Ação do IRB salta 12% com dados mensais e Cielo avança 8% com novo rumor de venda pelo BB; BDR do Alibaba cai 14%

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (28)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão desta segunda-feira (28) foi de ganhos para o Ibovespa, que fechou acima dos 119 mil pontos, acompanhando principalmente o exterior.

A assinatura do pacote fiscal de US$ 900 bilhões pelo presidente Donald Trump nos EUA, após idas e vindas, chegou a impulsionar os preços do petróleo, assim como o início de campanhas de vacinação na Europa, que compensaram preocupações com a fraqueza da demanda no curto prazo. Contudo, durante a tarde, a preocupação com a demanda voltou a predominar. Com isso, os contratos futuros do petróleo para fevereiro fecharam em queda, de 0,83% para o brent, a US$ 50,86 o barril, enquanto o WTI caiu 1,26%, a US$ 47,62.

O pregão, mesmo com queda para o petróleo na reta final, foi de alta para as ações de petroleiras na B3, como PetroRio (PRIO3, R$ 66,54, +0,62%) e Petrobras (PETR3, R$ 28,65, +0,74%;PETR4, R$ 28,18, + 0,82%), com ganhos de um pouco menos de 1% para as duas.

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No radar da PetroRio, ela anunciou ainda na quinta-feira a contratação dos bancos BTG Pactual, Citigroup, Credit Suisse, Itaú BBA, Safra e Santander para coordenar uma potencial oferta subsequente de ações (follow on) da companhia. A PetroRio ressalta que ainda não definiu nem aprovou a efetiva realização da operação, que depende de condições e aprovações societárias.

Também em destaque, estão notícias sobre a Petrobras, com destaque para a conclusão da venda de ativos da Liquigás, sendo o anúncio feito na quarta-feira. A Petrobras Biocombustível (PBio), subsidiária integral da Petrobras, também assinou na quarta-feira contrato com a RP Participações em Biocombustíveis para venda da totalidade de suas ações de emissão da BSBios por R$ 322 milhões. Já durante a tarde, a companhia anunciou aumento em 5% o preço médio da gasolina nas refinarias e em 4% para o diesel, com vigência a partir da terça, dia 29.

Segundo a estatal, o preço médio da gasolina para as distribuidoras passa a ser de R$ 1,84 o litro, elevação de R$ 0,09. No acumulado do ano, afirma a companhia, o preço tem redução de 4,1%. Já no leilão de fechamento, a petroleira informou que apresentou, hoje, requerimento de arbitragem com demanda indenizatória estimada em aproximadamente R$ 800 milhões, contra a Odebrecht S.A., com fundamento no acordo de acionistas referente à Braskem, por violações aos seus termos. A Braskem não é parte da referida arbitragem, que é protegida por confidencialidade, destacou a companhia.

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Atenção ainda para os papéis do IRB (IRBR3, R$ 8,11, +12,02%), com alta forte, a maior do Ibovespa na sessão: o ressegurador fechou o mês de outubro de 2020 com prejuízo líquido de R$ 23,8 milhões, informou na quinta-feira. De acordo com a companhia, o resultado negativo foi causado por maiores provisionamentos na carteira internacional de vidas, em um impacto único (one off). Além disso, o IRB afirma que os números de outubro também foram influenciados pela transferência/venda de portfólio de sinistros do segmento rural. Sem estes impactos, contudo, a empresa teria registrado lucro líquido de R$ 110,3 milhões.

“Por enquanto, é muito cedo para ter uma visão mais clara do quarto trimestre de 2020. Porém, embora esperemos um resultado ainda fraco, os números de outubro sinalizam uma recuperação sequencial em relação ao terceiro trimestre”, afirmou o analista Luis F. Azevedo, da Safra Corretora. No terceiro trimestre, o IRB teve prejuízo líquido de R$ 229,8 milhões.

A Cielo (CIEL3, R$ 3,81, 7,93%) também ganhou destaque, com ganhos beirando os 8%. Segundo informações de coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, o Banco do Brasil (BBAS3, R$ 39,35, +1,10%) está avaliando se desfazer da sua participação na companhia, mas sem dar mais detalhes. O BB possui uma fatia de 28,65% na companhia.

Bancos também fecharam em alta, caso de Bradesco (BBDC3, R$ 25,06, +0,85%;BBDC4), Itaú (ITUB4, R$ 27,99, 0,97%) e Santander (SANB11, R$ 46,11, +1,95%). O Conselho Monetário Nacional (CMN) flexibilizou as regras sobre distribuição dos resultados de 2020 das instituições financeiras, após restrições adotadas em razão da pandemia do coronavírus.

A flexibilização foi possível, segundo o CMN, porque o “SFN mostrou resiliência ao afastar as previsões mais pessimistas à época do início da pandemia, terminando o ano com uma situação de solidez financeira robusta”. A nova norma também reduz a assimetria entre as instituições financeiras, ao permitir que possam distribuir resultados, inclusive sob a forma de antecipação. Os valores, no entanto, são limitados a 30% do lucro líquido ou equivalente ao dividendo mínimo obrigatório constante de seu estatuto ou contrato social. O que for maior.

A ação da Hypera (HYPE3, R$ 34,90, +3,71%) também teve ganhos expressivos após ter a recomendação elevada pelo Itaú BBA para equivalente à compra.

Destaque ainda para uma empresa fora do Ibovespa, a Paranapanema (PMAM3, R$ 10,00, +2,88%), cujos ativos chegaram a saltar mais de 8%, mas amenizaram: a companhia e o banco Scotiabank Brasil chegaram a acordo pelo qual a instituição financeira concorda em suspender o pedido de falência aberto contra a empresa no início de dezembro, em razão de uma dívida vencida desde agosto no valor de R$ 174,4 milhões.

Atenção ainda para o Brazilian Depositary Receipt (BDR) do Alibaba (BABA34, R$ 41,73, -13,96%), que teve forte baixa seguindo a forte queda dos papéis da gigante de ecommerce chinesa no exterior em meio a uma investigação antitruste por reguladores chineses. Em Hong Kong, os papéis caíram 9%, mesmo após anúncio de recompra de ações no valor de US$ 10 bilhões. Veja mais sobre o caso clicando aqui. 

Confira os destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
IRBR3 12.01657 8.11
CIEL3 7.93201 3.81
WEGE3 3.96585 75.5
CVCB3 3.90707 19.68
HYPE3 3.71471 34.9

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
QUAL3 -1.59307 35.21
GOLL4 -1.18174 24.25
USIM5 -1.09439 14.46
MRFG3 -0.95368 14.54
BRKM5 -0.90361 23.03

Paranapanema (PMAM3, R$ 10,00, +2,88%)

A Paranapanema, maior fabricante de produtos de cobre do país, e o banco Scotiabank Brasil chegaram na última quinta-feira a um acordo após quase um mês de reuniões.

A instituição financeira concordou em suspender o pedido de falência aberto contra a Paranapanema no início do dezembro, que teve início em meio a uma dívida vencida desde agosto no valor de R$ 174,4 milhões.

A companhia informou que as renegociações de suas dívidas com seus principais credores financeiros prosseguem, conforme Fatos Relevantes divulgados em 16 de março e 6 de maio de 2020, com a participação do Scotiabank e demais credores financeiros.

IRB Brasil (IRBR3, R$ 8,11, +12,02%)

O IRB-Brasil Resseguros informou nesta segunda que “a certificação formal da sua regularização só poderá ser apurada com a conclusão das demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2020”. Por isso, a empresa adiou o pagamento de R$ 28,03 milhões em juros sobre o capital próprio, que estava previsto para terça (29). O adiamento ocorrerá até que a Susep (Superintendência de Seguros Privados) certifique formalmente os pontos dispostos no plano de regularização de liquidez apresentado pelo IRB.

Ainda no radar, o ressegurador fechou o mês de outubro de 2020 com prejuízo líquido de R$ 23,8 milhões. De acordo com a companhia, o resultado negativo foi causado por maiores provisionamentos na carteira internacional de vidas, em um impacto único (one off).

Além disso, o IRB afirma que os números de outubro também foram influenciados pela transferência/venda de portfólio de sinistros do segmento rural. Sem estes impactos, a empresa teria registrado lucro líquido de R$ 110,3 milhões.

Estes dados constam do Formulário de Informações Periódicas (FIP) referente a outubro enviado pelo IRB à Superintendência de Seguros Privados (Susep). Ainda de acordo com a empresa, os prêmios emitidos (faturamento bruto) em outubro chegaram a R$ 692,9 milhões, alta de 17,9% em relação ao mesmo período de 2019.

Desse total, R$ 370 milhões foram emitidos nas operações brasileiras e R$ 322,9 milhões, fora do País. O crescimento no Brasil foi de 18,2% no espaço de um ano, e no exterior, de 17,7% no mesmo período.

Ao mesmo tempo, os prêmios ganhos pela empresa ficaram em R$ 423,3 milhões. Houve impacto, nesta linha de resultado, de uma reversão de R$ 118 milhões em razão de perdas com a transferência de portfólio de sinistros rurais.

A sinistralidade total do IRB foi de 82,1% em outubro. Sem os efeitos não-recorrentes, o número teria sido de 59,4%. As despesas de sinistro foram de R$ 347,5 milhões, sendo que R$ 159,3 milhões vieram com o provisionamento extra na carteira de vidas. O índice de sinistralidade ficou abaixo do observado no trimestre encerrado em setembro. Naquele período, de acordo com o IRB, a sinistralidade total foi de 96,2%. Nos nove primeiros meses de 2020, ficou em 104,2%. O IRB acumulou prejuízo de R$ 901 milhões entre janeiro e setembro.

AES Brasil (TIET11, R$ 16,56, +2,99%)

A AES informou, neste domingo (27), que assinou contrato com a Cúbico Brasil para a aquisição pela AES Brasil da totalidade das ações das sociedades de propósito específico (SPE) que compõe o Complexo Eólico MS e o Complexo Eólico Santos. “A conclusão da operação estará sujeita ao cumprimento das condições precedentes acordadas no SPA (Contrato de Compra e Venda de Ações), todas elas compatíveis com esse tipo de operação”, disse a empresa, em fato relevante enviado à CVM.

Segundo a empresa, o valor total da aquisição é de até R$ 806 milhões, sendo R$ 529 milhões de equity; e assunção da dívida líquida do Projeto de R$ 277 milhões (data base dezembro de 2019). “O valor acordado está sujeito a ajustes usuais neste tipo de operação, inclusive pela variação do capital de giro e dívida líquida, e será financiado, em sua totalidade, por meio da capacidade de endividamento adicional do projeto e da Companhia”, disse a empresa, destacando que a compra seria mais um passo da sua estratégia de crescimento e diversificação de portfólio.

Localizado nos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará, costa da região Nordeste, os ativos encontram-se em operação desde 2013 e possuem 158,5 MW de capacidade instalada, 100% contratado no mercado regulado (LER 2009 e LEN 2011).

Com a conclusão da Operação a AES Brasil passará a contar com uma capacidade instalada de 4,0 GW do seu portfólio 100% renovável. “Este projeto está alinhado à nossa estratégia de crescimento e diversificação e a potencial criação de um cluster eólico na região do Nordeste do País”, acrescentou.

“Temos uma avaliação positiva da transação para a AES Brasil, uma vez que estimamos taxas de retorno reais atrativas para os acionistas da companhia com base nos modelos que elaboramos para o complexo. Reiteramos nossa recomendação de compra na AES Brasil, com preço-alvo de R$17 por unit. Notamos que nossas estimativas e preço-alvo não levam em consideração a aquisição dos novos Complexos Eólicos”, avalia a XP Investimentos.

Petrobras (PETR3, R$ 28,65, +0,74%;PETR4, R$ 28,18, + 0,82%)

A Petrobras concluiu na quarta (23) a venda da totalidade da sua participação na Liquigás Distribuidora S.A. para a Copagaz – Distribuidora de Gás S.A. e a Nacional Gás Butano Distribuidora. A Liquigás atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil. A operação foi finalizada com o pagamento de R$ 4 bilhões à Petrobras.

A operação se alinha à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, que passa a concentrar, cada vez mais, seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas, em que a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.

De acordo com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, a finalização da venda da participação na Liquigás representa um marco na estratégia da empresa de desinvestir para reduzir a dívida e focar em ativos de classe mundial.

“Estamos focando naquilo que sabemos fazer melhor e que traz mais valor para os nossos acionistas. A maximização do retorno sobre o capital empregado é um dos pilares do nosso Plano Estratégico para o para o quinquênio 2021-2025. A Copagaz e a Nacional Gás Butano têm grande expertise em comercialização e distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) e darão continuidade ao fornecimento com qualidade e segurança aos consumidores brasileiros”, afirmou.

Já o diretor de Desenvolvimento e Gestão da Copagaz, Zahran Torquato, destacou que a compra da Liquigás traz mais valor à cadeia com o rearranjo de players, aumenta a competição, e quem ganhará com isso é o consumidor. Segundo Torquato, os processos de desinvestimento da companhia vêm impactando a indústria de maneira muito positiva. “Somos a favor da abertura do mercado nos mais diversos setores porque isso trará mais investimentos, mais empregos e, como consequência, um maior crescimento para a economia do país.”

Já o diretor superintendente da Nacional Gás, Celso Rocha, a compra possibilitará um incremento na disponibilidade de GLP aos consumidores. “A aquisição também representa um marco importante na história da Nacional Gás e no setor de GLP. Com isto, nossa empresa poderá aumentar seus negócios e consolidar sua atuação na região Sul e Sudeste do país.”

A Liquigás está presente em quase todos os estados, contando com 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenagem e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados, tendo cerca de 21,4% de participação de mercado.

A Petrobras Biocombustível (PBio), subsidiária integral da Petrobras, também assinou na quarta-feira contrato com a RP Participações em Biocombustíveis para venda da totalidade de suas ações de emissão da BSBios por R$ 322 milhões, informou a petroleira em fato relevante.

Os papéis detidos pela estatal representam 50% do capital da BSBios, que é proprietária de usinas de biodiesel em Passo Fundo (RS) e Marialva (PR) –cada uma com capacidade de produção de 414 mil metros cúbicos por ano.

“O valor de R$ 322 milhões, incluindo ajuste de correção monetária, será depositado em contas vinculadas (escrow), pela participação da PBio na BSBios, e está sujeito a ajustes usuais para transações dessa natureza”, disse a Petrobras.

A empresa acrescentou que R$ 255 milhões serão sacados pela PBio no fechamento da transação, enquanto 67 milhões de reais serão mantidos em conta vinculada para indenização de eventuais contingências.

“O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes usuais”, completou.

Fundada em 2011, a RP Participações em Biocombustíveis S.A. é uma empresa controlada pela ECB Group e seu principal investimento é a participação acionária na BSBios.

“Este momento representa a concretização de mais uma etapa de um sonho”, disse o fundador e CEO do ECB Group, Erasmo Carlos Battistella.

O presidente do grupo empresarial, que agora assume 100% do controle da BSBios, disse ainda que, junto com sua equipe, está construindo um novo planejamento estratégico para a empresa, a ser divulgado após a aprovação do negócio no órgão anti-truste Cade.

“Nosso compromisso é construir um legado através dos biocombustíveis, por meio do desenvolvimento de uma economia sustentável e mais limpa”, afirmou, por meio da assessoria de imprensa.

Bradesco (BBDC3, R$ 25,06, +0,85%;BBDC4)

O Bradesco renovou o seu programa e pretende recomprar até 15 milhões de ações, sendo 7,5 milhões ordinárias e 7,5 milhões preferenciais, segundo fato relevante da última quarta. O programa terá duração de 18 meses, até junho de 2022.

O objetivo é aplicar parcela dos recursos existentes em reservas de lucros, disponíveis para investimentos, na aquisição de ações que serão mantidas em tesouraria para posterior recolocação no mercado. Para os acionistas, a operação possibilita maior retorno financeiro devido ao aumento proporcional do valor dos dividendos/juros sobre o capital próprio (JCP) periodicamente distribuídos por ação, destacou a instituição financeira no documento.

Localiza (RENT3, R$ 66,70, +0,15%)

O conselho de administração da Localiza elegeu nesta segunda-feira Rodrigo Tavares Gonçalves de Sousa para acumular os cargos de diretor de Finanças e Relações com Investidores após pedido de renúncia de Mauricio Fernandes Teixeira.

Tavares ocupa atualmente o cargo de diretor-executivo de Compra de Carros e Desenvolvimento de Negócios na companhia. O mandato se estende até a assembleia geral ordinária de 2021.

Rodrigo Tavares é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais e possui um MBA pela Columbia Business School com ênfase em finanças corporativas. Antes de ingressar na Localiza, Rodrigo foi diretor da área de Private Equity do Pátria.

Oi (OIBR3, R$ 2,22, +2,78%;OIBR4, R$ 2,84, +1,07%), TIM (TIMS3, R$ 14,64, +0,90%), Vivo (VIVT3, R$ 45,90, + 0,90%) e Claro

Segundo informações do jornal Valor Econômico, o Ministério Público Federal junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou a abertura de procedimento administrativo para apurar irregularidades concorrenciais na formação do consórcio que arrematou a unidade de telefonia móvel da Oi por R$ 16,6 bilhões, no último dia 14. Esse consórcio é formado pelas concorrentes Vivo, Claro e TIM.

Vale (VALE3, R$ 87,31, -0,06%)

A Samarco – joint venture da Vale com a BHP — reiniciou gradualmente as operações, com a retomada integrada dos Complexos de Germano, localizado em Mariana (MG), e Ubu, localizado em Anchieta (ES).

As operações reiniciaram com capacidade de produção de 7 a 8 milhões de toneladas por ano (mtpa).

Qualicorp (QUAL3, R$ 35,21, -1,59%)

A Qualicorp Consultoria e Corretora de Seguros comunicou que Arthur Farme d´Amoed Neto apresentou, em 24 de
dezembro de 2020, carta de renúncia ao cargo de membro independente do Conselho de Administração da Companhia, para o qual havia sido eleito na Assembleia Geral Ordinária da Companhia realizada em 30 de abril de 2020 e cujo mandato se estenderia até a próxima Assembleia Geral Ordinária da Quali.

Dessa forma, em reunião realizada em 24 de dezembro de 2020, o Conselho de Administração tomou conhecimento da renúncia e elegeu para o cargo vago Ricardo Wagner Lopes Barbosa como membro independente do Conselho de Administração, pelo prazo restante do mandato unificado de seu antecessor.

O Credit destaca que Ricardo Barbosa é um dos heads do Pátria e o movimento acontece após o aumento de participação na companhia, demonstrando a intenção do private equity de contribuir para a governança.

Gol (GOLL4, R$ 24,25, -1,18%), Azul (AZUL4, R$ 37,77, +0,19%) e Latam

Na semana passada, a Gol pediu que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analise e aplique sanções a suas duas concorrentes por causa de uma operação que, segundo a empresa, pode resultar em efeitos anticompetitivos e prejudicar o consumidor.

A operação em questão é a realização de cinco rotas aéreas conjuntamente. Até outubro, Latam e Azul operavam, separadamente, voos entre Belo Horizonte e Guarulhos, Belo Horizonte e São Paulo, Guarulhos e Porto Alegre, Brasília e Recife e Rio de Janeiro e Vitória.

Há dois meses, porém, as companhias informaram o Cade que passariam a realizar esses voos em parceria, o que significa que uma pode encerrar um voo e passar a vender passagens para o voo da outra, recebendo uma comissão por isso. É um modo que as companhias encontram para reduzir os gastos, mas não perder totalmente a receita, aumentando o número de passageiros por voo e ampliando lucros.

Na petição protocolada pela Gol na semana passada, a empresa afirma que essa mudança na forma de operação da Latam e da Azul pode significar uma concentração de mercado. “O que se tem, na realidade, é uma relevante concentração em termos de capacidade de operação em referidas rotas, o que possibilita às companhias aéreas envolvidas efetivo exercício de seu poder de mercado, em detrimento da Gol (único concorrente das partes em referidas rotas) e, principalmente, dos usuários do serviço de transporte aéreo”, diz a empresa.

Ainda de acordo com o documento, a rota entre Guarulhos e Belo Horizonte seria a que resultaria em maior concentração, com a Azul e a Latam passando a deter 77% dos assentos em 2021, ante 62% no quarto trimestre do ano passado. Na rota entre Brasília e Recife, passaria de 68% para 75%. Veja mais clicando aqui. 

Even (EVEN3, R$ 12,04, -1,23%) e Gafisa (GFSA3, R$ 4,41, -0,23%)

A Even comunicou nesta segunda-feira que a Gafisa  exerceu no último dia 23 a opção de compra dos imóveis que compõem o Hotel Fasano Itaim por 310 milhões de reais.

A transação refere-se a contrato assinado em novembro pela Taperebá, subsidiária da Even, e a Gafisa, que tinha como objeto os imóveis que compõem o Hotel Fasano Itaim, incluindo o restaurante e 32 unidades autônomas do Condomínio Pedroso Alvarenga, localizado na cidade de São Paulo.

“A formalização da compra e venda dos Imóveis e dos Studios, com a assinatura de documentos e o recebimento dos valores, acontecerá no mês de janeiro do ano de 2021”, afirmou a Even em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Eletrobras (ELET3, R$ 36,62, +1,61%; ELET6, R$ 36,73, +1,66%)

A Eletrobras divulgou na quarta o seu Plano Diretor de Negócios e Gestão 2021-2025, com a previsão de investimentos totais de R$ 41,103 bilhões neste período. Segundo o PDGN, o maior volume de aportes acontecerá em 2022, com R$ 10,115 bilhões.

Em relação aos segmentos onde os recursos devem ser investidos, destaque para Angra 3, que vai receber R$ 15,3 bilhões entre 2021 e 2025. Os aportes se concentram principalmente entre 2022 e 2024, com valores entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,5 bilhões por ano.

Em 2021, os investimentos totais previstos pela estatal somam R$ 8,245 bilhões, dos quais R$ 2,813 bilhões vão para Angra 3. A área de transmissão vai receber R$ 1,82 bilhão, enquanto a geração vai ter R$ 1,498 bilhão. As Sociedades de Propósito Específico (SPEs) vão receber R$ 1,431 bilhão, e o segmento Infraestrutura e Ambiental terá orçamento de R$ 684 milhões.

Ser (SEER3, R$ 15,50, +1,24%) e Ânima (ANIM3, R$ 36,03, -0,74%)

A Ser Educacional SEER3.SA exerceu direito para adquirir a Sociedade Paraibana de Educação Cultural (Aspec) e a Sociedade Capibaribe de Educação e Cultura (Socec), no âmbito do acordo com a Ânima, por R$ 180 milhões.

A Aspec é a mantenedora da Faculdade Internacional da Paraíba (FPB) e Socec mantém o Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG) de Recife e Jaboatão dos Guararapes e o Cedepe Business School.

A transação, anunciada nesta segunda-feira, faz parte do acordo fechado entre as duas companhias envolvendo multa contratual relacionada à aquisição pela Ânima dos ativos no Brasil da Laureate.

Inicialmente, a Ser havia optado em receber em dinheiro a multa de R$ 180 milhõe referente à rescisão de acordo envolvendo os ativos da norte-americana.

A Ser também disse que foi prorrogado, por 15 dias desde 27 de dezembro, o prazo para o exercício de direito de opção de compra do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), do Centro Universitário FADERGS e do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação.

Hypera (HYPE3, R$ 34,90, +3,71%)

O Itaú BBA atualizou suas estimativas para a Hypera Pharma e elevou a recomendação para as ações de market perform (desempenho em linha com a média do mercado) para outperform (desempenho acima da média do mercado). O banco diz avaliar que, nos dois últimos trimestres, a empresa mostrou “resiliência operacional na pandemia”, integração acelerada de suas fusões e aquisições e governança corporativa aprimorada.

Desde a última avaliação pelo banco, no final de abril, as ações da Hypera subiram apenas 15%, enquanto o Ibovespa subiu 45%, e a média ponderada do resto do setor de saúde subiu 35%.

O Itaú está atualizando suas estimativas para a Hypera, incluindo as ações em sua lista de compras como outperform (expectativa de valorização acima da média de mercado). A lista inclui Grupo Notre Dame (GNDI3), Qualicorp (QUAL3) e Hapvida (HAPV3).

O banco elevou o preço-alvo da Hypera para 2021 a R$ 41 por ação, frente R$ 36 do preço-alvo para 2020 e R$ 33,65 negociados em 23 de dezembro.

(Com Agência Estado e Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.