Ações da Tesla disparam quase 60% em sete dias e batem máxima em seis semanas

Apesar disso, os ativos acumulam perdas de 21% desde o pico histórico de US$ 917,42 atingido em 19 de fevereiro deste ano

Rodrigo Tolotti

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Dando continuidade a um rali que já dura sete pregões, as ações da Tesla saltaram 9% nesta terça-feira (14), chegando a um ganho acumulado de 56% desde o início deste movimento de alta.

Passado o pânico no início da crise, investidores agora enxergam a companhia fundada por Elon Musk como uma das mais bem posicionadas para enfrentar a pandemia e liderar o mercado de veículos elétricos após este evento.

Com os ganhos de hoje, os papéis atingiram suas máximas em quase seis semanas, registrando seu melhor rali de sete dias desde 2013. Apesar disso, os ativos acumulam perdas de 21% desde o pico histórico de US$ 917,42 atingido em 19 de fevereiro deste ano.

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Nesta terça, o impulso para as ações veio de um relatório do Credit Suisse elevando sua recomendação para a companhia e afirmando que ela tem uma “vantagem maior” na transição do mundo para veículos elétricos.

A “interrupção causada pelo coronavírus tornará mais difícil para as montadoras tradicionais equilibrarem a mudança de longo prazo para veículos elétricos diante da interrupção do ciclo no curto prazo”, disseram os analistas.

De acordo com o Credit, mesmo o momento de fraqueza gerado pela pandemia no curto prazo, o mundo, no longo prazo, manterá o movimento de “eletrificação” dos veículos, o que ajuda a Tesla.

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Apesar de animar os investidores, os analistas colocaram a recomendação para as ações em neutra – contra “venda” anteriormente -, com o preço-alvo passando de US$ 415 para US$ 580, o que ainda leva a um potencial de queda de 21% sobre o preço atual.

O rali das ações teve início na semana passada, quando a companhia divulgou seus números de entregas no primeiro trimestre acima das expectativas, apesar de não comentar sobre a meta dada anteriormente de vender mais de 500 mil veículos este ano.

Neste cenário de surto do coronavírus, a Tesla buscou reduções de aluguel em seus centros de serviços e lojas e cortou salários, além de colocar funcionários de licença. Mas o pior caso está em sua principal fábrica, em Fremont, Califórnia, que está fechada desde o fim de março.

Analistas apontam que os principais riscos para a companhia incluem uma menor demanda no segundo trimestre e possíveis escassez de oferta se a paralisação durar até junho. A estimativa é que a fábrica fechada na Califórnia esteja gerando cerca de US$ 300 milhões por semana de queima de caixa.

No acumulado de 12 meses, as ações da Tesla registram valorização de cerca de 170%, contra uma queda de 3% do índice S&P 500 no mesmo período.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.