Ação do Pão de Açúcar salta quase 10%; Braskem dispara 7,8% com novos rumores sobre venda pela antiga Odebrecht e bancos avançam

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (12)

Lara Rizério

(Divulgação)

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SÃO PAULO – O grande destaque de alta de ações ficou para o Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 37,00, +9,79%), que disparou mais de 9%. Na sexta-feira (9), a Leblon Equities informou que retirou todas as estatais da carteira, anunciou o Grupo Pão de Açúcar como sua maior posição, com 8% do portfólio, além de fazer um investimento no Uber.

A Leblon estima que o valor justo da PCAR3 é de R$ 73,50, um potencial de valorização de 98,65% em relação ao fechamento desta sessão, já de fortes ganhos para os ativos. Cabe destacar que os ativos registraram forte queda na primeira sessão após a cisão com o Assaí (ASAI3), mas dobraram de valor desde então, uma vez que os analistas seguem vendo os ativos como atrativos após a operação no início do mês passado (veja mais clicando aqui). Há expectativa sobre os próximos passos do varejista, incluindo eventual venda de ativos (notoriamente da Cnova que, contudo, teve a venda negada pelo GPA, veja mais clicando aqui).

Na sequência, estiveram os ativos da Braskem (BRKM5, R$ 46,76, +7,82%), que já haviam subido forte na semana passada com a notícia do Valor Econômico de que a Odebrecht (hoje Novonor) tinha iniciado novas conversas com possíveis compradores de sua fatia na petroquímica. Nesta data, o Morgan Stanley ainda elevou as suas estimativas para a empresa apontando que, o banco, ao contrário da expectativa do mercado para o final de 2020, o ritmo do mercado petroquímico continua forte em 2021.

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Mas o grande fator para a disparada na sessão foi a notícia do Brazil Journal de que executivos e empresários do setor petroquímico acreditam que a melhor forma da Novonor monetizar a participação na empresa seria a formação de um grande consórcio com empresas internacionais e nacionais e investidores financeiros.

No desenho que está sendo falado nos bastidores do setor, de acordo com a reportagem do blog financeiro, o Mubadala poderia ficar com os ativos da Braskem no Nordeste. Em São Paulo, a Unipar e a belga Solvay poderiam se interessar pelo antigo polo petroquímico de Capuava. A Ultrapar poderia ficar com o Polo Petroquímico no Rio Grande do Sul e a Petrobras – que divide o controle da Braskem com a Novonor – ficaria com o Polo do Rio.

Os ativos internacionais, de acordo com as fontes ouvidas pelo Brazil Journal, ficaram com players europeus e norte-americanos. A Borealis ficaram com as duas fábricas de polipropileno da Europa e a LyondellBasell, com o México. Os ativos dos EUA poderiam ir para fundos de private equity como Apollo e Advent.

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As ações da Petrobras (PETR3, R$ 23,74 1,02%; PETR4, R$ 23,89, 1,01%) registraram ganhos de cerca de 1% na sessão desta segunda-feira (12), em um dia de noticiário movimentado para a estatal. Mais cedo, os papéis tinham subido cerca de 3%.

Na última sexta-feira (9) a Petrobras informou, via fato relevante, que seu Conselho de Administração aprovou a assinatura de um acordo com a União, que estabelece as participações e o valor de compensação à Petrobras no caso de licitação dos volumes excedentes da Cessão Onerosa nos campos de Sépia e Atapu, na Bahia de Santos. Os destaques do acordo são: (i) pelo campo de Atapu, a Petrobras receberá US$ 3,25 bilhões, e pelo campo de Sépia, a compensação líquida firme será de US$ 3,2 bilhões; (ii) em Atapu, a participação do contrato de cessão onerosa (Petrobras) será de 39,5%, enquanto a de partilha (novo contratante) será de 60,5%. Em Sépia, os percentuais são de 31,3% e 68,7%, respectivamente.

Nesta segunda-feira ocorre a assembleia extraordinária (AGE) que definirá o novo conselho de administração da Petrobras. Na pauta, está a aprovação do nome do general do Exército Joaquim Silva e Luna para assumir um assento no conselho de administração e, em seguida, a presidência da estatal, no lugar do Sr. Roberto Castello Branco.

No mercado de commodities, os preços do petróleo avançaram nesta segunda-feira, com otimismo sobre a recuperação da economia dos Estados Unidos em meio à aceleração da vacinação. Mas o aumento em números de casos de Covid-19 em outras partes do mundo limitaram os ganhos e fizeram os preços serem negociados em um intervalo limitado. O contrato do petróleo Brent para junho subiu 0,52%, a US$ 63,28 por barril, em Londres, enquanto o WTI para maio teve alta de 0,64%, a US$ 59,70 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York.

Em meio à alta do petróleo, as ações da PetroRio (PRIO3, R$ 96,91, +2,56%) também registraram ganhos.

A Eneva (ENEV3, R$ 18,00, +4,29%), por sua vez, avançou mais de 4% após Cade aprovar venda da totalidade de sua participação de 50% na UTE São Marcos para Golar.

De acordo com a Ativa Investimentos, a repercussão é positiva uma vez que majora as condições de liquidez para que a companhia finalize seus próximos projetos sem maiores complicações, como a operacionalização de Jaguatirica II ainda neste ano, Parnaíba V até 2022 e Parnaíba VI até 2024.

“Uma vez que a companhia ainda possui em curso negociações com Petrobras para a aquisição do Polo de Urucu e assinará em junho deste ano o contrato de concessão com a ANP a respeito dos ativos localizados na Bacia do Solimões (AM) e Paraná (PR) adquiridos no 2º Ciclo de Oferta Permanente realizado em dezembro de 2020, entendemos que a alienação de sua participação na UTE São Marcos e por conseguinte, a melhora de sua liquidez e a maior disposição de ativos de gás natural versus carvão no portfolio configuram avanços tanto no provimento de melhor situação financeira como na execução de sua estratégia operacional”, avalia a equipe de análise.

Os bancos também subiram, com atenção para Itaú (ITUB4, R$ 27,30, +2,48%), Bradesco (BBDC3, R$ 22,63, + 2,12%; BBDC4, R$ 25,72, +2,06%) e  Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,55, +1,23%) subindo entre 1% e 2,5%.

Fora do índice, as units do Banco Inter (BIDI11, R$ 188,97, +8,08%) dispararam depois da prévia operacional mostrar mais cedo que o banco digital dobrou número de clientes no primeiro trimestre, com salto de 173% na originação de crédito. O Inter encerrou março com 10,2 milhões de clientes, crescimento de 106% ano a ano, enquanto foram adicionadas 1,8 milhões de contas, alta de 98,3% na mesma base de comparação.

De janeiro a março, a originação de crédito atingiu R$ 3,7 bilhões, salto de 173% frente ao mesmo período do ano anterior, com alta de 118% no crédito imobiliário. A concessão de crédito consignado saltou 246% e a de empresas subiu 160%.

Confira os destaques:

Oi (OIBR3, R$ 1,88 -4,08%; OIBR4, R$ 2,68, -2,19%) 

A Oi comunicou nesta segunda-feira (12) que aceitou a proposta vinculante revisada apresentada pelo Grupo BTG para a aquisição parcial da InfraCo, divisão especializada em fibra óptica da operadora de telecomunicações em recuperação judicial.

A proposta vinculante prevê em 31 de dezembro deste ano o valor de firma (EV) da InfraCo de R$ 20,02 bilhões, considerando uma dívida líquida de R$ 4,107 bilhões, integralmente devida à Oi e a ser repaga em até 90 dias do fechamento da operação.

O valor da operação totaliza R$ 12,923 bilhões, o qual, segundo a Oi, estará sujeito a mecanismos de ajuste com base em determinadas métricas de desempenho da InfraCo.

A proposta vinculante – assinada pela Oi com Globenet Cabos Submarinos S.A., BTG Pactual Economia Real Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e outros fundos de investimento do Grupo BTG – contempla ainda a celebração entre a InfraCo e a Oi e/ou suas afiliadas de contratos de provimento de capacidade e outros contratos operacionais, bem como de acordo de acionistas da InfraCo, entre os proponentes e a Oi.

Os proponentes terão direito de, a seu exclusivo critério, cobrir a oferta de maior valor que seja eventualmente apresentada no referido processo competitivo de alienação parcial da InfraCo (‘right to top’).

Hapvida (HAPV3, R$ 14,81, -0,40%)

O Conselho de Administração da  Hapvida aprovou na noite de  domingo (11) a realização de oferta pública de distribuição primária e secundária, com lote de 133,3 milhões de ações ordinárias e a possibilidade de um lote adicional de 46,6 milhões de ações.

O preço por ação será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento, com base na cotação de fechamento das ações ordinárias da Hapvida na B3 na última sexta, aos R$ 14,87, com possível valor indicativo de R$ 1,98 bilhão para a oferta do lote inicial e R$ 2,67 bilhões se considerado o lote adicional.

Allied (ALLD3, R$ 17,18, -4,56%)

A ação da Allied estreia na B3 na sessão desta segunda-feira, com o preço sendo definido a R$ 18 por ação. A companhia aprovou ainda aumento de capital de R$ 180 milhões. O aumento de capital será mediante a emissão, no âmbito da oferta pública inicial com esforços restritos de distribuição primária e secundária de 10.476.204 ações ordinárias.

A Allied  foi fundada em 2001 e é uma distribuidora varejista de produtos eletrônicos, de marcas como LG, Samsung e Apple. Os bancos contratados para comandar o IPO foram BTG Pactual, Bradesco BBI e Itaú BBA.

Os recursos do IPO serão destinados para investimentos em tecnologia, serviços financeiros, com a expansão da Soudi Pagamentos (sociedade controlada da empresa) e compras de novos negócios e lojas.

Petrobras (PETR3, R$ 23,74 1,02%; PETR4, R$ 23,89, 1,01%)

Dois dos 11 nomes indicados para compor o Conselho de Administração da Petrobras foram considerados inaptos a assumir o cargo por terem atuado em empresas com relação direta com a Petrobras nos últimos três anos. A avaliação é do Comitê de Pessoas da estatal, formado por membros do atual colegiado da empresa e por especialistas independentes.

Se eleitos, os dois candidatos apenas vão assumir o assento com o aval dos acionistas, que estão em reunião em assembleia nesta segunda-feira.

Márcio Andrade Weber teve o nome negado por ter sido diretor da Petroserv até agosto do ano passado. A empresa é uma fornecedora e operadora de sondas da Petrobras. Ele foi indicado pela União, controladora da companhia.

A ata da reunião do Comitê de Pessoas da última quinta-feira, 8, revela que o executivo teria argumentado que não prestou serviço diretamente à estatal. Mas a justificativa não convenceu os avaliadores do seu currículo, que recorreram à Lei das Sociedades Anônimas para respaldar a decisão de considerá-lo inelegível ao cargo.

Segundo a legislação, “são impedidas aquelas que ocupem cargos em sociedades que possam ser consideradas concorrentes no mercado ou que tiverem interesse conflitante”.

O mesmo argumento foi usado pelo comitê de avaliação para negar a indicação de Pedro Rodrigues Galvão de Medeiros por acionistas minoritários. Ele foi diretor do Citibank até dezembro do ano passado. O banco foi responsável pela abertura de capital da BR Distribuidora pela Petrobras.

Além de negar os dois nomes, o comitê interno da estatal fez uma série de ressalvas aos demais candidatos. Os únicos a passar completamente no crivo dos avaliadores foram o atual presidente do Conselho de Administração da empresa, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Cynthia Santana Silveira, Murilo Marroquim e Leonardo Antonelli, que hoje tem um assento de representante dos minoritários no colegiado e poderá se candidatar à reeleição.

Os demais – Sonia Villalobos, Ana Silvia Matte, Ruy Flaks Schneider (atual membro do conselho), Marcelo Gasparino e José João Abdalla Filho – tiveram os nomes aprovados com ressalvas. Alguns deles estão ou estiveram, recentemente, ligados a empresas que podem ter conflito de interesse com a Petrobras. Outros são citados em processos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A renovação do Conselho de Administração da Petrobras acontecerá nesta segunda-feira, na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de acionistas. O atual colegiado será desfeito por determinação legal, que define que todos os conselheiros eleitos em voto múltiplo devem sair se um deles deixar o cargo. Isso acontecerá porque o presidente da empresa e membro do colegiado, Roberto Castello Branco, teve o mandato encerrado. O executivo será substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, após ser alvo de sucessivas críticas do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A Petrobras ainda informou na sexta que seu Conselho de Administração aprovou na sexta a assinatura de acordo com a União, que estabelece as participações em cada contrato e o valor de compensação à estatal no caso de licitação dos volumes excedentes da Cessão Onerosa nos campos de Sépia e Atapu. O Contrato de Cessão Onerosa, celebrado em 2010, entre a Petrobras e a União, incluiu o exercício de atividades de exploração e produção nas áreas de Sépia e Atapu, em volume de produção limitado a 500 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em Sépia e 550 milhões de boe em Atapu.

“Em 2019, diante da ausência de ofertas na licitação em regime de partilha dos volumes excedentes ao contrato de cessão onerosa das áreas de Sépia e Atapu, a Petrobras e a Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA), qualificada como representante pela União, negociaram condições mais competitivas à concretização de nova licitação das áreas, em benefício de ambas as partes”, afirmou a companhia.

O Itaú BBA comentou o anúncio sobre Sepia e Atapu por suas ofertas efetivas. O banco avalia a notícia como positiva por remover incertezas sobre as ofertas. O banco ressalta que o negócio não está refletido nos números do Itaú, e implicam 12% de valorização adicional sobre o atual valor de mercado da empresa, contingente ao sucesso do leilão.

O banco  avalia que a Petrobras parece atrativa, mas avalia que a incerteza é grande devido ao fim do subsídio do PIS/Cofins em 1º de maio. Assim, o banco mantém uma visão cautelosa e avaliação de market perform (expectativa de valorização dentro da média do mercado). O banco mantém preço-alvo de R$ 28 para as ações PETR4.

Vale (VALE3, R$ 103,40, +0,39%)

A Vale informou em comunicado que a Samarco Mineração ajuizou pedido de recuperação judicial perante comarca de Belo Horizonte para evitar que ações iniciadas por credores afetem a capacidade da empresa de manter suas atividades. A Samarco é uma joint venture entre a Vale e a BHP.

Se a reestruturação for aceita pela Corte, a maior parte das ações de credores contra a Samarco no Brasil seria suspensa por 180 dias, que podem ser estendidos por um período equivalente, e a Samarco teria até 60 dias para apresentar um plano de restruturação. Segundo a Vale, a meta da Samarco é reestruturar suas dívidas e evitar ações em curso que poderiam impactar negativamente suas operações e obrigações socioambientais. A Samarco deve ingressar com um pedido de proteção nos Estados Unidos com base no capítulo 117 da lei de falências americana.

Na avaliação do Morgan Stanley, não há implicações materiais para a Vale. O banco afirma que a Vale e a BHP sempre tiveram uma responsabilidade legal e moral de apoiar a Fundação Renova e ajudar a Samarco a pagar pela reparação e pela compensação ligados à ruptura da barragem de Fundão. Além disso, apesar de o custo da dívida potencialmente subir com o pedido da Samarco, a Vale é suficientemente grande e relevante para se refinanciar. O banco diz que acredita que os títulos da Samarco não são garantidos pelos parceiros de capital da joint venture.

O Morgan Stanley mantém avaliação overweight (expectativa de valorização dentro da média do mercado) para a Vale, com preço-alvo de US$ 21, frente aos US$ 18,22 negociados na Bolsa de Nova York.

O Credit Suisse também avalia que o impacto da notícia da Samarco sobre a Vale é “imaterial”. Na avaliação do banco, nem a BHP nem a Vale são garantidores da dívida de US$ 4,7 bilhões da Samarco, que torna um cenário de injeção de capital das empresas sobre a Samarco, ou uma transferência de obrigações para as empresas, improváveis.

Segundo o banco, a tentativa de fazer com que a Samarco entre em recuperação judicial busca garantir continuidade operacional à empresa, já que ações legais de credores incluem pedidos para congelar as contas bancárias até que se chegue a uma renegociação da dívida. Se as ações legais tiverem sucesso, poderiam impactar a capacidade da empresa de continuar a operar. E que as provisões relativas à Fundação Renova já refletem o valor toral que a Vale acredita que será necessário para cobrir custos de reparação ligados à ruptura da barragem de Fundão. Sendo assim, o banco não vê motivos para realizar revisões positivas relativas a provisões.

O Credit Suisse manteve a avaliação de outperform para a Vale, por avaliar que seus papéis estariam excessivamente descontados em relação a empresas australianas, e que há boas perspectivas de ganhos no futuro. O banco espera um rendimento sobe o fluxo livre de caixa de 20% em 2021, e rendimentos de ao menos 9% em dividendos em 2021, presumindo um preço do minério de ferro em US$ 150 por tonelada.

O banco mantém avaliação em outperform, e preço-alvo de US$ 25, frente aos US$ 18,22 negociados na sexta pelos papéis VALE na Bolsa de Nova York.

Nesta segunda, também ocorre  precificação de oferta de debêntures participativas da Vale que pertencem à União e ao BNDES.

Rede D’Or (RDOR3, R$ 69,00, 4,66%)

A Rede D’Or anunciou a assinatura de um memorando de entendimentos vinculante para a aquisição de 51% do Hospital Nossa Senhora das Neves, marcando sua entrada no mercado de João Pessoa-PB (Estado com 423 mil beneficiários de saúde). “Esta é a segunda aquisição em menos de 7 dias e novamente com múltiplos atrativos e espaço para expansão e crescimento orgânico. Em nossa opinião, a notícia é positiva, pois confirma um dos pilares da nossa tese de investimento para a empresa – o crescimento inorgânico. Reiteramos nossa recomendação de compra e preço alvo de R$ 85 por ação”, destaca a equipe de análise da XP.

Fleury (FLRY3, R$ 26,98, 2,24%)

O grupo de medicina diagnóstica Fleury anunciou na sexta a compra de participação majoritária na empresa de clínicas ortopédicas Vita. A companhia acertou acordo para adquirir participação de 66,7% na Vita Ortopedia Serviços Médicos Especializados e da Vita Clínicas Medicina Especializada por R$ 136,8 milhões. Segundo a companhia, a “Vita é referência em consultas e cirurgias ortopédicas assim como sessões de reabilitação, com corpo clínico composto por mais de 40 médicos e 80 terapeutas”.

“O Fleury segue a tendência mencionada de consolidação do setor de saúde e busca a entrada em novos mercados, diversificando a sua atuação da medicina diagnóstica. Vemos o movimento como bastante positivo para a companhia, em linha com a estratégia da concorrente DASA (Diagnóstico das Américas). Vamos acompanhar os desdobramentos e próximos passos da companhia que pode surpreender com novas aquisições”, destaca a Guide Investimentos.

Hypera (HYPE3)

O grupo farmacêutico Hypera, por sua vez, anunciou que acertou a venda de seu centro de distribuição em Goiânia para o fundo de investimento em logística Newport por R$ 231,46 milhões. Segundo a Hypera, o centro era dedicado à antiga operação de produtos de consumo da companhia e estava alugado a terceiros.

Burger King (BKBR3)

O CFO do Burger King Clayton Malheiros pediu demissão e deixa o grupo em 8 de Maio. Gabriel Guimarães, executivo de carreira do grupo foi escolhido como interino.

De acordo com o Credit Suisse, a notícia, apesar de inesperada, tem impacto neutro para a companhia. Guimaraes, atualmente Diretor financeiro e de relações com investidores, começou em 2014 e tomará o cargo de CFO por período indefinido. A companhia reiterou continuidade da estratégia com foco em crescimento e no digital.

Braskem (BRKM5, R$ 34,20, +2,30%)

O Morgan Stanley publicou uma avaliação sobre o cenário para a Braskem.  Segundo o banco, ao contrário da expectativa do mercado para o final de 2020, o ritmo do mercado petroquímico continua forte em 2021, com spreads historicamente altos para os setores de polipropileno e propileno, devido a interrupções na oferta, especialmente após uma tempestade de inverno recente afetar a capacidade do Golfo dos Estados Unidos; alta demanda, beneficiad por maior necessidade de empacotamento na pandemia; e níveis de estoque baixos.

A nova estimativa de Ebitda do banco, de US$ 4 bilhões fica 32% acima de sua estimativa anterior, e 70% acima do consenso do mercado. O banco elevou a expectativa para 2022 em US$ 2,771 bilhões. Com base nas conversas recentes, o banco diz acreditar que investidores estão trabalhando com presunções para o Ebitda em 2021 mais perto de entre US$ 3,5 e US$ 3,9 bilhões.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.