Ações de bancos não resistem à realização e se destacam entre as baixas

Depois da disparada da véspera, setor ajuda a pressionar o Ibovespa; units do Unibanco com o pior desempenho

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SÃO PAULO – Depois da disparada da véspera, as ações de bancos ajudam a pressionar o Ibovespa na tarde desta terça-feira (24). Entre eles, o de pior desempenho nesta sessão é do Unibanco, cujas units registram desvalorização de mais de 4%.

Sem grandes novidades pontuais para o setor no mercado doméstico, o foco novamente recai sobre o sistema financeiro norte-americano. O movimento negativo desta terça-feira pode ser creditado a uma realização de lucros ao forte rali da véspera.

Realização

Para reforçar este argumento, a variação negativa das ações do setor nesta sessão segue a magnitude das valorizações da véspera, em menor proporção. Como exemplo, os papéis de melhor performance (+12,1%) na última segunda-feira (UBBR11) apresentam o maior recuo neste pregão (-4,4%).

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Depois do Unibanco, as ações preferenciais de Itaú (-3,1%) e Itaúsa (-2,7%) aparecem entre os destaque de baixa da sessão. Papéis ordinários de Banco do Brasil (-1,9%) e Bradesco (-1,1%) completam a lista.

Geithner e Bernanke

Depois do plano anunciado por Timothy Geithner que relaciona uma cooperação pública/privada para aquisição dos ativos podres em posse do setor financeiro, a notícia desta terça-feira volta a relacionar maior regulação para as operações do segmento.

Empresa Ativo Variação Variação na véspera
Unibanco UBBR11 -4,06% +12,16%
Itaú ITAU4 -2,8% +9,6%
Itaúsa ITSA4 -2,6% +9,3%
Banco do Brasil BBAS3 -1,9% +7,1%
Bradesco BBDC4 -1,08% +7,4%

Ainda sob o debate da questão dos bônus da seguradora AIG, Geithner e Ben Bernanke sentam juntos em Washington para manifestar a necessidade de medidas de maior controle das atividades do setor financeiro como um todo.

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“Como vimos com a AIG, problemas com instituições grandes e interconectadas podem trazer risco sistêmico tanto quando problemas com bancos”, afirmou Geithner.