afetarão as agências a serem fechadas (provavelmente não o número total, mas quais deveriam ser fechadas). Neste ponto, preferiríamos ficar à margem antes de termos mais detalhes sobre a implantação do atual plano de reestruturação” apontam os analistas.

IMC (MEAL3, R$ 3,64, -9,00%)

A IMC foi notificada pela rede de lanchonetes americana KFC por descumprimento de contrato, notoriamente em relação às metas e ao prazo de abertura de lojas, afetados, segundo a empresa , pelo cenário de pandemia.

A IMC, que é a master franqueda da KFC no Brasil, afirmou que não chegou a um acordo com a companhia dos Estados Unidos, havendo divergências quanto à aplicação de penalidades e à revisão dos prazos e metas, e que considera abrir um procedimento arbitral contra a KFC para resolver o caso.

Nesse contexto, a empresa  informou que chegou a um acordo com a Pizza Hut, que contempla, dentre outras coisas, a extensão dos prazos do plano de abertura de lojas, reequilibrando os termos do acordo original, que lhe assegura o direito de ser master franqueada exclusiva da rede Pizza Hut no Brasil.

“Em relação à KFC, contudo, ainda não foi alcançado acordo para eventual repactuação do respectivo contrato, havendo divergências quanto à aplicação de penalidades e à revisão de prazos e metas para abertura de lojas. Nesse contexto, a Companhia recebeu, ontem, notificação de denúncia do referido contrato pela KFC, com efeitos imediatos”, apontou.

Adicionalmente, ela tomou conhecimento de que foi negado seu pedido liminar, apresentado em medida cautelar pré-arbitral proposta ontem perante o foro da capital do Estado de São Paulo, de que fosse mantido em vigor o referido contrato até que as divergências entre as partes fossem resolvidas.

“Diante disso, a empresa informou que está analisando as medidas a serem adotadas, que podem incluir o requerimento de procedimento arbitral em face da KFC, a fim de preservar os seus direitos e alcançar uma solução para a controvérsia visando ao melhor interesse da Companhia”, destaca.

Gerdau (GGBR4, R$ 25,67, -2,95%) e Usiminas (USIM5, R$ 14,35 -4,71%)

O Bradesco BBI afirma que os distribuidores de chapas de aço tiveram uma performance superior à do mercado doméstico de aço como um todo, com alta de 6,6% nos carregamentos. Mas, no final do ano, o cenário mudou, com alta do mercado em geral de 23%, frente alta de 9% no mercado de chapas de aço.

O banco diz esperar um mês de janeiro ainda mais forte, em meio a uma cadeia de suprimentos com estoques baixo, o que deve impulsionar volumes e preços. O banco mantém avaliação de outperform para a Gerdau, e neutra (perspectiva de valorização dentro da média do mercado) para a Usiminas.

Simpar (SIMH3, R$ 37,40, +1,52%)

A Simpar informou que sua controlada Vamos Locação de Caminhões, Máquinas e Equipamentos divulgou fato relevante informando a realização de oferta pública de distribuição primária e secundária de ações, no Brasil e nos Estados Unidos.

A oferta consistirá na distribuição primária de 34.215.328 ações e secundária de 11.405.109 ações da Vamos. O preço por ação será fixado após a coleta de intenções de investimento, e a empresa espera que fique entre R$ 21,92 e R$ 28,50.

Energias do Brasil (ENBR3, R$ 20,17, +0,05%)

A elétrica EDP Brasil informou que indicou João Manuel da Cruz à presidência-executiva da companhia, após o atual CEO, Miguel Setas, ter sido nomeado para posição no Conselho de Administração Executivo de sua controladora, a EDP Energias de Portugal EDP.

A companhia disse que convocará uma assembleia-geral de acionistas para deliberar sobre o novo CEO, e que também indicará Setas para assumir o cargo de presidente de seu conselho de administração, em substituição a António Mexia.

O movimento da EDP Brasil vem na sequência de uma assembleia de sua controladora que aprovou Miguel Setas como um dos membros de um conselho executivo que será liderado por Miguel Stilwell de Andrade, com mandato entre 2021 e 2023.

A companhia acrescentou que, apesar das mudanças no comando, “permanece a orientação estratégica da EDP Brasil”.

Eletrobras (ELET3, R$ 33,30 -1,65%;ELET6, R$ 33,74, -1,49%)

O Ministério de Minas e Energia (MME) esclareceu que a aprovação do projeto de lei que trata da privatização da Eletrobras  apenas no segundo semestre deste ano traria prejuízos para o país. Isso porque o Brasil “deixará de ter importantes investimentos, necessários para a manutenção e melhoria do setor elétrico”.

Segundo a pasta, o ministro Bento Albuquerque se referia ao patamar atual da empresa ao dizer que uma eventual demora para analisar o projeto não traria prejuízos.

Em entrevista na noite da segunda-feira, 18, Albuquerque disse que a Eletrobras “não tem recursos que seriam necessários para manter a participação na geração e transmissão de energia, mas está sendo muito bem administrada”.

“Entendemos que é importantíssimo para o setor elétrico que a Eletrobras volte a ter capacidade de investimentos”, acrescentou o ministro na ocasião.

Energisa (ENGI11, R$ 47,76, +0,23%)

A gestora BlackRock ampliou sua participação na Energisa por meio da aquisição de ações preferenciais emitidas pela companhia, informou a elétrica em comunicado nesta segunda-feira.

De acordo com a Energisa, a BlackRock passou a deter 53.206.736 ações preferenciais de emissão da elétrica, o equivalente a 5,02% dos papéis totais da empresa.

Além disso, também atingiu 3.166.296 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações preferenciais com liquidação financeira, que chegam a 0,29% do total das ações preferenciais emitidos pela Energisa.

“A BlackRock declara, ainda, que tal participação não tem o objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da sociedade, servindo estritamente para fins de investimento”, afirmou a Energisa no comunicado.

(Com Agência Estado e Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.