Publicidade
SÃO PAULO – Após oscilar entre perdas e ganhos no início da sessão, o Ibovespa se consolidou no campo negativo, seguindo a mesma tendência das últimas quatro sessões, em que o índice fechou no vermelho. Às 13h19 (horário de Brasília), o índice registrava queda de 0,49%, a 54.970 pontos.
Entre os destaques corporativos, chama atenção as ações da Gol (GOLL4), que caem pelo quinto pregão consecutivo e registram desvalorização de 5,20% nesta segunda-feira, a R$ 11,85, a poucas horas da divulgação do resultado do quarto trimestre.
A expectativa é que a empresa encerre o trimestre com prejuízo ajustado de R$ 210,6 milhões, contra lucro líquido ajustado de R$ 54,3 milhões no mesmo período de 2011, enquanto a receita líquida deve cair 3%, para R$ 2,17 bilhões. As projeções foram compiladas pela Bloomberg.
Continua depois da publicidade
Ações PN da Oi acumulam perdas de 11% em 4 sessões
No mesmo sentido, as ações da Oi (OIBR3, -4,87%, R$ 6,83; OIBR4, -4,60%, R$ 5,81) são fortemente penalizadas neste pregão. Vale lembrar que os papéis preferenciais acumulam quatro sessões no negativo, com perdas de 11,16%.
A operadora recebeu mais cinco multas da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), no total de R$ 7,76 milhões. Com isso, a companhia já acumula no ano multas acima de R$ 70 milhões, enquanto na última sexta-feira a forte distribuição de proventos fez a equipe da Planner questionar a sustentabilidade desse pagamento de dividendos em meio a um pesada necessidade de investimentos.
Ações do Grupo “X” seguem voláteis
Em meio ao noticiário bastante agitado para o grupo EBX, a volatilidade das ações do grupo segue bastante expressiva na sessão desta segunda-feira. A expectativa pela divulgação de resultados da companhia na próxima terça-feira, a entrevista do presidente do BTG Pactual (BBTG11) ao jornal “O Estado de São Paulo” no último domingo e a reação de Eike Batista no Twitter são as referências mais recentes para o mercado nas primeiras horas da sessão.
Continua depois da publicidade
Os ativos da OGX Petróleo (OGXPE3) registram queda de 0,88%, após terem chegado a subir 3,5% na sua máxima do dia e cair mais de 4% na mínima intradiária. Já as ações da MMX Mineração (MMXM3), que lideraram as perdas do índice na última semana com queda de 24%, operam em baixa de 2,88%, a R$ 2,36, enquanto os ativos da LLX Logística (LLXL3) lideram os ganhos do índice, subindo mais de 4% nesta tarde – após caírem 20% no acumulado da última semana.
De acordo com o analista da Amaril Franklin, Eduardo Machado, este movimento ainda decorre do forte volume financeiro movimentado pelos papéis, em meio aos “resquícios” dos fatos positivos observados no início do mês, com a parceria do BTG Pactual com o grupo, e depois com a forte queda dos ativos nas últimas semanas.
MPX anuncia sincronização da 3ª turbina da usina de Parnaíba
Ainda sobre as empresas do Grupo EBX, vale lembrar que nesta manhã a MPX Energia comunicou ao mercado que a terceira turbina da Usina Termelétrica Parnaíba I, com capacidade instalada de 169 MegaWatts, realizou a primeira sincronização com o Sistema Interligado Nacional. No dia 22 de março, a turbina atingiu sua capacidade nominal, 169 MW, e está operando em testes desde então.
Continua depois da publicidade
As ações da companhia registram perdas de 3,19%, sendo cotadas a R$ 9,42 – patamar próximo da mínima do dia de R$ 9,35, ou queda de 3,91%.
Tecnisa cai após prejuízo triplicar no 4° tri
Já fora do Ibovespa, as ações da Tecnisa (TCSA3) são fortemente penalizadas pelo resultado fraco do quarto trimestre. Os papéis registram desvalorização de 3,41%, sendo cotados a R$ 8,21, e chegaram na mínima do dia a queda de 4,12%, a R$ 8,15.
Na noite da última sexta-feira (22), a incorporadora mostrou que teve prejuízo de R$ 105,7 milhões no 4º trimestre de 2012, mais que o triplo das perdas de R$ 32 milhões registradas um ano antes, enquanto a receita líquida recuou 3,9% entre os meses de outubro a dezembro, para R$ 307,4 milhões. O resultado, mais uma vez, foi arranhado por revisões de custos de obras em andamento.
Continua depois da publicidade
Technos adquire Dumond por R$ 182 mi
A Technos (TECN3) comunicou ao mercado nesta manhã a aquisição de 100% do capital votante e 95,84% do capital social da Dumont Saab do Brasil por R$ 182,1 milhões, segundo fato relevante enviado pela companhia à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Em reflexo, as ações da companhia sobem 2,11% nesta sessão, a R$ 25,70, mas atingiram valorização de 6,87%, a R$ 26,90, na máxima do dia.
Com a aquisição, o portfólio da Technos aumentou para 19 marcas, sendo 7 próprias e 12 licenciadas. A companhia passa também a distribuir no Brasil algumas marcas internacionais de relógios, como: Fossil, Michael Kors, Empório Armani, Diesel e Marc Jacobs.
Vale lembra que a aquisição ainda será submetida à ratificação dos acionistas em assembleia geral. No processo, será assegurado o direito de retirada para os que discordarem da operação, no prazo de 30 dias após a publicação da ata da assembleia.
Continua depois da publicidade
Revisão tarifária da Sabesp
A Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) divulgou a revisão tarifária para a Sabesp (SBSP3) no segundo ciclo tarifário. A agência fixou o valor da tarifa média máxima inicial em R$ 2,5312 por metro cúbico de água, resultando em reajuste de 2,35% em relação às tarifas atuais.
O percentual superou o anterior, de 1,94%, mas seguiu bem abaixo do estimado pelo analista da Ágora Corretora, Luiz Otávio Boad, que previa aumento de 8%. Porém, do lado positivo, ele apontou que a Arsesp autorizou o repasse do fundo municipal de São Paulo para as tarifas, no valor de 7,5%, o que é particularmente significativo, considerando que São Paulo é a concessão mais importante dentro do portfólio da Sabesp.
Diante disso, a corretora reduziu o preço-alvo dos papéis para dezembro de 2013, de R$ 131,80 para R$ 123,00 por ação – o que representa um potencial de valorização de 32,63% em relação ao último fechamento. A recomendação, contudo, seguiu de compra.
Fundo executa dívida e Laep pode ser liquidada
Também ganhou destaque nesta manhã o comunicado da Laep (MILK11) de que no dia 22 o GLG Emerging Market Special Situations Fund, de Cayman, iniciou procedimento de execução de valores superiores a R$ 150 milhões contra a empresa nas cortes de Bermudas. A execução poderá, entre outras consequências, implicar na liquidação da Laep.
Em comunicado enviado à CVM, a empresa disse que ainda não é possível determinar todos os efeitos que decorrerão da execução no tocante à sociedade, seus demais credores e acionistas. “Caso seja indicado um ‘administrador judicial’, o mesmo terá por objetivo prioritário a satisfação do crédito do GLG/EMSS3 em detrimento dos empregados, dos demais credores e acionistas da sociedade”, afirmou a empresa.
Por fim, a companhia ressaltou que os procedimentos descritos não afetam as atividades das companhias investidas operacionais, as quais são regidas pela legislação brasileira.
Banco ABC Brasil capta R$ 250 mi com bônus
O banco ABC Brasil (ABCB4) captou na última sexta-feira (22) R$ 250 milhões com títulos de dívida denominados em reais, a primeira emissão da entidade feita com notas na moeda brasileira.
A taxa de rendimento ao investidor dos títulos, que têm vencimento em 2016, ficou em 8,5% ao ano, assim como o cupom (juro nominal), informou o Valor. O grupo fixou no piso da faixa inicialmente pensada para a operação, entre 8,5% e 8,75% ao ano, porém o volume levantado ficou abaixo do intervalo previsto de R$ 300 milhões e R$ 500 milhões.
BRF aumenta produção de frango processado
A BRF (BRFS3), por sua vez, vai aumentar em 38% sua produção de frango processado cozido, assado e empanado para atender canais de distribuição de refeições prontas como restaurantes e lanchonetes no mercado europeu, informou o Valor. A estimativa é fazer com que os produtos processados sejam 17% do total das vendas à Europa, sendo que atualmente representam 12%.
RJCP não considera grupamento de ações
Em reunião do conselho de administração, a RJCP (RJCP3) descartou a possibilidade de realizar, neste momento, qualquer grupamento de ações, conforme sugerido por alguns de seus acionistas minoritários. A ação fechou o pregão da última sexta-feira cotada a R$ 0,02.
A empresa ressaltou, no entanto, que oportunamente, se vier a ser o caso, o conselho poderá voltar a examinar a questão e deliberar.
