Ações de bancos caem até 3% em meio à preocupação fiscal, enquanto exportadores sobem com alta do dólar

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (17)

Lara Rizério

Vale, em Itabira (Divulgação: Vale)

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SÃO PAULO – A sessão foi de expressiva queda para o Ibovespa, com os investidores repercutindo o noticiário político, com o debate sobre o teto de gastos e os ruídos em torno da equipe econômica de Paulo Guedes (veja mais aqui). Blue chips, como do setor bancário, foram especialmente impactados, com as ações de Bradesco (BBDC3, R$ 19,15, -2,64%;BBDC4, R$ 20,61, -2,92%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 24,14, -2,39%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,33, -2,56%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 28,71, -0,66%) em baixas que chegaram a 3%.

Já entre as maiores altas dentro do índice, estão ações de frigoríficos, como Marfrig (MRFG3, R$ 16,08, +5,37%), JBS (JBSS3, R$ 23,89, +2,53%), BRF (BRFS3, R$ 20,98, +1,35%) e Minerva (BEEF3, R$ 13,28, +1,84%), essas duas últimas com alta menos expressiva. Na semana passada, companhias como Marfrig e JBS apresentaram bons resultados, mas a notícia de contaminação por coronavírus de uma asa de frango exportada para a China (vinda do frigorífico Aurora), acabou sendo um dos motivos para limitar os ganhos dos ativos.

Vale destacar que hoje, três frigoríficos estrangeiros suspenderam de modo voluntário a exportação de seus produtos para a China, informou o Departamento de Alfândegas do país (Gaac, na sigla em inglês), em comunicado. Entre as unidades, consta uma planta de carne bovina da Nova Zelândia que vetou as vendas para o país desde 12 de agosto. O Gaac também informa que uma empresa canadense e uma britânica suspenderam independentemente as vendas externas de carne suína e derivados para o país, desde 6 e 13 de agosto, respectivamente.

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No comunicado, o Gaac afirmou também que liberou a retomada das exportações de carne suína de três frigoríficos alemães para lotes embarcados a partir de hoje. Em meio a uma onda de vetos da China, algumas companhias têm optado por vetar voluntariamente a comercialização para o país. A necessidade de aumentar o controle sanitário em decorrência da covid-19 é o motivo alegado extraoficialmente pelo governo chinês para a suspensão temporária de frigoríficos de vários países.

Além disso, a forte alta do dólar, de 1,26% na sessão, a R$ 5,495 na compra e R$ 5,4959, impulsionou os ativos de empresas exportadoras, como é o caso das companhias do setor, além de Vale (VALE3), siderúrgicas e empresas de papel e celulose.

A ação da B2W (BTOW3, R$ 108,46, -4,52%), que caiu forte na sexta-feira apesar de registrar um bom resultado, segundo analistas, abriu com ganhos, mas virou para queda. Já Hering (HGTX3, R$ 15,06, -8,34%), brMalls (BRML3, R$ 9,65, -5,85%) e Natura (NTCO3, R$ 50,87, -1,09%), que saltaram após o balanço na sexta, registraram queda expressiva na sessão.

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Fora do índice, atenção para EzTec (EZTC3, R$ 36,92, -4,20%), que teve a sua inclusão no Ibovespa confirmada na segunda das três prévias da nova carteira junto com PetroRio e teve a sua recomendação elevada pelo Credit Suisse, além de registrar pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da EZ Inc, braço de imóveis comerciais. A ação chegou a subir 5%, mas virou para queda seguindo o dia mais negativo do mercado, fechando em expressiva baixa. Confira os destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
MRFG3 5.37353 16.08
JBSS3 2.53219 23.89
KLBN11 2.10736 25.68
CSNA3 1.90058 13.94
BEEF3 1.84049 13.28

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
HGTX3 -8.33841 15.06
ELET3 -6.6608 31.81
GOLL4 -6.04925 17.55
BRML3 -5.85366 9.65
VVAR3 -5.69892 17.54

IRB (IRBR3, R$ 7,47, -2,28%)

O IRB apresentou representação criminal ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro acerca das irregularidades encontradas nas demonstrações contábeis da companhia, inclusive aquelas divulgadas em 18 de fevereiro de 2020,

As irregularidades são relacionadas a desvios e manipulações contábeis, entre outras identificadas pelas investigações internas e forenses realizadas, que levaram ao refazimento das demonstrações financeiras do exercício de 2019, conforme divulgado no fato relevante divulgado no fim de junho.

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“Mantendo seu compromisso permanente de colaborar com as investigações que vierem a ser conduzidas pelas autoridades competentes, a Companhia apresentará cópia da referida representação criminal à Comissão de Valores Mobiliários – CVM e à Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, considerando, inclusive, que as irregularidades e manipulações contábeis identificadas cuidavam de informações destinadas aos reguladores”, afirmou a companhia. Veja mais clicando aqui. 

Cemig (CMIG4, R$ 10,19, -2,02%)

A Cemig teve lucro líquido de R$ 1,04 bilhão, queda de 50,6% ante o mesmo trimestre do ano passado.

De acordo com a empresa, a comparação foi impactada pelo reconhecimento de um crédito não recorrente de PIS/Pasep e Cofins sobre o ICMS no segundo trimestre de 2019, que somou R$ 1,98 bilhão.

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A pandemia também impactou os resultados. O volume de energia distribuída no trimestre foi 6% mais baixo do que o registrado no mesmo período de 2019.

Leia mais: Executivos da B3, Marfrig e outras grandes empresas comentam os resultados do ano em lives no InfoMoney

A receita líquida da Cemig no período caiu 15,4% para R$ 5,93 bilhões. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 941,2 milhões no período, recuo de 11,3% na mesma comparação.

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O Morgan Stanley destacou os ganhos que a Cemig obteve com a reavaliação da Light e também os R$ 430 milhões referente à revisão tarifária dos ativos de transmissão. Para o banco americano, o Ebitda ajustado de R$ 919 milhões (uma queda de 10% no comparativo anual) ficou abaixo da expectativa, “devido aos resultados abaixo do esperado na geração e parcialmente compensado por resultados sólidos na distribuição”.

Os analistas veem potencial de alta nas ações da Cemig. entre as razões para isso estão as “melhorias operacionais em andamento, permitindo à companhia operar mais próxima do Ebitda regulatório da distribuição; potencial de venda de ativos”. Eles destacaram ainda que, embora improvável no momento, é um ativo que pode ser privatizado.

PDG Realty (PDGR3, R$ 4,01, -6,53%)

No setor imobiliário, a PDG Realty teve um prejuízo de R$ 187 milhões no segundo trimestre. O resultado representa uma queda de 25% ante o prejuízo de R$ 249 milhões registrado um ano antes.
O Ebitda foi negativo em R$ 68,3 milhões. No mesmo período de 2019, foi negativo em R$ 134 milhões. A receita operacional líquida caiu 19,7% para R$ 57 milhões.

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Direcional Engenharia (DIRR3, R$ 14,28, -4,99%)

A Direcional registrou lucro líquido de R$ 33,8 milhões no segundo trimestre, alta de 30,9% ante o mesmo trimestre de 2019.

A receita líquida somou R$ 408,4 milhões, alta de 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado apresentou avanço anual de 19,8%, para R$ 70,1 milhões.

Lopes Brasil (LPSB3, R$ 4,42, -5,76%)

A Lopes Brasil divulgou prejuízo líquido de R$ 10,1 milhões no segundo trimestre de 2020. Um ano antes, o prejuízo havia sido de R$ 1,8 milhão.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) somou R$ 8,02 milhões, recuo de 45% na comparação anual.

A receita líquida da LPS Brasil caiu 15% no ano, passando de R$ 38,88 milhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 32,9 milhões no segundo trimestre deste ano.

Cosan Logística (RLOG3, R$ 20,54, -1,20%)

A Cosan Logística teve lucro líquido de R$ 117 milhões no segundo trimestre, mais que o dobro dos R$ 51 milhões registrados um ano antes.

O Ebitda cresceu 32% para R$ 1,2 bilhão, enquanto a receita operacional líquida subiu 5,7% para R$ 1,8 bilhão.

Priner (PRNR3, R$ 9,29, -6,73%)

A Priner reportou prejuízo líquido de R$ 18, 2 milhões, frente a um prejuízo de R$ 2 milhões no mesmo trimestre de 2019.

O Ebitda foi negativo em R$ 9,7 milhões, frente a um Ebitda positivo de R$ 7 milhões no ano anterior. A receita líquida recuou 48% para R$ 48 milhões.

Eztec (EZTC3, R$ 36,92, -4,20%)

A construtora EZtec Empreendimentos e Participações informou que pediu registro para oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de seu braço de imóveis comerciais, a EZ Inc Incorporações Comerciais.

Segundo fato relevante, a assembleia de acionistas aprovou a oferta e também a adesão da EZ Inc ao Novo Mercado da B3.

O Credit Suisse elevou a recomendação da Eztec de “neutra” para “outperform”, levando em consideração o desempenho recente do papel, que registra uma queda no acumulado do ano acima do Ibovespa (26% x 15%). O preço-alvo foi elevado de R$ 49 para R$ 51 por ação.

Para o Credit, a dinâmica da Ezctec mudou, uma vez que divulgou lançamentos para o segundo semestre e fez o pedido de registro para IPO da EZ Inc.

“Os principais riscos são uma recuperação pior que o esperado na demanda do segmento de média renda; aumento rápido de preços dos terrenos em São Paulo; e dificuldade de venda de estoques”, avaliaram, em relatório a clientes, os analistas do Credit Suisse.

BR Distribuidora (BRDT3, R$ 20,55, -2,56%)

A BR Distribuidora afirmou não haver volumes de biodiesel suficientes para atender à demanda da mistura do diesel no Brasil. A informação foi noticiada pelo jornal Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, a companhia defende uma queda de 10% no percentual de adição do biocombustível para os próximos meses. Além disso, ressalta a necessidade de medidas urgentes ainda em agosto para manter o equilíbrio do abastecimento.

Enauta (ENAT3, R$ 11,51, -0,69%)

A Enauta Participações divulgou hoje que sua controlada Enauta Energia vendeu sua participação de 45% no Campo de Manati para a Gas Bridge. A operação soma R$ 560 milhões, e deve ser concluída até o final de 2021.

Em relatório, o Morgan Stanley lembra que a Enauta fica agora com um único ativo em produção. A recomendação da empresa foi mantida em “overweight” (exposição acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 13,50.

Os recursos dessa operação, segundo o Morgan Stanley, podem ter três destinações: distribuição de dividendos especiais, juntamente com o caixa excedente oriundo da venda do ativo Bacalhau; acelerar as atividades de prospecção em Sergipe; e adquirir outro ativo operacional.

Essa última opção o banco americano atribui baixa probabilidade de ocorrer neste momento.

Profarma (PFRM3, R$ 5,62, -2,26%)

A Profarma registrou prejuízo líquido de R$ 4,4 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo o lucro líquido de R$ 1,2 milhão no segundo trimestre do ano passado.
O Ebitda foi de R$ 48,1 milhões, queda de 4,3%, enquanto a receita líquida cresceu 10% para R$ 1,2 bilhão.

d1000 (DMVF3, R$ 12,35, -3,14%)

A d1000, rede de drogarias formada pelas bandeiras Drogasmil, Farmalife, Drogarias Tamoio e Drogaria Rosário, teve um prejuízo líquido de R$ 13 milhões no segundo trimestre de 2020, sendo 63% dele em abril, informou a companhia. Esse valor representa um aumento do resultado negativo em 186%, já que a companhia havia registrado um prejuízo de R$ 4,6 milhões no segundo trimestre de 2019.

A receita bruta da rede, que estreou suas ações na Bolsa no último dia 10, foi de R$ 230 milhões, baixa de 24,2% na base anual (sendo queda 4,2%, excluindo lojas de shopping e lojas encerradas). O lucro antes de juros impostos, depreciações e amortizações) Ebitda passou de R$ 22,1 milhões para R$ 14,5 milhões, queda de 34,4%.

A receita operacional líquida da rede caiu 25% para R$ 215,4 milhões, como resultado dos fechamentos e restrições de mobilidade por conta da pandemia do novo coronavírus.

“O segundo trimestre de 2020, conforme previsto, foi afetado pela pandemia causada pelo novo coronavírus. Nossa base de lojas foi diretamente impactada – 18% são localizadas em shopping, e as demais operaram com um fluxo reduzido de clientes. Com o novo cenário, adotamos uma série de medidas para maior proteção de colaboradores e consumidores e sustentabilidade dos negócios: renegociamos os contratos de aluguel, aplicamos a MP 936 para parte de nosso corpo funcional, expandimos nosso atendimento por delivery, hoje com 73 lojas-polo, mantivemos nosso cronograma de abertura de lojas, com duas inaugurações e aceleramos nosso processo de digitalização. Ao final do trimestre, lançamos o aplicativo e site de vendas da Drogasmil. E no terceiro trimestre, todas as nossas bandeiras terão ingressado no comércio online, fortalecendo a omnicanalidade”, apontou Sammy Birmarcker, CEO da d1000, no relatório de resultados.

O CEO ainda destacou: “estamos confiantes no nosso modelo de negócio, na capacidade de execução do nosso time e no potencial de geração de valor que temos pela frente. A combinação de uma companhia capitalizada com marcas fortes e integradas amplia nossas possibilidades de um crescimento sustentável”.

De acordo com um gestor que não quis se identificar e possui participação nas ações da companhia, os resultados foram em linha com o esperado, uma vez que a companhia já havia destacado que os números seriam mais fracos (assim como os do setor como um todo) por conta do fechamento temporário de lojas em razão da pandemia. Dessa forma, os números do segundo trimestre não são um catalisador relevante para os papéis.

O gestor também ressalta as razões para o desempenho fraco das ações na estreia na B3 (nos quatro primeiros pregões, os papéis DMVF3 passaram de R$ 17 para R$ 12,25, apresentando uma leve tendência de recuperação nos pregões seguintes).

Conforme aponta o especialista, a baixa recente ocorreu pela venda dos ativos pelos investidores institucionais que compraram a ação no período de reserva.

A hipótese é de que muitos deles tenham acreditado que ação iria subir fortemente no primeiro pregão da Bolsa – como estava ocorrendo com diversas estreias na B3, para depois venderem logo em seguida, em uma estratégia conhecida como flipagem.

Esse movimento de valorização de curtíssimo prazo não aconteceu – tanto pelos números do segundo trimestre menos animadores para o setor farmacêutico quanto pelo cenário mais negativo para a Bolsa brasileira nos últimos pregões -, fazendo com que muitos investidores quisessem desmontar rapidamente a sua exposição. “Eram investidores que queriam fazer lucro rápido, viram que não estavam fazendo lucro e venderam a qualquer preço”, avalia ele.

Porém, reforça o gestor, para um investidor com um horizonte de investimento por um prazo mais longo, pouco mudou. “Após a saída dos investidores com foco mais no curto prazo, os investidores com foco maior nos fundamentos da empresa devem prevalecer”, avalia.

Entre os pontos positivos, o gestor aponta que a companhia apresenta um bom plano de execução e, em meio à forte queda dos ativos, a ação se tornou bastante atrativa e com espaço para subir caso as projeções de abertura de lojas se confirmem.

A d1000 captou cerca de R$ 400 milhões com a abertura de capital e considera seu IPO como uma etapa essencial para expandir a rede, adequar a estrutura de capital e fortalecer o capital de giro.
No segundo trimestre de 2020, a d1000 inaugurou duas novas lojas com o formato popular, acumulando quatro aberturas no semestre.

No mesmo período, fechou 10 lojas definitivamente, em função da baixa performance, encerrando o segundo trimestre com 188 lojas em operação, sendo 116 lojas no estado do Rio de Janeiro e 72, no Centro-Oeste do país – a maioria delas no Distrito Federal.

Com os fechamentos dos shopping centers em função da pandemia, seis lojas estão em processo de reforma.

“Mesmo diante do cenário do novo coronavírus, reforçamos a continuidade do nosso plano de expansão de lojas. Acreditamos que teremos boas oportunidades de pontos para aberturas e ampliações de lojas”, apontou a companhia no seu release de resultados.

João Paulo Reis, sócio da Venture Investimentos e colunista do InfoMoney, destaca que o ritmo de abertura de lojas pode ser um ponto de atenção para os acionistas da companhia, dado o risco de canibalização.

Contudo, ele destaca também que a companhia está bem posicionada no segmento de farmácias populares e na penetração em diferentes regiões do Brasil, como no Centro-Oeste.

Além disso, Reis vê como um diferencial a vantagem competitiva da companhia por ter uma importante rede de distribuição por meio da sua controladora Profarma.

Ele ressalta que a distribuição, resiliente durante a pandemia, é um segmento bastante importante para as farmacêuticas pois permite saber quais são as regiões e companhias que estão indo melhor ou pior, o que também pode facilitar futuros movimentos de fusões e aquisições.

Além disso, desenvolver a distribuição é importante para garantir que haja sempre o remédio necessário nas redes das companhias.

Restoque (LLIS3, R$ 4,99, -1,38%)

A Restoque teve um prejuízo líquido de R$ 146,7 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo um lucro líquido de R$ 41,2 milhões em 2019.

O Ebitda ficou negativo em R$ 70,3 milhões, contra um Ebtida positivo de R$ 139,6 milhões. A receita líquida atingiu R$ 45,1 milhões, queda de 81,5% na comparação anual.

Em relatório, o BB Investimentos avaliou o resultado da empresa como fraco, mas dentro do esperado. O banco manteve a recomendação neutra e o preço-alvo em R$ 7,20 para a ação da companhia.

Para o terceiro trimestre, o BB espera que ocorra uma recuperação de vendas e das margens devido à flexibilização das medidas de isolamento e às iniciativas focadas em maior aceitação das coleções.

Linx (LINX3, R$ 35,44, -1,58%) e Totvs (TOTS3, R$ 27, -2,77%)

A Linx informou em comunicado que não há qualquer acordo vigente de confidencialidade que permita o compartilhamento de informações entre a companhia e a Totvs, que tipicamente é a primeira etapa
necessária para discussão de uma operação de combinação de negócios.

A Linx disse ter sido surpreendida com comunicado divulgado pela Totvs em 14 de agosto, que dizia que a Linx preferiu não tomar conhecimento da proposta que a empresa tinha a apresentar para combinação de negócios.

A Linx esclareceu que houve contatos preliminares entre 31 de julho e 4 de agosto entre o diretor presidente da companhia e o presidente do Conselho da Totvs e o Itaú BBA.

“Nesses contatos foi informado que qualquer proposta da Totvs ainda estaria em estudos preliminares e demoraria semanas para ser apresentada. A Linx notificou Totvs para que interrompa imediatamente o uso sem autorização da marca Linx em suas divulgações. O Conselho da Linx vai avaliar a proposta da Totvs e manter acionistas e mercados informados”, destacou.

Também em nota, o Itaú Unibanco e a Rede, sua credenciadora de cartões, negaram que estariam preparando uma oferta para comprar a Linx. Mais cedo, o site Neofeed informou que a Rede estaria preparando uma proposta superior a R$ 7 bilhões pela companhia. A Rede apontou que “a informação sobre possível oferta de aquisição de controle da Linx não procede”.

Petrobras (PETR3, R$ 23,26, +0,04%;PETR4, R$ 22,60, -0,31%)

A Petrobras iniciou fase vinculante referente à venda de três termelétricas em Camaçari, no estado da Bahia, e uma em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul.

A companhia ainda fechou contrato para a venda da totalidade de sua participação nos campos terrestres de Fazenda Belém e Icapuí, denominado Polo Fazenda Belém, localizados na Bacia Potiguar, no estado do Ceará. O valor da venda é de US$ 35,2 milhões.

Desse total, US$ 8,8 milhões foram pagos à vista e US$ 16,4 milhões serão pagos no fechamento da transação. Uma fatia de US$ 10 milhões será paga em doze meses após o fechamento da transação.

Além disso, a estatal assinou com a MISC Berhad uma carta de intenção para afretamento e prestação de serviços do FPSO Marechal Duque de Caxias, que será instalado no campo de Mero 3, na área de Libra, no pré-sal de Santos.

Setor educacional

As ações do setor educacional podem reagir a um estudo que será divulgado hoje pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular.

Segundo a Folha de S. Paulo, o estudo vai mostrar que a reforma tributária do ministro da Economia, Paulo Guedes, pode aumentar de 6% a 10,5% a mensalidade de escolas e instituições de ensino superior particulares, se aprovada.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,33, -2,56%)

Na sexta-feira, o Banco do Brasil oficializou o nome de André Brandão como novo CEO da estatal. O nome já era dado como certo há cerca de duas semanas, e sua nomeação foi considerada uma vitória para a ala “pragmática” do governo pelo seu perfil considerado bastante técnico.

Oi (OIBR3, R$ 1,55, -4,32%;OIBR4, R$ 2,34, -2,90%)

O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, disse que o valor da unidade de fibra da empresa poderia chegar até a R$ 30 bilhões.

Segundo ele, o preço mínimo de R$ 20 bilhões é “apenas um começo” e foi definido depois que a operadora de telecomunicações recebeu muitas propostas não vinculantes de interessados em adquirir a empresa, afirmou.

Abreu vê como “enormes” as perspectivas de crescimento para a unidade, chamada de InfraCo, que pode gerar um Ebitda entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões no curto prazo, segundo ele, acrescentando que os múltiplos para o setor geralmente vão de 10 a 20 vezes o Ebitda.

As propostas vinculantes para comprar até 51% do capital total da empresa devem ser recebidas ainda este ano e leilão de venda deve ocorrer no primeiro trimestre de 2021.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.