Ação da Modal (MODL11) fecha com salto de 44,9% na Bolsa após anúncio de compra pela XP

Na avaliação de analistas do mercado, notícia é positiva para as companhias e representa uma aquisição estratégica para a XP

Mariana Zonta d'Ávila

(Getty Images)

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As ações da Modal (MODL11) negociadas na B3 tiveram forte alta nesta sexta-feira (7), após o anúncio de compra pela XP Inc. (XPBR31).

Os ativos fecharam com salto de 44,91% na Bolsa brasileira, a R$ 12,10.

Segundo comunicado divulgado nesta manhã, a aquisição do Modal se dará com até 19,5 milhões de novas ações “Classe A” da XP – prêmio de 35% sobre o preço médio dos últimos trinta dias do Banco Modal.

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Haverá uma transação para a negociação total por meio de uma reorganização societária, que resultará na incorporação do banco por uma subsidiária da XP Inc..

“Com a proposta de valor complementar dos ecossistemas e diversas alavancas para criação de valor (como relevantes e numerosas sinergias de receitas e de uso de dados), espera-se que a combinação dos negócios agregue valor de maneira consistente e sustentável aos acionistas de ambas as companhias”, escreve a XP, no comunicado.

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da XP Inc. (XPBR31) negociados na B3 fecharam com alta. Os recibos de ações subiram 1,45%, negociados a R$ 156,22.

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Na Nasdaq (EUA), onde os papéis da XP estão listados, o movimento também foi de alta para as ações, encerrando a sessão com ganhos de 2,40%, negociados a US$ 27,74.

De acordo com a XP, a plataforma de investimentos desenvolvida pelo Banco Modal ao longo dos últimos anos, com uma solução bancária completa, será reforçada pela integração com o ecossistema XP e contribuirá para acelerar a oferta de produtos do Banco XP.

Ainda segundo o comunicado, o Banco Modal permanecerá independente e segregado, apesar de fazer parte do ecossistema XP. “Os sócios e executivos atuais da companhia estarão alinhados com nossos objetivos de longo prazo e continuarão administrando o Banco Modal como um ecossistema financeiro independente, procurando oferecer a melhor experiência para seus clientes.”

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Na avaliação da Guide investimentos, a notícia é positiva e representa uma aquisição estratégica para ganho de participação de mercado da XP em prestação de serviços financeiros no mercado doméstico.

Já o Citi diz ver a  transação positiva para ambas as empresas: os acionistas da Modalmais obtêm um upside decente e, apesar de ser um valor implícito inferior ao de seu IPO, segundo o banco, a troca de ações entre as duas ações deprimidas reduz esse problema;

“A XP continua a expandir sua trajetória e deve ter sinergias interessantes com a Modal”, escreve, em relatório. O Citi tem recomendação de compra para as ações da Modal e neutra nos papéis da XP.

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Em relatório, o Bradesco BBI também avalia que a incorporação da Modal pela XP é positiva para ambas as partes. Segundo os analistas, faz sentido para a XP ganhar ainda mais exposição ao segmento B2C, principalmente considerando a forte presença do Modal no mini mercado futuro (câmbio e indexadores).

Do ponto de vista do valuation, o banco estiva que seja acretivo, pois os múltiplos de aquisição estão com um desconto de 10% a 15% em relação ao múltiplo de preço sobre lucro da XP esperado para 2022. O BBI destacou que esperava uma reação positiva ao preço das ações do Modal, incorporando em grande parte o prêmio de cerca de 50% sobre o preço de fechamento de ontem.

Para o Morgan Stanley, embora relativamente pequena, a transação proposta acelera a investida do XP no setor bancário e de crédito e adiciona ao seu negócio de corretagem online. Segundo o time de analistas, o valuation do negócio parece razoável em relação aos múltiplos atuais da XP.

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Por fim, o Itaú BBA escreve, em relatório, que o prêmio de 50% pago pela XP em relação ao último fechamento é robusto, mas ainda abaixo do preço do IPO e do valor justo estimado pelo banco, de R$ 20 por ação.

“A execução foi melhor do que a esperada nos primeiros nove meses de 2021 então, provavelmente, o tempo teria ajudado a liberar mais valor para os acionistas que aderiram à oferta pública inicial”, escrevem os analistas.

Apesar de não ter cobertura para os papéis da XP, o Itaú destaca que a aquisição pautou-se nos objetivos da empresa de ampliar sua exposição a uma plataforma digital de investimentos, bem como, à uma licença de banco transacional e experiência em banco digital.

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“O recurso de ‘banco como serviço’ do Modalmais também deve ajudar a XP a fortalecer seus relacionamentos com clientes corporativos”, escrevem os analistas do BBA.

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